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Original para a Internet

Como desafiar o “novo normal”

Da edição de novembro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 27 de agosto de 2020.


Nos noticiários dos últimos meses, estamos ouvindo repetidamente a frase “o novo normal”.

Embora pareça que os acontecimentos recentes estejam estabelecendo todo tipo de “novo normal” para a humanidade — mudanças essas que ameaçam alterar nossa vida para sempre – o aceitar limitações com base em condições materiais, afinal, não é nenhuma novidade. Muitos tomam como normal que as crianças com dois anos de idade sejam “terríveis”. A maioria das pessoas também acredita que os resfriados e/ou alergias sejam normais para todos. Contudo, ainda mais sutis e ocultas são as sugestões às quais damos mais facilmente nosso consentimento, ou seja, sugestões relacionadas com o avançar dos anos. Essas sugestões chegam a nós muitas vezes pela observação, pelas conversas e, até mesmo, pelos meios de comunicação social.

Recentemente, procurei e encontrei no dicionário algumas definições para a palavra normal: “em conformidade com um tipo, norma, ou com um padrão regular”; “que não se desvia de uma norma, regra, ou princípio”; “que ocorre naturalmente” (merriam-webster.com). Essas definições me fizeram considerar o que Mary Baker Eddy, a Descobridora, Fundadora e Líder da Ciência Cristã, diz sobre os ensinamentos de Jesus com relação à normalidade. Ela escreve: “Para Jesus, o bem era o estado normal do homem, e o mal era a anormalidade; para ele, Deus era mais bem representado pela santidade, pela vida e pela saúde, do que por pecado, doença e morte” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos]1883–1896, p. 200).

Sabendo que a Sra. Eddy diz, a seu próprio respeito: “Eu fui escriba sob ordens” (Miscellaneous Writings, p. 311), procurei o que ela escreveu sobre a palavra “normal” e encontrei o seguinte:

  • A saúde é normal (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 120).
  • A saúde e a harmonia são condições normais (ver Ciência e Saúde, p. 412).
  • Aquilo que é espiritual é normal e indestrutível (ver Ciência e Saúde, p. 214).
  • Um estado mental é normal quando isento de medo (ver Ciência e Saúde, pp. 414–415).
  • Ter um Deus único ou uma Mente única é normal (ver Message to The Mother Church for 1900 [Mensagem de 1900 para A Igreja Mãe], p. 4).
  • É normal que o homem seja a ideia de Deus, a imagem de Deus (ver Ciência e Saúde, p. 344).
  • É normal “…a gravitação… do homem para a Mente única” (Ciência e Saúde, p. 205). 

Ciência e Saúde também destaca: “Considerando as crenças perniciosas de que o erro seja tão real quanto a Verdade, de que o mal tenha o mesmo poder que o bem, se não mais, e de que a desarmonia seja tão normal quanto a harmonia, até a esperança de se libertar do cativeiro da doença e do pecado propicia pouca inspiração para dar força ao empenho de vencer essas crenças” (p. 368). Quando compreendemos espiritualmente a realidade divina e mantemos no pensamento, com vigor, o que é verdadeiro e divinamente normal, podemos seguir os ensinamentos de Jesus, refutando falsos pontos de vista materiais, como também todas as alegações de desarmonia. Aquelas sugestões que se infiltram sutilmente no pensamento, sem que percebamos, e se transformam naquilo que passamos a considerar normal, essas são as sugestões que exigem nossa atenção a fim de encontrarmos a cura. Aqui está um exemplo.

Um dia, notei que, quando me levantava da cama ou de uma cadeira, eu não conseguia imediatamente seguir em frente e andar. Eu tinha de ficar parada em pé por alguns momentos e depois avançar lentamente, antes de poder caminhar no meu ritmo habitual. No início, o que mais incomodava era que eu ficava aborrecida — aborrecida porque meu corpo não cooperava. A ideia amplamente aceita de que isso era ou podia ser normal em algum momento da vida significava que eu deveria simplesmente viver com esse problema. Essa situação continuou durante mais de um ano e poderia ter parecido um “novo normal” para mim. Mas decidi fazer algo diferente.

Comecei a estudar diariamente a resposta para a pergunta: “O que é o homem?”, conforme consta em Ciência e Saúde, que explica, em parte: “O homem não é matéria; não é constituído de cérebro, sangue, ossos nem de outros elementos materiais. … O homem é espiritual e perfeito; … Ele é a ideia de Deus, ideia composta que inclui todas as ideias corretas; …” (p. 475). Visto que Deus é o Espírito e é Tudo, Sua criação deve ser semelhante a Ele, inteiramente espiritual. A matéria tem de ser o nada. Portanto, toda condição material, como essa dificuldade para movimentar-me, não era real e não podia ser ou tornar-se um estado normal para mim ou para qualquer outra pessoa.

Antes de me levantar da cama, todas as manhãs, eu orava, tendo como ponto de partida o Pai Nosso, e usava “a declaração científica sobre o existir”, que consta da página 468 de Ciência e Saúde, como base do meu tratamento pela Ciência Cristã. Eu não dedicava muitas horas de oração todos os dias a essa situação, mas, em vez disso, estava confiante, minuto a minuto, de que esse não era o meu “novo normal”, nunca o seria, e, portanto, não podia impedir-me de cumprir com as minhas responsabilidades diárias e atividades corretas. Confiei no fato de que, ao permanecer com o que eu sabia ser verdadeiro a respeito da minha relação com Deus, como Sua imagem, essa questão deixaria de me impressionar — e eu me recusei a ficar impressionada.

Para onde quer que eu fosse, afirmava que estava sempre me movendo e caminhando com o Amor divino, Deus, e que esse movimento e essa atividade são de Deus, o Espírito, não da matéria. Também me concentrava, durante todo o dia, em alguma breve verdade espiritual, tal como: “Existe uma Mente só”. 

Aprendi a me defender melhor das sugestões mentais agressivas, que eram contrárias àquilo que é divinamente normal. Esse se tornou meu foco principal. Fiquei inspirada por uma palestra da Ciência Cristã, proferida por Geith Plimmer, que me ajudou a me manter no rumo que eu havia traçado. Ele também me ajudou a entender melhor o ensinamento da Ciência Cristã, de que todas as condições corporais são estados da mente mortal, não condições da matéria. Também me senti fortalecida pela ideia de que nada podia usar o meu corpo para fazer propaganda de algo falso a respeito de Deus. Se eu era uma ideia composta de Deus, então eu podia ter e compartilhar apenas o que vem de Deus, o bem.

Essas ideias foram transformadoras, e logo notei que eu estava me movendo livremente, sem dificuldade, depois de me levantar e ficar em pé. Isso aconteceu há cerca de dez anos, e nunca mais tive esse problema. 

Ao longo da minha vida tive muitas outras curas. Cada uma delas provou que o que é divinamente normal nunca pode mudar. Não precisamos ter medo de que alguma condição material esteja criando um “novo normal” indesejável e injusto. Podemos saber que o que é divinamente normal é verdadeiro para toda a humanidade.

Todos os dias sou grata pelo crescimento espiritual e pelo progresso na compreensão da minha relação com o meu Pai-Mãe Deus. Sei que não temos de aceitar aquilo que se vê na superfície e, em vez disso, podemos olhar mais a fundo o ponto básico que nos protege de sermos enganados por um falso senso de normalidade. Sou especialmente grata por Cristo Jesus e tudo o que ele nos ensinou e pelo fato de que Mary Baker Eddy descobriu a Ciência divina, o Consolador, o Confortador, que nos permite ver, e comprovar, que “a perfeição é normal — não é milagrosa” (Miscellaneous Writings, p. 104).

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