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Original para a Internet

Maior confiança em Deus: lições aprendidas na adolescência

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 27 de fevereiro de 2020


Toda a minha vida fui estudante da Ciência Cristã. Cresci frequentando a Escola Dominical. Eu pedia ajuda em oração aos praticistas da Ciência Cristã e estudava a Lição Bíblica publicada no Livrete Trimestral da Ciência Cristã. A oração, juntamente com esse estudo, foi uma grande ajuda em minha juventude, sempre que me deparava com decisões a serem tomadas.

Durante os meus dias de escola secundária e ensino médio, eu tinha medo de que, se estudasse a Ciência Cristã tanto quanto realmente desejava, eu não teria amigos. Estava vendo que o que eu aprendia na Ciência Cristã não se alinhava com os interesses, as atividades e os temas de conversa que eu tinha em comum com o meu grupo de amigos. Por exemplo, eu me sentia pressionada a sair apenas com determinadas pessoas, a beber e fumar, a ser sempre sociável e nunca perder uma festa. Por isso, tornei-me bastante reclusa e, muitas vezes, passava meus fins de semana sozinha. Comecei a ficar com medo de ter de ficar sempre isolada, e de ter de sacrificar minha vida durante o ensino médio. Eu estava preocupada com o fato de que teria de me distanciar desses amigos, de quem eu gostava muito, porque os meus valores estavam mudando.

Desde pequena, no meu estudo da Ciência Cristã, aprendi muitas lições valiosas sobre confiar em Deus, lições essas que me ajudaram até mesmo na minha vida adulta. Aprendi que podemos orar sobre as “pequenas coisas” e perguntar a Deus o que fazer quando temos de tomar uma decisão. Também aprendi que devemos ser sempre obedientes a Deus e ter o critério correto para amar.

Eu orava para saber como lidar com o medo de perder meus amigos, e um pensamento interessante me vinha à mente: “Se você está sentindo medo, você não está amando. A verdadeira essência de seguir o Cristo é amar”. Comecei a orar diariamente para saber como amar. Aprendi que esse amor não é amor humano, mas um amor espiritual que vem de Deus, o Amor divino, a fonte infinita desse amor. Depois de receber essa mensagem angelical, raciocinei que, como eu estava crescendo espiritualmente e fazendo o bem, isso não poderia ter um resultado negativo. E se o meu verdadeiro motivo era amar, eu nunca poderia realmente me sentir isolada. Quando estudamos a Ciência Cristã, aprendemos que nossa capacidade de amar os outros já está ao nosso alcance, porque Deus ama toda a Sua criação. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve: “E o Amor se reflete em amor” (p. 17).

Lembrei-me também de uma declaração da Sra. Eddy, registrada por uma de suas alunas, e incluída no livro We Knew Mary Baker Eddy [Reminiscências de pessoas que conheceram Mary Baker Eddy, Edição Ampliada, Volume II]. Há um trecho em que ela diz: “Eu amo; se alguém perguntar: Quem é que tu amas? Eu respondo: eu amo. O que é que tu amas? Eu amo” (p. 125). Com isso no pensamento, compreendi que não se tratava de com quem eu deveria sair, quer eles concordassem comigo ou discordassem de mim, ou quando eu deveria ficar em casa. Tratava-se de ouvir, ser obediente, e amar a todos. Eu tinha uma nova missão — não a de conseguir amigos ou me adequar a eles, mas a de ouvir, ser obediente, e amar.

À medida que eu orava para saber como amar os outros com o senso espiritual, percebi que também era importante orar a respeito de quais eram as atividades de que eu deveria participar e quais as festas a que deveria ir, ou não ir. Orei com a orientação desta ideia que consta em Ciência e Saúde: “Nunca respires uma atmosfera imoral, a não ser na tentativa de purificá-la” (p. 452).

Houve algumas festas às quais eu achei que devia ir, e outras, que não. Por exemplo, nossa classe esperou o ano todo para irmos juntos à praia e ficarmos lá durante uma semana. Mas, por meio da minha própria oração e das orações de um Praticista da Ciência Cristã, com quem entrei em contato pedindo ajuda, tive a forte convicção de que não devia ir, e de que precisava ser obediente. Embora inicialmente eu tenha achado que ia perder algo bom, já que todos os meus amigos estariam participando, mais tarde fiquei agradecida por ter sido obediente àquela suave orientação que eu havia recebido por meio da oração. Isso porque no dia seguinte, uma festa em que foram servidas bebidas alcoólicas para menores de idade, durante aquela “semana de praia” da minha escola, acabou sendo notícia no país todo. Embora eu não tivesse intenção de beber, eu havia pensado em estar lá para estar com meus amigos. Fiquei feliz pelo fato de que minhas orações me haviam guiado a ficar em casa.

Em outra ocasião, eu estava em uma reunião com muitos amigos. À medida que mais e mais pessoas apareciam, a reunião acabou por se tornar uma festa e tanto. Como meus amigos estavam ficando bêbados e eu não estava bebendo, depois de algum tempo ficou difícil me conectar e interagir com eles. Senti-me excluída e sozinha. Tudo ficou muito barulhento e eu comecei a pensar que era hora de ir para casa. Antes de sair, entrei no banheiro para ter um momento de silêncio comigo mesma, em meio a todo aquele barulho. Percebi que o impulso para me afastar havia sido uma mensagem angelical, ou seja, um pensamento de Deus. Entrei em um reservado, e ali estava uma jovem, inconsciente, com a cabeça totalmente imersa na água do sanitário. Ela parecia não estar respirando. Comecei imediatamente a orar para saber que ela nunca poderia ser tocada ou prejudicada por essa experiência, enquanto alguns amigos e eu a levantávamos. Em seguida chamamos os pais dela. Depois de saber que ela estava bem, fui embora.

Eu havia esquecido completamente essa experiência quando, alguns anos mais tarde, vi a mesma garota em um evento esportivo. Ela me deu um grande abraço e disse: “Você realmente salvou minha vida; muito obrigada”. Fiquei grata a Deus por me mostrar que podemos levar nossa compreensão espiritual conosco para onde quer que tenhamos de ir, e isso sempre é uma bênção. Naquele momento eu havia reconhecido que Deus era a vida daquela garota. Salvar a vida dela não havia dependido de mim. Só existia uma única Vida, e a vida dela estava segura em Deus! Eu apenas estava grata por ter sido testemunha da obra de Deus, e obediente à Sua orientação.

No final do ensino médio, constatei que, por confiar em Deus, eu realmente não havia perdido amigos. Eu simplesmente havia deixado de pensar que tinha de sacrificar minha participação em eventos sociais importantes, por compreender, por meio da oração, que continuar meu crescimento espiritual seria a maneira pela qual eu amaria mais e seria mais amada. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “A Verdade, a Vida e o Amor são as únicas exigências legítimas e eternas feitas ao homem, e são legisladores espirituais, que compelem à obediência por intermédio de estatutos divinos” (p. 184). Por meio das minhas orações e obediência a Deus, eu realmente passei a ter mais amigos. Constatei que, em vez de as pessoas pensarem que eu era diferente, elas respeitavam o padrão que pautava minha vida.

Eu também havia orado para ver as pessoas na escola como Deus as vê, e isso me permitiu amar com um amor despojado de ego e a curar todo o medo a respeito de com quem sair e que eventos frequentar. Fiquei contente quando alguém me disse que não achava que eu pertencesse a um determinado “grupo”. Eu estava grata por essa prova de cura. Apesar do medo de não ter amigos, acabei tendo mais amigos por expressar mais amor.

Aprendi com essa cura que nunca podemos ser punidos por fazer o bem. Ser Cientista Cristã quando jovem não foi um peso, mas sim uma bênção muito maior do que eu poderia ter imaginado.

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Mary Baker Eddy, The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos], p. 353

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