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Original para a Internet

Superar o medo ao contágio

Da edição de junho de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 9 de março de 2020.


Alguns amigos e eu estávamos desfrutando de um agradável e tranquilo passeio a cavalo em um dia de primavera. De repente, um dos cavalos se assustou por alguma razão desconhecida, se desviou e disparou freneticamente pela trilha. Os outros o seguiram. Não havia nenhum motivo aparente para tal comportamento de pânico e descontrole, mas como um deles se assustou, todos os outros também manifestaram medo.

Nunca fiquei sabendo o que apavorou aquele cavalo, mas aprendi uma lição a respeito de como o contágio parece agir. O medo pode ser inconscientemente absorvido e personificado. Em outras palavras, um estado mental se manifesta naquilo que vivenciamos.

Em sua obra principal, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, nos relata um acontecimento trágico que ilustra esse ponto: “...fizeram crer a um homem que ele estava ocupando a cama em que um doente de cólera havia morrido. Imediatamente lhe apareceram os sintomas dessa doença, e o homem morreu. O fato é que ele não tinha contraído cólera por contato material, porque nenhum paciente de cólera havia ocupado aquela cama” (p. 154).

Como pode isso ter acontecido? Aparentemente, mesmo não havendo a presença física da doença, o estado mental de medo acarretou aquilo que o homem acreditou ser inevitável. 

De acordo com os ensinamentos da Ciência Cristã, quando se trata de contágio, o medo geralmente é o ponto principal que precisa ser identificado, tratado e enfrentado com coragem. Talvez o medo se apresente primeiro de uma forma mais abrangente, como algo que possa prejudicar a nós ou à sociedade em geral. Depois, pode transformar-se em um medo mais específico de que uma determinada situação exista e esteja presente, ou represente uma ameaça, para, então, agravar-se como um pavor de que essa condição prejudique o nosso bem-estar. 

Então, como podemos proteger-nos, a nós e aos outros, do medo do contágio, que poderia levar a consequências físicas indesejáveis?

Podemos começar orando, para saber e sentir que Deus, o Amor divino, é a causa única de tudo o que existe. A Bíblia nos tranquiliza, e mostra que não há nenhuma outra fonte nem origem do existir além de Deus, que é todo o bem. O profeta Isaías nos assegura: “Jurou o Senhor dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará” (Isaías 14:24). Isaías confirma, depois, que Deus é justo, tem misericórdia, compaixão, e que bem-aventurados são todos aqueles que nele esperam (ver Isaías 30:18). 

Podemos impedir o aparecimento do medo de que qualquer coisa além de Deus esteja presente ou tenha poder.

Quando compreendemos que Deus é o Amor e só tem o bem reservado aos Seus filhos (ou seja, todos os homens, mulheres e crianças), podemos impedir o aparecimento do medo de que qualquer coisa além de Deus esteja presente ou tenha poder. “Visto que Deus é Tudo, não há lugar para Sua dessemelhança. Só Deus, o Espírito, criou tudo, e achou tudo bom. Portanto, o mal, por ser contrário ao bem, é irreal e não pode ser o produto de Deus” (Ciência e Saúde, p. 339). O mal, ou seja, qualquer tipo de doença ou desarmonia, não pode ter substância nem poder, já que Deus, o bem, nunca o criou.

Certo dia, há muitos anos, nossa filha chegou da escola com sintomas de varicela. Outra criança em sua classe havia recebido o diagnóstico dessa doença. Eu a aconcheguei com todo conforto e comecei a orar com esta afirmação de Ciência e Saúde: “Só há uma causa primordial. Portanto, não pode haver efeito de nenhuma outra causa, e não pode haver realidade naquilo que não proceda dessa única e grande causa” (p. 207).

Com a certeza de que a causa única de todo o existir é Deus, o bem, libertei-me do medo de que pudesse haver uma causa que, por sua vez, fosse capaz de levar a consequências nocivas. E, embora nossa filha apresentasse sintomas ligeiros da doença, não duraram muito tempo.

Na semana seguinte, apesar dos meus outros filhos apresentarem os mesmos sintomas, eu tive a certeza de que a verdadeira identidade de cada um deles como filho de Deus estava assegurada no Amor divino, onde imperam a saúde e a harmonia. Embora fizéssemos as crianças ficarem em casa, devido às orientações da escola, nenhum deles teve qualquer tipo de dor, nem consequência alguma devido a esse problema. Em pouco tempo todos já estavam de volta a suas atividades de sempre. 

Mary Baker Eddy, a Fundadora do movimento da Ciência Cristã, que se dedicou a compartilhar o método de cura da Ciência Cristã com a humanidade, não se posicionou rigidamente contra o uso de vacinas, mas fez esta observação: “Em vez de entrar em conflito sobre a questão da vacina, eu recomendo, se a lei assim o exige, que a pessoa seja vacinada, obedeça à lei e, então, recorra ao evangelho para proteger-se de algum resultado físico nocivo” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], pp. 219–220).

Foi essa a orientação que segui quando me formei na faculdade e me integrei ao Corpo de Paz dos Estados Unidos. Fui enviada a uma parte do mundo que exigia várias vacinas. Eu tinha confiança de que estava em plena segurança e bem-estar como ideia espiritual de nosso Deus todo-poderoso e todo-amoroso, mas cumpri os requisitos do programa e aceitei as imunizações, orando para compreender que eu não poderia ser prejudicada por cooperar com motivos corretos. Sou muito grata em dizer que não apresentei nenhum efeito colateral.

Quando ouvimos relatos de contágio em nosso país ou ao redor do mundo, podemos ajudar a eliminar o medo e quaisquer supostas consequências, afirmando imediatamente que Deus está presente em todos os lugares, que Ele é uma força poderosa em favor da saúde e da harmonia, a fonte somente do bem e do bem-estar. Como Deus disse a Abraão: “...Não temas, Abrão: eu sou o teu escudo...” (Gênesis 15:1), e “...Eu sou contigo; abençoar-te-ei...” (26:24). 

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