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Original para a Internet

Cuidado cristão guiado pela oração

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 23 de janeiro de 2023


Para muitos cristãos, e principalmente para os leitores desta revista, o título deste artigo pode soar redundante. Acaso poderia um ato de cuidado ser verdadeiramente cristão se não fosse guiado pela oração? A Ciência Cristã, firmemente fundamentada na Bíblia, coloca forte ênfase na oração. A oração não deve ser o último, mas o primeiro recurso, e, quando oramos, aprendemos rapidamente que a oração humilde e sincera, fundamentada na compreensão de que Deus é Tudo-em-tudo — todo o poder, toda a inteligência, todo o amor — sempre tem um efeito benéfico. A oração dissolve o medo, abre o nosso pensamento para que possamos ouvir e ser receptivos à orientação divina, inspira ações sábias e amorosas, e cura.

As ações que não se originam do ouvir por meio da oração são geralmente frustrantes. Mesmo a ajuda oferecida com a melhor das intenções pode não funcionar se estiver baseada na mera bondade humana — se não reconhecermos que Deus, a Mente divina que tudo sabe, é a fonte de todo o bem, e não seguirmos a orientação da Mente. Esses esforços talvez resultem em algum bem, e a bondade humana certamente é melhor do que a maldade humana. Mas, quando alcançamos o ponto ideal de compreensão e propósito inspirados pela oração, coisas extraordinárias podem acontecer. E isso pode ocorrer com todos os que têm o desejo sincero de ajudar. “Como você sabia que eu precisava disso?” é geralmente a reação ao cuidado alicerçado na oração.

Quando vemos alguém precisando de ajuda, como podemos saber se devemos apenas orar ou se devemos também dizer ou fazer algo? Devemos sempre orar — para reconhecer que a situação está sob o governo de Deus. Aliás, as palavras “apenas orar” não expressam adequadamente todo o bem que a oração cristãmente científica pode proporcionar em qualquer situação. A oração que afirma que a Mente divina é nossa Mente e nossa única e verdadeira fonte de percepção ajuda a alinhar nossos pensamentos com o Amor divino, Deus. Essa oração revela o fato de que nosso verdadeiro propósito é refletir o Amor divino em tudo o que pensamos e fazemos. Obtemos uma percepção mais clara de Deus como o Amor divino, e da identidade espiritual pura de todos como a imagem do Amor.

Se já estamos orando dessa maneira, estamos prontos para ter a atitude adequada quando nos deparamos com alguém que precisa de ajuda. Sentimos imediatamente um impulso divino, seja para comprovar silenciosamente a atividade do Cristo — a expressão do poder sanador e do amor de Deus, que já estão presentes — seja para fazer ou dizer exatamente a coisa certa. Mary Baker Eddy, que descobriu a Ciência Cristã, oferece em um de seus poemas uma oração simples para essa disposição de ajudar:

Minha oração é que eu faça diariamente o bem
aos Teus, por Ti;
é uma oferta pura do Amor, à qual
Deus me guia.
(Escritos Diversos 1883 –1896, p. 397)

Sentir-se guiado a entrar no ministério da enfermagem da Ciência Cristã, estabelecido no Manual da Igreja, de autoria de Mary Baker Eddy, é o resultado natural do desejo de fazer “…diariamente o bem… [ao] qual Deus me guia”. O treinamento específico para cuidar dos outros com habilidade e sabedoria, em situações em que a capacidade e a experiência são necessárias, é uma extensão natural do cuidado cristão guiado pela oração. O treinamento recebido pelos enfermeiros da Ciência Cristã (que é muito diferente do treinamento voltado para os cuidados médicos) os prepara para satisfazer, com confiança e equilíbrio, necessidades a que a família ou os membros da igreja que não possuam esse treinamento podem não se sentir capazes de atender.

O cuidado cristão, inclusive a enfermagem da Ciência Cristã, não é um substituto para a oração, nem é uma opção para quando os resultados sanadores da oração ainda não estiverem evidentes. Deve ser realizado juntamente com o tratamento por meio da oração da Ciência Cristã, comprovando a presença e o poder do Amor divino para curar. Pode ser muito útil reconhecer qualquer ato de cuidado ou de atuação da enfermagem como evidência da presença total e única do Amor, satisfazendo às necessidades humanas com ternura e precisão.

Sem essa evidência, é possível que algo fique faltando tanto em nossa experiência individual quanto em relação à igreja. O cuidado cristão está enraizado em nossa relação com Deus. O que realmente está acontecendo é o Amor divino cuidando de suas ideias, ou filhos e filhas, sendo que amar verdadeiramente e cuidar dos outros, como Cristo Jesus ensinou, expressa o cuidado incessante do Amor. Se oramos, mas não expressamos o Amor de maneira tangível, ou se fazemos muitas coisas generosas, mas sem que sejam guiadas pela oração, talvez seja necessário entendermos mais plenamente o fato de que não se pode separar a oração das ações inspiradas pela oração. Isso faz com que se manifestem a graça e o equilíbrio necessários ao crescimento espiritual individual e coletivo.

E se não tivermos a certeza de que o que sentimos é um impulso divino? Talvez tenhamos receio de que nos considerem intrometidos ou mesmo críticos, ao sugerirmos que outra pessoa precisa de nossa ajuda. Se não tivermos certeza, podemos sempre perguntar, em oração, se essa relutância é uma preocupação legítima ou um receio sem fundamento trazido à tona para ser curado. Podemos perguntar: “Pai, o que queres que eu faça? O que eu desejaria que fizessem se eu estivesse no lugar dessa pessoa? Qual a melhor maneira de falar sobre oferecer ajuda? Pai, ajuda-me a me despojar de toda preocupação sem sentido que possa me impedir de expressar Teu amor com liberdade e generosidade”. Esse tipo de oração inclui o ouvir, a intuição espiritual, motivos purificados e a graça.

Estar disposto a oferecer ou receber ajuda compassiva desenvolve e fortalece as qualidades de humildade e gratidão, e abre nosso coração para receber mais do terno suprimento do Amor para nosso progresso espiritual. O cuidado cristão guiado pela oração desenvolve e fortalece as qualidades que Deus nos dá, entre elas sabedoria, intuição, paciência e desprendimento do ego, todas essenciais para nossa prática de cura eficaz e nosso progresso como indivíduos e como membros da família da igreja.

Linda Kohler
Redatora Convidada

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