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O Suprimento Brota dentro do Pensamento

Da edição de julho de 1966 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando alguém usufrui de grande abundância precisa, mais do que nunca, atentar para sua compreensão acêrca do suprimento. É essa a oportunidade em que a mente carnal oferece a tentação a que o indivíduo se satisfaça com a matéria, ou nela confie como se fôsse real, como se fôsse substância da qual se possa depender, ao passo que, segundo a Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: Crístian Çai'ens., o Espírito é a única substância e suprimento, e podemos confiar no fato de a atividade espiritual cuidar infalìvelmente de nossas necessidades presentes e eternas. Êsse tipo de suprimento nunca diminui e nunca se esgota, mas aumenta com o uso e com a compreensão.

Somos espiritualmente ativos quando alegremente recebemos e inteligentemente aplicamos aos nossos afazeres as idéias verdadeiras, tais como a infinitude de Deus, a impecabilidade do homem, as relações harmoniosas, o perpétuo fluxo do bem que o Pai proporciona a Seus filhos, e tudo que decorre dessas verdades.

A fim de, com êxito, demonstrarmos a atividade espiritual, precisamos negar os conceitos materiais que pretendem esconder ou contradizer as idéias de Deus. Precisamos compreender que a matéria é uma forma finita, restrita, do pensamento, e que é na consciência que temos de fazer desaparecer a finidade.

Para os sentidos humanos, o suprimento bem parece ser material, e provir de fora de nós — de pessoas, investimentos ou empregadores. A Ciência Cristã, porém, mostra-nos que o ser é subjetivo, que nosso verdadeiro suprimento se constitui de idéias divinas, oriundas diretamente da Mente infinita, e que brotam dentro do pensamento. Portanto os sentidos materiais, sempre subordinados à verdade espiritual compreendida, gradativamente desistem de sua compreensão limitada acêrca da substância, e interpretam o suprimento sob uma noção cada vez maior de abundância.

A gratidão por essa nova liberdade deve ser gratidão pela nova compreensão que se conseguiu acêrca da unidade do homem com sua origem, a Mente. Mary Baker Eddy diz em Miscellaneous Writings — Escritos Diversos — (p. 1): “A nova idéia, que brota da Verdade infinita, precisa ser compreendida a fim de despertar nas mentes um lampejo de gratidão.”

Na Ciência Cristã, a pobreza não é considerada como virtude, mas como um estado de compreensão limitada. Deus está fazendo jorrar todo o bem à consciência individual que O reflete, e êsse bem está imparcialmente à disposição a todos quantos estejam preparados para expressá-lo no pensamento. Quando a opulência decorre da espritualização interior, em vez de do desejo material de aquisição, indica que estamos nos libertando do conceito mortal, sempre limitado, acêrca da vida.

A maneira cristã de ser, livre do mêdo, essa preocupação desprendida, visando o bem estar de todos, e essa boa vontade em compartilhar do suprimento disponível, quebra o mesmerismo da carência. Cristo Jesus, tanto no início quanto no fim de seu sacerdócio, mostrou que o Cristo se identifica com a abundância. O evangelho de Lucas narra que depois de Simão, Tiago e João terem labutado tôda a noite, tentando pescar, sem apanhar nada, o Mestre lhes disse para baixarem a rêde; e a quantidade de peixes foi tão grande que a rêde arrebentou (v. Lucas 5).

Depois da resurreição, Jesus novamente encontrou alguns dos discípulos pescando, sem êxito, e quando lhes disse: “Lançai a rêde à direita do barco,” esta ficou tão repleta que “já não podiam puxar a rêde” (João 21:6). Essas experiências ocorreram na consciência. Indicavam estados de espírito em que a verdadeira idéia de abundância brotava de dentro, em reposta ao Cristo, a Verdade.

Embora não acumulasse riqueza material, Jesus pôde alimentar multidões, quando as encontrava famintas, e fazer frente à carência, tôdas vêzes que com ela se deparava. Provava que quando o Cristo mantém o contrôle da consciência, não há problema insolúvel de suprimento. A idéia-Cristo não pode ser de natureza diferente da Mente ilimitada, que a manifesta.

Uma vez que a idéia de Deus “brota da Verdade infinita”, a porta da consciência precisa se conservar aberta para recebê-la. O materialismo não pode fechá-la. A Ciência Cristã nunca pode ser deliberadamente usada para aumentar a riqueza material. Quando, porém, o pensamento é devotado à demonstração da atividade das idéias espirituais, a pressão da pobreza cede e desaparece, pois as perspectivas do indivíduo tornam-se cada vez menos materialistas. O homem, a semelhança de Deus, refletindo a opulência divina, começa a vir à luz.

Jesus ensinou que o reino de Deus está dentro em nós. Tudo que está incluído nesse reino da Mente reflete a infinidade da Mente. E assim é com a idéia do suprimento, que, devido à sua natureza infinita, provém infalìvelmente do céu que existe dentro em nós. Mrs. Eddy diz em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany — A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Miscelânea (p. 159): “O infinito não será enterrado no finito; o verdadeiro pensamento se evade do interior para o exterior, e essa é a única atividade correta, por meio da qual alcançamos nossa natureza superior.”

Qualquer pessoa que se sinta desesperadamente apanhada no apuro do suprimento limitado, será prudente para trabalhar pacientemente e tenazmente separar-se dos sentidos materiais, que com maldade sugerem carência, e para demonstrar a atividade espiritual que se expressa humanamente como suprimento abundante. Deus está fornecendo a cada um tudo que Êle tem, mas Sua substância precisa ser buscada e encontrada interiormente, “a qual brota da Verdade infinita.” Êsse “brotar” é que precisa ser compreendido, e uma vez compreendido, a abundância será infalível.

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