A maioria dos pais onde quer que se encontrem amam profundamente os seus filhos. Tudo fariam pela felicidade deles. Também desejam resguardá-los. Quer os filhos estejam ainda pequenos e apenas aprendendo a atravessar sozinhos a rua, quer sejam adolescentes e estejam entrando em contato com as reluzentes tentações do mundo, ou adultos precisando tomar desafiadoras decisões quanto a sua carreira, o desejo dos pais permanece o mesmo. Querem protegê-los sem interferir voluntariosamente em suas vidas. Mas como fazê-lo?
Há na Ciência Cristã maneira maravilhosamente reconfortante de mostrar como sustentar o desejo dos pais, de ajudar os filhos de maneira correta. Aprendemos a acalentar metafisicamente os filhos mediante a oração espiritualmente científica.
Orar pelos filhos nunca significa ignorar as responsabilidades que têm os pais, de zelar prática e sabiamente pela saúde dos filhos e pela segurança deles até que atinjam a idade adulta. Mas a oração dá aos pais a satisfação de saber que podem confiar no amor de Deus para que os guie, a eles e aos filhos, na tomada de decisões acertadas. E oração é o reconfortante meio de que os pais se podem valer para continuar acalentando os filhos após estes terem se tornado adultos.
Existem muitas maneiras de os pais e os filhos expressarem amor. É-lhes natural se abraçarem, divertirem-se juntos. A Ciência Cristã ensina que Deus é Amor, o verdadeiro criador de ambos, pais e filhos; portanto, expressar amor é algo normal entre as pessoas. Acalentamos fisicamente um filho. Mas o que significa acalentar metafisicamente uma criança?
Para acalentar metafisicamente um filho é preciso amar na criança a expressão espiritual de Deus, o Amor divino. Quando pensamos nos filhos como seres mortais físicos, talvez lhes tenhamos profundo amor, mas também temos a seu respeito preocupações — preocupações de que a felicidade e a segurança deles possam estar, às vezes, ameaçadas por alguma circunstância material terrível. Isto geralmente fez de nós pais que meramente interferem e não são apreciados!
Quando amamos os filhos metafisicamente, ajudamo-los a conseguir domínio sobre as condições materiais. No livro Ciência e Saúde a Sra. Eddy diz: “A metafísica está acima da física, e a matéria não entra nas premissas nem nas conclusões metafísicas. As categorias da metafísica assentam sobre uma única base, a Mente divina.” Ciência e Saúde, p. 269.
A Mente divina, Deus, é o único criador que realmente existe. Deus é Espírito e Sua criação é espiritual. Portanto, os filhos são, em realidade, como Ciência e Saúde os define, “os pensamentos e representantes espirituais da Vida, da Verdade e do Amor” Ibid., p. 582..
Não são os nossos filhos, nem somos nós, mortais físicos sujeitos a constantes perigos e à tentação. Nossos filhos não possuem mentes pessoais próprias e que os podem colocar em apuros. Nem temos nós uma mente pessoal que falha em tomar decisões inteligentes. A verdadeira identidade tanto dos pais como dos filhos é a do homem espiritual, a imagem e semelhança de Deus, o bem. Ao compreendermos o relacionamento espiritual entre o homem e Deus, não nos tornamos menos solícitos para com os filhos, mas ainda mais solícitos para com eles. Nossa compreensão espiritual capacita-nos a atender mais eficazmente às necessidades mentais e físicas de nossos filhos. Deus dános a inteligência de provermos as salva-guardas adequadas que asseguram o bem-estar de um filho.
O homem é incorpóreo, o reflexo da Vida que é Espírito. Portanto ele está sujeito ao governo benéfico de Deus. O homem é governado pela inteligência divina, a sabedoria da Mente divina. E isto é verdadeiro tanto para os pais como para os filhos. Perceber que Deus é a única Mente, oferece à família uma unidade para a tomada de decisões que podem ser aceitas prazenteiramente por todos. E isto libertará os pais da preocupação.
Quando consideramos os nossos filhos como “pensamentos e representantes espirituais da Vida, da Verdade e do Amor”, acalen-tamo-los metafisicamente porque levantamos nosso conceito a respeito deles acima da crença de serem mortais. Reconhecemos que verdadeiramente são imortais, idéias do Espírito incorpóreo. Ao mantermos coerentemente estas verdades espirituais no pensamento, sentiremos a certeza da promessa feita na Bíblia: “O que habita no esconderijo do Altíssimo. .. descansa à sombra do Onipotente.” Salmos 91:1.
Cristo Jesus disse a seus discípulos a respeito das crianças: “Os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste.” Mateus 18:10. Todos os pais podem acalentar metafísicamente os filhos reconhecendo, em oração, que eles vivem no céu da presença de Deus. Como a verdadeira identidade dos filhos é o homem, só os pensamentos de Deus podem vir-lhes, divinas idéias angelicais de pureza e amor cristão que haverão de protegê-los para sempre de influências degradantes e danosas. Deus ama o homem e o provê dos tesouros espirituais do companheirismo acertado, da nutrição pura e da atividade cheia de alegria.
Este reconhecimento, em oração, da identidade real de nossos filhos não tem de cessar quando eles se tornam adultos e saem de casa. Não estamos procurando alterar mentalmente seus pensamentos nem interferindo na vida deles. Estamos mantendo nosso próprio pensamento a respeito de filhos elevado ao reino do Espírito, onde podemos perceber que habitam a salvo e contentes na presença do Amor. Ficaremos mais felizes, mais felizes ficarão os filhos, e a atmosfera de nossos pensamentos cristãos se fará sentir em maneiras das quais talvez ainda não saibamos.
E, será que não podemos fazer isto por todos os filhos, em todas as partes do mundo, quer sejamos pais quer não? Quando elevamos nosso conceito acerca de todos os filhos e os vemos em sua verdadeira natureza como representantes da Vida, da Verdade e do Amor, quiçá seremos profundamente recompensados ao descobrir que o mundo fica abençoado pelo pensamento desses filhos.