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Matéria de capa

Vida transformada

Da edição de novembro de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Desde minha infância, sempre ouvira falar sobre preconceito e racismo: Papai não gostava que eu falasse com certos vizinhos por determinados motivos, na escola as meninas ricas não brincavam com as pobres e as brancas não se misturavam com as negras. Pessoas deficientes eram discriminadas.

Quando completei cinco anos, meu pai quis que eu fosse morar com seus parentes. Eu sofria de bonquite asmática e talvez eles me cuidassem melhor, pois moravam em uma cidade com mais recursos. A família que me criou, contudo, dizia que eu era muito feia e que ninguém nunca iria gostar de mim. Também vivenciei discriminação no internato feminino em que iniciei minha alfabetização, onde me rotulavam com todos tipos de apelidos pejorativos. Quanto mais eu me entristecia, mais o problema se agravava.

Na fase adulta, enfrentei muitos desafios, pois eu era insegura e cheia de complexos. Eu não conseguia me centrar, era extremamente tímida e me achava inferior a todos. Também tinha desmaios repentinos e constantes.

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