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Original para a Internet

Estamos nos aproximando da era de “não mais a guerra”?

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 21 de abril de 2024


Por volta do ano 700 a.C., o profeta Isaías afirmou: “[as nações] converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Isaías 2:4).

Passemos para o início do século XX, considerando literalmente as palavras de Isaías, a profecia ainda não havia sido cumprida. No entanto, algo notável havia acontecido. A Ciência por trás do poder sanador demonstrado por Cristo Jesus havia sido descoberta por Mary Baker Eddy em 1866. No início do século XX, esse poder transformador, tão inerente à atividade dos primórdios do Cristianismo, estava novamente sendo colocado em prática por inúmeras pessoas. Mary Baker Eddy, no entanto, via além da necessidade da cura individual. Ela compreendeu que o poder que capacitou Jesus a reformar o pecador, a curar cegos, surdos e doentes, a passar ileso em meio a multidões enfurecidas que procuravam tirar-lhe a vida, tem de ser aplicado também aos problemas mundiais, inclusive à guerra.

Sem dúvida, a Sra. Eddy levava em conta essa oração mais abrangente. Na edição de maio de 1908 do The Christian Science Journal, ela escreveu: “Por muitos anos tenho orado diariamente para que não haja mais guerras, não haja mais bárbaros massacres de nossos semelhantes; tenho orado para que todos os povos da terra e das ilhas do mar tenham um só Deus, uma Mente única; para que amem a Deus supremamente, e amem o próximo como a si mesmos” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos], p. 286).

Assim como acontece com inúmeras pessoas, notícias recentes me levaram a desejar o fim das guerras. E o exemplo da Sra. Eddy, que durante anos orou diariamente pelo fim das guerras, é uma inspiração para persistirmos na oração “para que não haja mais guerras,” e confiar em que esse objetivo é uma possibilidade concreta.

A maneira como ela orava também me tocou. Em primeiro lugar, expressa o profundo desejo de que esse ideal espiritual seja de fato cumprido. Se todos tivessem uma Mente e do fundo do coração amassem a Deus e a toda humanidade, sem exceção, a guerra seria obsoleta. Podemos, ainda hoje, orar para que a humanidade seja receptiva a esse modo mais elevado de pensar e de agir — que todos acolham a ideia do fim do ódio e das guerras.

Também ponderei sobre as palavras da Sra. Eddy sob a perspectiva de como ela descreveu as orações de Jesus, que considerava serem “…profundos e conscienciosos protestos a favor da Verdade — da semelhança do homem com Deus e da unidade do homem com a Verdade e o Amor” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 12).

Devemos destacar que esses protestos eram a favor do que é espiritualmente verdade — não contra o que é material e errado. O efeito do primeiro liberta do segundo. No caso de problemas físicos, por exemplo, essa oração revela a harmonia presente agora, pois insiste na realidade espiritual de que somos a expressão espiritual da Verdade, Deus. Essa insistência não é força de vontade, nem pensamento positivo. Ao contrário, procede do elevado ponto de vista daquilo que é real, ou seja, do ponto de vista do Cristo que afirma que Deus fez tudo muito bom, como diz a Bíblia em Gênesis 1:31. Essa percepção espiritual aponta para uma conclusão fundamental e radical — a irrealidade da desarmonia, inclusive da doença — como está comprovada nas milhares de curas registradas no The Christian Science Journal, desde seu lançamento em 1883.

Quando a oração nos traz pessoalmente benefícios tão evidentes, é natural que lancemos esses mesmos profundos e conscienciosos protestos a favor da Verdade com relação às notícias, inclusive às que relatam os sofrimentos daqueles que se encontram em zonas de guerra. Podemos mentalmente protestar a respeito de qualquer evidência que se oponha a essa verdade, afirmando que, de fato, todos tem um só Deus, uma Mente única; amam a Deus supremamente, e amam o próximo como a si mesmos. Podemos nos apegar a essas ideias até que estejamos certos da legitimidade de nossos protestos em oração, até mesmo onde a situação humana pareça desoladora.

Isso seria ilógico se nossa identidade se restringisse ao que vemos, ouvimos e analiticamente examinamos. Se fosse assim, Jesus não teria curado como curou — por meio de seu senso espiritual a respeito da verdadeira, boa e pura identidade das pessoas. Todas as curas que realizou provaram que o controle de Deus é o que de fato está em ação em toda parte, mesmo onde o corpo e a mente parecem estar na desarmonia. À medida que reconhecemos que a Vida e a Mente são espirituais e perfeitas — que na realidade são o próprio Deus — o senso corporal de conflito dá lugar a uma paz divina que restaura a harmonia das funções e faculdades.

Jesus não ignorava o sofrimento. Com o olhar do Cristo via além do sofrimento, via que Deus estava no controle de tudo. Então, o sofrimento dava lugar à liberdade que é o reflexo de Deus. Tampouco podemos ignorar as injustiças e os sofrimentos causados pela guerra. No entanto, devemos desviar o olhar das imagens agressivas e opiniões extremadas (especialmente as nossas próprias!) para buscar e nos firmar na profunda realidade do universo espiritual de Deus. Ali não existe histórico material que resista ao desdobramento do bem, nenhum rancor que oculte as inspiradas soluções sempre disponíveis. Quando de fato compreendemos que todos têm um Deus único, uma Mente única, atitudes inflexíveis cedem a novas ideias; o ódio e o medo cedem ao poder transformador do Amor, Deus.

A humanidade tem necessidade premente desse progresso, e isso significa que existe um papel crucial a ser desempenhado por aqueles que, por experiência própria, confiam na capacidade da Mente de curar todo conflito. A Sra. Eddy certa vez se referiu a essa confiança como “fé na disposição que Deus dá aos eventos” (ver Miscellany, p. 281). O pensamento do mundo a respeito da guerra precisa do peso desse importante elemento mental, a fim de ajudar a fazer pender a consciência humana para a sabedoria e a inspiração nas decisões que podem estabelecer uma paz justa e duradoura.

Exercemos essa influência à medida que reconhecemos que a inteligência da Mente, que está sempre se desdobrando, tem total autoridade, e nos recusamos a nos submeter à crença em conflitos sem solução. Essa é a oração que pode alcançar e abençoar os que se encontram em áreas de guerra, ou de potencial conflito, sejam civis ou militares, vítimas ou agressores, adultos ou crianças. Mesmo em áreas onde pairam diferenças fortemente arraigadas, podemos nos apegar à verdade sobre a união universal e permanente na única Mente — onde uma nação nunca levantou a espada contra outra nação, e nunca aprenderam a guerra. Esse persistente protesto em oração a favor da Verdade, continuará a nos aproximar do objetivo e finalmente alcançaremos a meta de não haver “mais a guerra”.

Tony Lobl
Redator-Adjunto

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