Na minha opinião, ser Cientista Cristão envolve muitas coisas, entre as quais a mais importante é o amor. Às vezes, no entanto, julgamentos negativos sobre outrem podem colocar isso a perder.
O colégio que frequentei era um lugar maravilhoso, onde eu tinha um incrível grupo de amigos chegados e me relacionava bem com os outros colegas. Mesmo assim, eu tinha a sensação de que muitos deles eram bem críticos.
Essa sensação me incomodava bastante. Daí, nas férias de verão, antes do último ano do ensino médio, decidi orar sobre isso. Na oração, algo surpreendente me veio ao pensamento. Ocorreu-me que uma das razões pelas quais eu achava que meus colegas criticavam demais era porque eu também criticava alguns deles. Essa nova percepção me abriu os olhos e, por isso, comecei a orar de uma maneira diferente. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve: “A parte vital, o coração e a alma da Ciência Cristã, é o Amor” (p. 113). Percebi que, se eu quisesse parar as críticas, precisaria amar a todos incondicionalmente e vê-los apenas como Deus os vê: perfeitos e completamente bons. Comecei a orar com essas ideias e a procurar as boas qualidades que cada um expressava. Decidi deixar de lado as fofocas, acontecimentos passados, preconceitos e qualquer outra coisa que pudesse ofuscar essa percepção amorosa sobre meus colegas. Amei simplesmente a todos, sem distinção.
Quando voltei das férias, a dinâmica da minha turma tinha mudado completamente. Com o início do ano letivo, várias desavenças entre alunos foram resolvidas e novas amizades e respeito tomaram o lugar. Como colegas de classe, construímos um vínculo melhor e mais forte, e pudemos trabalhar juntos em harmonia em vários projetos importantes.
Essa experiência me fez ver mais claramente o que significa amar liberalmente, por reflexo do Amor divino. Para mim, o grande diferencial da Ciência Cristã é o conceito de amor que ela ensina. O amor que Cristo Jesus ensinou e que nos esforçamos para expressar como Cientistas Cristãos é puro e espiritual. Permite-nos ir além dos aspectos equivocados da personalidade humana e traços negativos do caráter, reconhecendo a verdadeira natureza de cada indivíduo como filho de Deus. Essa experiência me mostrou que esse amor cura. Na verdade, aprendi que a cura geralmente começa com amar pura e espiritualmente as pessoas à minha volta, e reconhecer que Deus, o Amor divino, é a fonte desse amor.
Quando amamos dessa maneira e permitimos que o Amor divino seja o centro e a fonte de nossos pensamentos e ações, não há espaço para criticar os outros. Como a crítica poderá entrar em cena, se o amor que cura estiver na linha de frente de nosso pensamento?
É claro que amar com essa compreensão não é algo que se aprende da noite para o dia! Eu estou constantemente descobrindo mais a esse respeito e crescendo nessa compreensão. Isso é algo de que gosto muito na Ciência Cristã. Uma palavra que ouvimos frequentemente em relação à Ciência Cristã é prática. Isso é encorajador porque significa que estamos todos crescendo juntos. Cada um pratica, quando vive esse tipo de amor espiritual e puro, que vê o filho perfeito de Deus em todos. E continuamos a praticar esse amor em situações nas quais talvez pareça mais fácil criticar do que amar.
Muitas vezes, as religiões têm a fama negativa de terem a tendência de condenar. No entanto, uma das razões pelas quais sou Cientista Cristã é que a Ciência Cristã genuína nos livra de condenações e nos ensina como ser uma transparência para o Amor divino. E é natural que esse amor que cura brilhe e alcance todas as pessoas que encontramos.
