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Original para a Internet

Para jovens

Como lidar com problemas de relacionamentos

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 28 de outubro de 2019


P: Como posso lidar com problemas de relacionamentos — sejam eles românticos, de família, ou entre amigos?

R: Lidar com problemas de relacionamentos muitas vezes foi estressante para mim, principalmente quando parecia que era necessário dizer ou fazer algo, mas eu não conseguia saber o quê. Uma vez, meus pensamentos estavam como uma mistura de confusão e desespero. Eu oscilava entre um monólogo da presunção de minha retidão pessoal sobre o quanto eu estava certa, e outro de autocondenação porque achava que a culpa era minha.  

Eu não conseguia imaginar nenhuma ação humana que trouxesse uma solução, o que foi bom, pois recorri à oração. Por meio de meu estudo da Ciência Cristã eu havia aprendido muito a respeito da oração, ou seja, a recorrer a Deus em busca de respostas espirituais. Na verdade, ao longo dos anos a oração havia me ajudado em diversos problemas de relacionamento. Mas acho que dessa vez eu estava tão confusa com os problemas, que foi só no auge do desespero que me lembrei de recorrer a Deus.

Tentei orar, dizendo: “Agora, Senhor, cuida dessa situação”. A abordagem de deixar a Deus no controle e governo da situação se baseia na verdade espiritual de que Deus tem todo o poder, e todos são, e tudo no universo é, na realidade, a ideia espiritual de Deus, pertencendo inteiramente a Ele.

Minha oração foi bastante sincera, mas se olhar cuidadosamente, talvez você perceba minha falha: eu estava ainda apegada ao conceito de ter minha própria vida, com um problema de relacionamento, e então tentar entregar a dificuldade a Deus. Pode até parecer uma abordagem completamente lógica, mas não combina com o que aprendi na Ciência Cristã, a respeito da natureza de Deus. Deus é tudo, é nossa verdadeira Vida. Não temos uma vida nossa, independente, para a qual necessitamos trazer a Deus, nem temos problemas que necessitam ser resolvidos por Deus. Os problemas são solucionados e as curas ocorrem quando nos rendemos à totalidade de Deus como sendo a única realidade de nossa existência.

Não é de surpreender que as preocupações e o burburinho mental não tenham parado. Então, orei outra vez: “Deus, ajuda-me a saber como deixar esse relacionamento sob o Teu controle”. Imediatamente ouvi de volta: “Não deixe a questão para ser resolvida por mim; deixe que seja Eu a questão”. Com isso, Deus não estava dizendo que Ele era o problema, mas que Ele era o assunto, ou questão, sobre a qual eu deveria ponderar, de todo o coração.

Uau! Imediatamente percebi a diferença. Deus não toma para Si os nossos problemas para resolvê-los, porque Ele não conhece problemas. O fato de que Deus é o Tudo-em-tudo é o único assunto, tópico ou questão a se levar em consideração. Quando reconhecemos a Deus como sendo a única realidade que necessitamos conhecer, ponderar ou engrandecer, só então verdadeiramente nos alinhamos com nosso lugar no Existir, como efeito perfeito da perfeita Causa una e única. Mary Baker Eddy, que escreveu o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, explica: “Para raciocinar corretamente deve estar presente no pensamento um só fato, a saber, a existência espiritual” (p. 492). Em outras palavras, reconhecer a Deus como sendo o único fato a se conhecer. 

Essa mudança trouxe uma maravilhosa sensação de paz e me deixou livre da preocupação quanto à questão de assumir a responsabilidade de endireitar a outra pessoa. De boa vontade eu iria dizer ou fazer algo, se para tal me sentisse claramente impelida por Deus, mas parei de ficar obcecada tentando fazer e acontecer. E no fim das contas, o relacionamento se endireitou por si só e voltou ao normal, sem eu dizer uma palavra. 

Uma das minhas histórias favoritas na Bíblia mostra esse tipo de submissão a Deus. Jacó tinha um irmão gêmeo, Esaú, com quem havia tido uma briga enorme. Passaram anos sem se verem ou se falarem. Finalmente, Jacó resolveu se reconciliar com o irmão, mas não conseguia superar a agitação mental e o medo de como seria essa reconciliação. Uma noite, porém, enquanto Jacó lutava com esses pensamentos, veio-lhe uma inspiração, como uma mensagem de Deus, acompanhada de uma mudança no modo de ele pensar. A Bíblia diz que ele viu a si próprio como sendo a face, o reflexo de Deus, e viu também o irmão como sendo a própria face de Deus. E o irmão ficou contente com ele. Em outras palavras, Jacó não se prendeu ao problema de dois irmãos guerreando entre si, nem tentou fazer Deus remediar a questão. Ele se submeteu a Deus como sendo a verdadeira origem da identidade tanto dele como do irmão. Ele reconheceu a Deus como sendo o assunto que requeria sua atenção integral. E no dia seguinte, aconteceu o doce encontro entre ele o irmão (Gênesis 27, 32 e 33).   

O que há de melhor com relação à oração de submissão a Deus, é que podemos sempre orar dessa forma. É como arriar uma mala pesada. Mas é bom lembrar de não entregar simplesmente a mala dos problemas a Deus, mas entregar-se a Deus, o único tema ao qual necessitamos dedicar nossa atenção. Nesse lugar sagrado em que vemos a todos e a tudo como pertencendo a Deus, percebemos que Deus sustenta todas as ideias dEle sob perfeito domínio, harmonia e paz. E se existe algo que necessitamos dizer ou fazer, então é isso que fazemos ou dizemos; não para gerar a paz, mas, tal qual Jacó e Esaú, para celebrar a paz que Deus está sempre gerando.

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