A temporada de basquete estava bem adiantada, e o ritmo ia ficando bastante intenso. No início do segundo tempo de um jogo, um jogador me derrubou, e senti um pouco de dor no pulso direito. Não parecia ser nada demais, e pensei que eu iria apenas colocar um pouco de gelo no pulso e jogar na próxima partida. Mas, quando o treinador viu o quanto meu pulso estava inchado, pediu para eu consultar um médico, antes de voltar a jogar.
Algumas horas depois, eu estava em uma clínica, onde o médico explicou que eu estava com o pulso fraturado. Disse que seria necessário engessá-lo por cerca de seis semanas — o que significava que eu perderia o resto da temporada de basquete e teria de fazer minhas provas finais com a mão esquerda.
Fiquei surpreso, e depois de ouvir essa avaliação, tive muitos pensamentos negativos — por exemplo, de que eu iria perder a temporada de basquete e não teria bom desempenho nas provas finais, porque não sabia escrever com a mão esquerda. Eu também tive de decidir que tipo de tratamento ia escolher. Embora o médico houvesse recomendado engessar o pulso, ele também estava disposto a me deixar usar apenas uma tipoia temporária.
Ao pensar nessas duas opções, percebi que o uso do gesso sugeria que levaria certo tempo para o pulso sarar. Como Cientista Cristão, eu já havia aprendido que podemos ser curados por meio da oração e que as curas podem ser rápidas, até instantâneas, como relatado na Bíblia. Eu queria deixar espaço para essa possibilidade quanto ao pulso, então decidi que colocá-lo na tipoia me ajudaria a ter plena fé em Deus para a cura, em vez de fé no tempo.
Embora eu quisesse ser positivo e ter a expectativa de cura, achei os dias que se seguiram mentalmente desafiadores, e era difícil manter meus pensamentos focados em Deus. Então, no domingo, fui à Escola Dominical da Ciência Cristã, que terminou, como sempre, com uma citação chamada “a declaração científica sobre o existir” do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, escrito por Mary Baker Eddy. A parte que se destacou para mim foi: “O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso, o homem não é material; ele é espiritual” (p. 468).
Claro, eu já havia escutado essas palavras centenas de vezes, mas essa foi a primeira vez em que as levei a sério. Elas me deram uma nova visão a respeito de Deus e de minha natureza real. Visto que Deus é o Espírito e o homem é espiritual (quer dizer, todos os homens e mulheres), eu não tenho limitações, assim como Deus não as tem. Eu não precisava esperar para me tornar espiritual e completo, porque eu já sou assim.
Nesse ponto, decidi parar de focalizar o problema e me concentrar na solução. Comecei a orar com a ajuda de um praticista da Ciência Cristã, e li boa parte do capítulo sobre fisiologia, no livro Ciência e Saúde. Muitas declarações desse capítulo se destacaram para mim, mas algo que foi especialmente relevante para a minha situação e me inspirou muito foi o seguinte: “Jesus expulsava o mal e curava os doentes, não só sem drogas, como também sem hipnotismo, que é o inverso do poder ético e terapêutico da Verdade” (p. 185). Isso me deu a confiança necessária para continuar buscando a Deus, a Mente divina, para encontrar a solução, e para focar na cura, e não na frustração quanto ao que eu não podia fazer fisicamente.
Depois de apenas uma semana e meia, o pulso estava completamente bom. Mas o treinador disse que eu não poderia jogar, a menos que a clínica me desse alta, com um atestado de saúde. Então fui lá de novo. Todos na clínica ficaram contentes ao verem a rapidez com que o pulso se havia curado, e me liberaram para jogar. Isso significava que eu não precisava mais da tipoia, e pude jogar o restante da temporada de basquete e fazer minhas provas finais com facilidade.
Embora eu estivesse grato por meu pulso ter ficado bom, a parte mais importante dessa cura foi o crescimento espiritual que vivenciei, porque agora sei que posso recorrer a Deus com relação a qualquer aspecto de minha vida, e Ele me dará a compreensão espiritual e a orientação de que eu precisar.
