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Original para a Internet

Harmonia libertadora para todos

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 4 de março de 2024


Embora continuemos atentos às desigualdades ainda não resolvidas entre os gêneros, e estejamos empenhados em superá-las, vale a pena pensar em uma união entre homem e mulher que está eternamente livre de atritos. A Ciência Cristã revela a perfeita fusão do masculino e feminino na natureza de Deus, e descreve a Deus como Pai-Mãe.

Isso provém diretamente da Bíblia. Ao usar o termo homem genericamente para descrever a imagem espiritual de Deus, as Escrituras definem esse homem como “homem e mulher” (ver Gênesis 1:27). Portanto, ser plenamente a imagem de Deus significa refletir todas as qualidades originadas em Deus, o bem, sejam elas geralmente associadas a homens ou a mulheres.

Portanto, na natureza espiritual de todos nós, o feminino e o masculino estão perfeitamente equilibrados e são igualmente essenciais. Aceitar isso nos permite começar a abandonar a visão oposta a respeito de nós mesmos como metades de um todo, e passar a colher as bênçãos que disso derivam. Como diz Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy: “A mente masculina alcança um tom mais elevado por meio de certos elementos da feminina, enquanto que a mente feminina ganha mais coragem e força por meio de qualidades masculinas” (p. 57). E o trecho continua: “Esses elementos diferentes se unem com naturalidade uns aos outros, e sua verdadeira harmonia está no fato de que espiritualmente são um”.

Embora nós certamente possamos ver esses elementos mesclados de maneira construtiva em relacionamentos bem-sucedidos, reconhecê-los unidos em nossa própria consciência talvez pareça contrário ao que consideramos ser nossa identidade de homem ou mulher. No entanto, à medida que procuramos compreender a Deus por meio da Ciência do Cristo, é natural e inevitável perceber que essa completude é simplesmente a realidade. Permitir que uma gama mais ampla de qualidades espirituais de Deus venha à tona e encontre expressão em nós, como resultado de aceitarmos essa verdade, é algo que faz com que sejamos melhores homens ou mulheres, ou seja, melhores nos papéis de irmãos, cônjuges, colegas, membros da igreja, cidadãos, amigos. Para muitas pessoas, esse novo conceito também ajudou a superar limitações arraigadas. Isso inclui mulheres superando entraves em carreiras consideradas exclusivas dos homens, como atestam os testemunhos que vêm sendo publicados nesta revista ao longo de muitos anos. A mesma compreensão beneficia os homens, como eu constatei no início de meu estudo desta Ciência (ver o artigo intitulado “What’s growing out of your religious experience?” [“O que está resultando de sua experiência religiosa?”] Journal, maio de 1995).

À medida que compreendemos e demonstramos mais essa nossa inteireza, abrindo espaço para o Cristo, a verdadeira ideia do Espírito divino, Deus, nós também reconhecemos que essa é a realidade de todos. Isso nos proporciona uma base segura para tomarmos posição, em espírito de oração, em favor do progresso, quando este talvez pareça estagnado ou revertido, seja em nível mundial ou em nossa própria comunidade ou família. Nem a estagnação nem o retrocesso fazem parte da vontade de Deus.

Dito isso, lembremos que, há mais de dois milênios, Jesus via tanto as mulheres quanto os homens como filhos iguais de Deus e os tratava como tais. Seu amor sanador reabilitou uma mulher encurvada havia muitos anos e estancou a hemorragia de outra, com a mesma presteza com que curou um homem paralítico e outro que era louco. Jesus demonstrou que a onipotência de Deus é imparcial, e não age exclusivamente em favor de um grupo em detrimento de outro, mas sim, sempre atua para todos e cada um. E essa onipotência tampouco pode ser usada por um grupo para oprimir outro. O poder de nosso Pai-Mãe, o Amor, é o exemplo máximo da justiça uniforme e da misericórdia universal.

Para ajudar a erradicar o espectro do atrito contínuo entre homens e mulheres, podemos detectar e enfrentar a ação de um inimigo mais sutil do que indivíduos ou políticas públicas, isto é, a mente carnal, que a Bíblia diz ser “…inimizade contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Romanos 8:7). Essa mente carnal, essa mente mortal, é também inimizade contra as relações harmoniosas que, de outra forma, seriam naturais para nós, porque é falsa a crença de que a união criada por Deus tenha sido usurpada pelas discórdias da existência material. Para nos livrarmos do impacto abusivo dessa suposta mente, precisamos discernir e demonstrar que é algo irreal. Isto é, devemos estar alertas para a falsidade de sua pretensão de inverter, obscurecer ou até mesmo diminuir a realidade constante da harmonia criada e sustentada por Deus, e assim refutar suas alegações.

O resultado dessa maneira de pensar ficou firmemente evidenciado na experiência da Sra. Eddy, quando ela teve de enfrentar um dos principais pontos de atrito entre homens e mulheres dos últimos séculos, ou seja, a marginalização das contribuições de mulheres na ciência, na teologia e na medicina. Ela descobriu e demonstrou a Ciência divina, quando esses três campos do saber virtualmente excluíam a participação das mulheres, e o livro-texto que ela escreveu não se coadunava com a visão materialista prevalecente a respeito do conhecimento. Esse livro corajosamente explicava que existe uma significância espiritual mais elevada para os três campos do saber, por serem “instrumentos do pensamento divino” (ver Ciência e Saúde, p. 118).  

A resistência a esse ponto de vista, e às evidências de sua veracidade, se fez sentir em formas variadas. No entanto, passo a passo, um conjunto cada vez maior de homens e mulheres passou a estudar Ciência e Saúde e a Bíblia, tornando-se sanadores bem-sucedidos. Rememorando esse progresso, a Sra. Eddy falou certa vez de sua vitória sobre a resistência da mente carnal, como tendo sido um exemplo de que a humildade de uma mulher foi capaz de sobreviver à perseguição. Ela explicou: “Um homem teria sido mais apto a contrariar a perseguição, mas contrariá-la teria sido fatal. Eu tive de aprender a lição dada pela grama. Quando o vento soprava, eu me curvava diante dele, e quando a mente mortal me pisou com seu calcanhar, eu me curvei mais e mais com humildade e esperei, esperei até que ela retirasse seu calcanhar de sobre mim, e então me levantei” (Robert Peel, The Years of Authority [Os anos de autoridade], p. 84).

Isso certamente destaca um aspecto do pensamento feminino graças ao qual muitas mentes masculinas podem alcançar, e efetivamente têm alcançado, um patamar mais elevado. Da mesma forma, muitas mentes femininas podem ganhar, e efetivamente ganharam, coragem e força por meio de elementos masculinos. Em ambos os casos, o que realmente acontece é que a crença de ser apenas uma mentalidade masculina ou feminina cede à ideia mais completa de refletir a Mente única, Deus, que é o Espírito infinito, que inclui o equilíbrio perfeito de todos esses preciosos elementos.

Passo a passo, cada um de nós comprovará para si mesmo, e aceitará que vale para todos, o equilíbrio sem atrito dos elementos masculinos e femininos que habitam para sempre em nós, porque estão eternamente unidos no Pai-Mãe Deus que nós refletimos.

Tony Lobl
Redator-Adjunto

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