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Original para a Internet

A potência e o poder da cura pela Ciência Cristã

Da edição de setembro de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 24 de julho de 2017.
Tradução do original em inglês publicado na edição de maio de 2017 do The Christian Science Journal.


Em 1910, Abraham Flexner publicou o chamado Relatório Flexner. De acordo com alguns estudiosos, esse Relatório foi o que aconteceu de mais importante na história do ensino médico na América do Norte, pois trouxe propostas de padrões e protocolos mais elevados para as Faculdades de Medicina. Embora certamente tenha sido sensata dentro do contexto da própria profissão médica, essa mudança provavelmente também tenha começado a reprimir a abertura do pensamento para outras opções de cura. Alguns Cientistas Cristãos, particularmente, olham em retrospecto para aquele ano e se perguntam se não foi o Relatório Flexner que talvez tenha aumentado de forma significativa a resistência, por parte do mundo da medicina, contra a convicção de Mary Baker Eddy de que a verdadeira cura cristã é realmente não só uma Ciência, mas também o agente terapêutico mais eficaz e poderoso, e o único método de cura verdadeiramente científico. 

A Sra. Eddy escreveu: “O pensamento imbuído de pureza, Verdade e Amor, instruído na Ciência da cura metafísica, é o agente sanador mais potente e desejável sobre a terra” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, p. 4). Alguns talvez digam que essa afirmação pode ter tido algum mérito na época da Sra. Eddy, mas que a era pós-Flexner da medicina moderna faz com que o tratamento pela Ciência Cristã pareça menos impressionante. Basta olhar, argumentam alguns, para os imensos complexos hospitalares, a incrível tecnologia médica moderna, as drogas “milagrosas” que continuam a ser lançadas no mercado, e constatar como o governo amplamente patrocina e insiste na utilização da medicina material como a maneira verdadeiramente realista de cuidar de si mesmo, em nossa época. 

Um conhecido meu, cético em relação à cura pela Ciência Cristã, me disse que, embora a cura por meio da oração possa ter sido útil nos dias da Sra. Eddy, tanto quanto a medicina menos sofisticada de sua época, agora, para cuidar de mim mesmo, eu estava preso a um método do século XIX, já superado, Eu discordei, mas talvez não da maneira que ele esperava. Argumentei que ele estava atrasado cerca de 18 séculos! A descoberta da Sra. Eddy estava me ensinando como praticar um método de cura do primeiro século da era cristã: a abordagem ensinada e praticada por Cristo Jesus. A vida dele estabeleceu para todas as eras o padrão mais elevado de todos para confrontar e derrotar o pecado, a doença e a morte.

Tenho visto provas em minha própria vida de como é constante e natural a cura
pela Ciência Cristã.

Então, o que dizer sobre a questão que meu amigo estava levantando? Acaso estamos sentindo o peso daquele ponto de vista de que o tratamento pela Ciência Cristã não parece particularmente impressionante, se comparado com essa gigantesca e invasiva indústria médica e farmacêutica, que atinge, e às vezes até define, tantos aspectos da experiência humana, nos dias de hoje? Ou temos nós a pura convicção espiritual de que Mary Baker Eddy foi mais do que apenas perspicaz, na maneira como se referiu à sua descoberta e à capacidade curativa inerente a essa descoberta? Percebemos que ela foi uma profetiza falando por revelação? Ou simplesmente achamos que ela foi uma mulher da época vitoriana, que levantou uma análise humana, fazendo uma série de afirmações exageradas, com avaliações humanas presas à época e que não se sustentam nos dias de hoje? 

A maneira como respondemos, em nosso íntimo, a perguntas como essas poderia determinar quão eficaz é nosso trabalho de cura. 

Os médicos falam, e muitas vezes de maneira nobre, como estudiosos das ciências materiais. Mary Baker Eddy falou, por inspiração, da ciência metafísica. Ela reconheceu que o Consolador, o Confortador prometido por Jesus, é a Ciência divina que ela recebeu e deu ao mundo. Seus seguidores sinceros aceitam isso como absolutamente verdadeiro. Eles consideram essa revelação da Ciência divina como a segunda vinda do Cristo, a Verdade, estabelecendo a Verdade sanadora como uma “dispensação permanente entre os homens” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 150). Eles também aceitam de todo o coração a promessa de Jesus de que o Consolador, o Confortador, nos ensinaria “todas as coisas” e que estaria conosco “para sempre” (ver João 14). 

As palavras extraordinárias da Sra. Eddy sobre a eficácia da cura pela Ciência Cristã devem ser colocadas no contexto de sua revelação completa. Essa descoberta trouxe à luz o fato eterno de que Deus é infinitamente bom, é o Tudo-em-tudo. Isso significa que o filho de Deus, o homem, está contido nessa totalidade, nesse Tudo-em-tudo divino, como Sua imagem e semelhança impecável. A descoberta dela trouxe também à luz o fato de que o Cristo nunca está ausente, mas está aqui conosco, revelando à consciência humana a Verdade e o efeito prático que ela tem quando é compreendida, curando todo tipo de desarmonia. Esse é o Cristo permanente, revelando e comprovando a nulidade de todo mal imaginável. Ele demonstra o fato de que Deus é Tudo e prova que a perfeição ininterrupta da natureza divina é refletida pelo homem e pelo universo.

Em meio a essas verdades revolucionárias, não admira que a Sra. Eddy insista no seguinte: “Quando submetes a doença, o pecado e a morte à regra da saúde e da santidade na Ciência Cristã, verificas que esta Ciência é demonstravelmente verdadeira, pois cura o doente e o pecador como nenhum outro sistema pode curar” (Ciência e Saúde, pp. 337–338). A evidência da veracidade dessa declaração foi certamente abundante no início do século XX. Um estudo em profundidade sobre a cura pela Ciência Cristã mostra como ela continuou verídica ao longo do século (ver “A study of Christian Science testimonies of healing” [Um estudo sobre os testemunhos de cura pela Ciência Cristã] no site christianscience.com/press-room).

A cura continua a se realizar hoje. Tenho visto provas em minha própria vida de como é constante e natural a cura pela Ciência Cristã. Essas curas vão desde infecções até uma doença interna degenerativa, desde o “incurável” resfriado comum até um problema diagnosticado por um médico que havia declarado que uma cura por meio da oração seria impossível do ponto de vista da medicina. Isso para citar apenas algumas. Muitas curas se processaram gradualmente. Outras foram instantâneas, como o repentino desaparecimento de sintomas da chamada pneumonia galopante. 

A Ciência Cristã apresenta o Confortador que cristianiza, não medicaliza, a consciência humana. Esse é um agente sanador profundamente potente.

O ponto aqui não é simplesmente o fato de que a avaliação da Sra. Eddy sobre o tratamento pela Ciência Cristã é ainda hoje mais correto do que os críticos afirmam. O ponto é que as palavras dela representam muito mais do que uma avaliação humana. São palavras de uma revelação. São aquilo que Deus estava dizendo a ela, não apenas aquilo que ela está dizendo a nós. E a maneira como lemos e ouvimos suas palavras é crucial, porque determina como estamos demonstrando a Ciência Cristã nos dias de hoje.

Na medida em que reconhecermos que suas palavras inspiradas são verdadeiramente o Confortador disponível hoje em sua plenitude, seremos melhores sanadores. Mas se nos deixarmos atrair pela maneira de pensar dos que são céticos a respeito da Ciência Cristã, isto é, como se ela fosse um modo um tanto antiquado de cuidar de nós mesmos, nossa capacidade de curar irá gradualmente diminuir. Se não reconhecermos a natureza espiritual dessa descoberta, que define a realidade espiritual e a nossa maneira de viver a vida de acordo com essa realidade, nós acabaremos adotando um modo de encarar a cura como se fosse uma escolha a partir de um menu, isto é, escolhendo qualquer método que pareça mais conveniente no momento.

Essa visão da cura baseada em “opções” é mais um modelo médico do que um modelo espiritualmente científico. Enquadra-se naquilo que tem sido chamado de medicalização crescente do pensamento humano. Essa medicalização faria com que todos recorressem cada vez mais a alguma forma de materialidade como a salvadora. Em contrapartida, a cristianização do pensamento nos atrai ao Cristo incorpóreo como nosso Salvador. A Sra. Eddy escreve: “Nada, a não ser a espiritualização — sim, a mais elevada forma de cristianização — do pensamento e desejo, pode dar a verdadeira percepção de Deus e da Ciência divina, que resulta em saúde, felicidade e santidade” (Miscellaneous Writings, p. 15). 

Sim, a Ciência Cristã apresenta o Confortador que cristianiza, não medicaliza, a consciência humana. Esse é um agente sanador profundamente potente. Ele oferece aquilo que o mundo almeja tão profundamente. O Confortador veio de uma maneira que capacita o humilde discípulo a enfrentar com êxito todas as coisas, não apenas algumas coisas. Ele veio para ficar conosco permanentemente em vez de oferecer apenas uma rápida solução temporária. 

Se achamos que a prática da cura espiritual está ficando mais difícil, temos de defender nossa consciência dessa influência da medicalização. Talvez pensemos que a última coisa para a qual queremos ser atraídos é a forma de curar do mundo; no entanto, podemos sentir esse efeito do mundo se não estivermos, consciente e regularmente, defendendo nosso pensamento dessa influência sutil, mas muito agressiva. Ela negaria vigorosamente o fato de que a Ciência divina é “o agente sanador mais potente... sobre a terra”.

Para todos os efeitos, essa influência materialista está dizendo que as palavras da Sra. Eddy não são de modo algum uma revelação. Declara que elas não passam de afirmações humanas que tiveram alguma validade um século atrás, mas não hoje. É vital que, por meio da oração, afirmemos e rejeitemos com persistência esse argumento. É perfeitamente natural contra-atacar essa influência com a afirmação inspirada, e impelida pelo Cristo, de que a revelação é exatamente tão verdadeira e eficaz hoje como sempre foi. Ela é realmente o agente sanador mais potente sobre a terra, porque é um agente divino e tem o poder outorgado por Deus.

O mundo aparenta estar cheio de influências. No que diz respeito à cura, cada pessoa é chamada a decidir qual é a influência que aceita: a atração da medicalização ou a atração da cristianização. Perceber o que nos influencia é vital para o nosso bem-estar. Vale a pena orar para reconhecer que esta declaração da Sra. Eddy é uma revelação para hoje, e fala diretamente a cada um de nós: “O Princípio divino da cura fica comprovado pela experiência pessoal de todos aqueles que sinceramente procuram a Verdade. O propósito desse Princípio é bom e sua prática é mais segura e mais potente do que a de qualquer outro método de cura” (Ciência e Saúde, p. x).

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 24 de julho de 2017.
Tradução do original em inglês publicado na edição de maio de 2017 do The Christian Science Journal.

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