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Original para a Internet

Para jovens

Nunca pensei que pararia de beber por escolha própria

Da edição de fevereiro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 18 de novembro de 2019.


“De jeito nenhum!”

Era o que eu teria dito, em uma época em que bebia praticamente todos os dias, se me dissessem que eu pararia de beber por escolha própria. Teria também soltado uma gargalhada. 

Desde que eu tinha cerca de dezessete anos, beber fazia parte da minha vida. Comecei a beber esporadicamente, mas não demorou muito para que eu passasse a beber quase todos os dias e me afastasse da Ciência Cristã — e até mesmo do interesse pela espiritualidade. Eu acreditava que o álcool dava confiança e proporcionava relacionamentos mais profundos com os amigos que também bebiam — além de achar que a vida seria entediante sem a bebida.

Vocês podem, então, imaginar o choque que levei quando me vi no meio de um grupo de Cientistas Cristãos da minha idade e percebi que eles eram realmente felizes. Como é que conseguiam ser tão abertos uns com os outros, ter relacionamentos profundos e até mesmo se divertir, sem uma gota de bebida alcoólica? 

Algo fez sentido para mim naquele momento. Eu achava que era completamente feliz, mas quando vi essa alegria em seu estado mais puro, que esses amigos vivenciavam, ficou óbvio que a minha alegria era superficial e passageira. E percebi que a felicidade mais profunda e permanente que eu estivera procurando não era algo a ser obtido com a bebida; essa felicidade vem de Deus.

Esse gostinho que eu tive, das bênçãos que advêm quando nosso foco está em Deus, me fez querer mais, e esse desejo passou a ter muito maior importância do que a vontade de beber. Decidi, portanto, parar de beber. Mas fiquei receosa quanto a como os meus parceiros de bebida reagiriam e à possiblidade de que não se sentissem à vontade comigo. Também me preocupei, pensando que eles iam achar que eu fora desonesta com eles, ao esconder uma parte importante da minha vida. Eles sabiam que eu acreditava em Deus, mas sempre que me perguntavam sobre minha religião, eu agia como se ela não fosse importante para mim. 

Meus amigos e eu nos encontrávamos quase todos os fins de semana em um bar, mas decidi que não voltaria lá até me sentir realmente em paz com a decisão que eu havia tomado. Enquanto isso, passei a estudar Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, para obter uma compreensão mais profunda de Deus. Tive a certeza de que estava pronta para me encontrar com meus amigos, quando não tive mais medo do que aconteceria. Confiei plenamente em que Deus estava comigo e em que Ele estaria me guiando para dizer a coisa certa. Também refleti que não importava se eles continuassem querendo sair comigo ou não, o bem de Deus sempre estaria comigo — e com os meus amigos. O medo que senti no início foi substituído pela expectativa de ver o que aconteceria.

Cheguei ao bar e pedi um refrigerante. O barman pediu minha carteira de identidade, que eu não levara comigo, porque sabia que não iria beber. Eu me esquecera totalmente de que precisava da cédula de identidade até mesmo para estar no bar. Quando o pessoal que trabalhava no bar pediu que eu saísse, não havia nada a fazer, a não ser explicar a situação aos meus amigos. Disse-lhes que o motivo pelo qual eu não havia trazido o documento era porque eu não estava mais bebendo. Eles me desejaram boa noite e disseram que nos veríamos na semana seguinte. 

Fui para o meu carro e voltei para casa. Ao entrar, ouvi uma batida na janela. Meus amigos haviam vindo atrás de mim. Disseram que não precisavam beber naquela noite e deram a ideia de irmos para a casa de um deles. Foi uma noite deliciosa, e pude lhes explicar um pouco mais dos motivos por trás da minha decisão.

Para minha surpresa e alívio, minha escolha em parar de beber não teve nenhum impacto negativo na dinâmica do grupo. O que aconteceu foi que sair juntos sem beber se tornou parte da nossa atividade social, e meus amigos me agradeceram várias vezes por eu não beber, pois isso os deixou confiantes para fazer o mesmo. 

Não posso dizer que nunca mais me senti tentada a beber. Mas há um capítulo na Bíblia, o qual realmente me ajudou ao longo dos anos. Durante alguns meses, eu lia esse trecho todas as noites antes de sair com meus amigos. Parte dele diz: “...porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas. Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios. Ora, os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam é de noite que se embriagam. Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação... (1 Tessalonicenses 5:5–8). Esses versículos me ajudaram a perceber que estar sóbria não é o ato passivo de não beber, mas sim, algo ativo. Significa manter os pensamentos claros, cheios de amor, paz e alegria. Essa forma de sobriedade “ativa” significou que eu sempre me diverti muito. 

Ao invés de sentir falta de bebida alcoólica, passei a me sentir segura pelo fato de que não sinto falta de nada. Aprendi que todas as coisas boas que eu pensava estarem incluídas na bebida realmente não se encontravam no álcool, mas estão em qualquer situação, simplesmente por reconhecermos que elas vêm de Deus e, portanto, estão sempre presentes, pois Deus está sempre presente. 

Minha decisão de parar de beber não se tratou de cortar algo da minha vida, pois significou deixar entrar nela muito mais alegria e realização. Hoje, a relação com meus amigos é mais profunda, e minha vida é muito mais interessante e produtiva do que eu poderia imaginar.

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