Há cerca de três anos, meus pais me telefonaram com notícias bem preocupantes. A casa deles estava prestes a ser inundada. Disseram-me que estavam orando com afinco e que haviam solicitado o apoio de um Praticista da Ciência Cristã, e que minha irmã também estava orando a respeito desse problema. Pediram que eu me unisse à família em oração.
Gostaria de fornecer um pouco de contexto para a situação. Em 2011, meus pais compraram uma casa localizada perto de um rio em Charles City, no estado de Iowa, Estados Unidos. Era uma bela casa, mas, em 2008, ela tinha sido inundada, e, por isso, estava em péssimas condições quando eles a compraram. Nos anos seguintes, meus pais trabalharam para restaurar a casa e deixá-la com a aparência que ela tinha antes, e ela tornou-se o lugar favorito para os membros da nossa família passarem o tempo juntos.
Minha família e eu recebemos um aviso cerca de 24 horas antes, alertando sobre a provável inundação. O aumento previsto no nível da água comprometeria as paredes e o material de isolamento, estragaria os móveis e traria lama para dentro da casa. O impacto na comunidade vizinha seria ainda pior, pois durante uma inundação dessas proporções que acontecera antes, casas inteiras e estabelecimentos comerciais haviam sido destruídos.
Quando meus pais me telefonaram, eu estava fazendo o Curso Primário da Ciência Cristã. O Curso Primário consiste em doze aulas ministradas por professores autorizados de Ciência Cristã. Durante as aulas os alunos aprendem as verdades espirituais dessa Ciência, conforme explicadas no capítulo “Recapitulação” do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy. O que é essencial a esse ensinamento é a explanação de como Cristo Jesus curava outras pessoas por meio das orações dele, e de como podemos seguir o exemplo dele e demonstrar o poder da oração por meio da cura. Meus pais haviam me telefonado na hora certa, pois eu estava pronto para pôr em prática as poderosas verdades que estava aprendendo.
Eu me sentei no meu quarto e comecei a orar. Por toda a Bíblia lemos que Deus é o único Criador, a única causa e o único poder; então, comecei afirmando mentalmente a supremacia de Deus e reconhecendo que Seu infinito poder não conhece nenhum oposto. Eu me senti imediatamente confortado por esse reconhecimento e o medo que eu sentia em relação à situação começou a diminuir. Ao controlar o medo, eu também estava me elevando para discernir com mais clareza o que era realmente verdadeiro.
Então, concentrei minha atenção em raciocinar do ponto de vista de que Deus e Sua criação são tudo o que verdadeiramente existe. Se Deus é bom, raciocinei, então tudo o que Ele cria tem de ser bom. Estava muito claro que essa inundação não era boa para minha família nem para nossa comunidade e, portanto, ela não era algo que Ele poderia criar ou fazer acontecer. E, se Deus não havia criado essa inundação, então ela não tinha o poder de ser destrutiva ou prejudicial.
Ao orar a respeito dessa situação e estudar a Bíblia e o livro Ciência e Saúde, deparei-me com este trecho: “Não existe a fúria vã da mente mortal — expressa por terremoto, vento, onda, raio, fogo, ferocidade bestial — e essa mente, assim chamada, se destrói por si mesma. As manifestações do mal, que falsamente se apresentam como justiça divina, são denominadas nas Escrituras ‘a ira do Senhor’. Na realidade, demonstram a autodestruição do erro, ou seja, da matéria, e apontam para o oposto da matéria, a força e a permanência do Espírito. A Ciência Cristã traz à luz a Verdade e sua supremacia, a harmonia universal, a totalidade de Deus, o bem, e a nulidade do mal” (Ciência e Saúde, p. 293).
Na Ciência Cristã aprendemos que, visto que Deus, o bem, é todo-poderoso, o mal tem de ser nada, irreal. Esse fato científico foi provado inúmeras vezes por Cristo Jesus. Suas obras de cura comprovaram que tudo o que se assemelhe ao mal, perigoso e até mesmo catastrófico, não pode ser o produto de Deus. É apenas a crença no mal ou o medo do mal, a crença de que algum outro poder possa causar dano à nossa vida, que parece dar realidade ao mal.
Embora possamos ficar temerosos diante de terríveis previsões ou ameaças à nossa segurança e bem-estar, podemos rebater essa sensação com a compreensão de que “Deus é amor” (1 João 4:16). Como eu vinha aprendendo no Curso Primário da Ciência Cristã, o Amor divino não nos abandona em tempos de tribulação. Deus, o Amor, está sempre conosco, protegendo-nos e guiando nossas orações, mostrando-nos o bem que Ele está perpetuamente produzindo em nossa vida. O Amor impede a existência de desastres.
Esse raciocínio me trouxe um enorme conforto enquanto eu orava a respeito da inundação. Ao tratar do meu medo da situação, a oração fez com que eu sentisse uma profunda confiança, fundamentada na razão e na lógica discernidas a partir do meu estudo da Bíblia e do livro-texto da Ciência Cristã, de que Deus estava protegendo minha família e nossa casa, bem como nossa comunidade.
Oramos durante todo o dia e toda a noite. Após o término da minha aula no dia seguinte, telefonei para os meus pais para saber como estavam as coisas. Eles me deram boas notícias: o nível da água havia baixado significativamente em uma área de diversos quilômetros, em ambas as direções do rio. Os especialistas locais haviam previsto que os níveis da água subiriam mais de sete metros acima do habitual, em uma área do rio tão extensa quanto um campo de futebol. Em vez disso, o nível mais alto da água no final acabou ficando abaixo do que eles haviam previsto em mais de um metro, poupando não somente nossa casa, mas as casas de todos os nossos vizinhos e das outras cidades localizadas ao longo do rio. Tenho a certeza de que foi por meio da oração (nossa e de outras pessoas), e da compreensão da verdadeira natureza de Deus e de Sua criação, que essa provável crise foi evitada e que minha família, meus amigos e a comunidade foram salvos da devastação que a inundação teria causado.
Alguns meses depois, compartilhei esse testemunho em uma reunião de testemunhos de quarta-feira à noite, na filial da Igreja de Cristo, Cientista, da qual sou membro. Outro membro dessa igreja veio até mim logo depois do culto e mencionou que ele estava acompanhando com atenção essas inundações, pois elas poderiam afetar seu estado natal, Wisconsin. Ele havia visto as previsões e as predições de como a inundação poderia atingir a área ao redor do rio. Contudo, quando ele viu que o nível da água tinha sido substancialmente menor do que o previsto, supôs que deveria haver Cientistas Cristãos envolvidos, orando para resolver o problema. Meu testemunho foi a confirmação da suposição desse membro da igreja.
Nossa gratidão pela proteção de nossa casa e da nossa comunidade foi imensa! A Ciência Cristã abençoou minha vida de inúmeras maneiras, e é um privilégio compartilhar essa bênção, em especial, em suas publicações.