No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, sua autora, Mary Baker Eddy, escreve o seguinte: “João viu que a coincidência humana e divina, evidente no homem Jesus, era a natureza divina abraçando a natureza humana, na Vida e sua demonstração ― tornando perceptível e compreensível aos homens a Vida que é Deus. Na revelação divina, o ego material e corpóreo desaparece, e a ideia espiritual é compreendida” (p. 561). Com relação a Cristo Jesus, os relatos do Evangelho são breves, mas não insignificantes. Eles mostram o caráter e a obra do Messias. Transbordam de orientações e exemplos de como trazer para a experiência humana o poder da coincidência divina. Jesus, o Cristo, falava como Deus o inspirava, agia como Deus lhe ordenava. O reflexo da Mente divina constituía todo o seu existir, a ponto de ele poder dizer: “...o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (João 5:19). Aqui está uma afirmação de união, de coincidência com Deus, tão completa e tão vívida que toda a cristandade, reconhecendo-a de forma mais ou menos clara, a aceitou como o caminho salvador para toda a humanidade.
A lógica da Ciência Cristã fundamenta todo o seu ensino sobre o fato de que Deus é uno e é tudo, conforme está revelado nas Escrituras. Partindo dessa premissa, a Ciência Cristã avança para revelar que a onipresença de Deus, na qualidade de Mente divina, sustentando Sua criação espiritual, exclui, como a luz exclui a escuridão, qualquer possível realidade ou verdade no suposto senso material de que exista uma criação oposta. O que parece ser existência material é apenas a crença material alegando se concretizar como experiência mortal, e é simplesmente uma negação, como um erro numérico está para a matemática. Não pode haver nenhuma assimilação de um erro matemático na ciência dos números: o erro é rejeitado pelo fato real. Da mesma forma, Deus, o Princípio divino de toda a existência, torna impossível que seja real tudo aquilo que não está de acordo com Sua própria perfeição.
Portanto, na coincidência da realidade divina com o senso humano, não há nenhuma fusão do humano com o divino. Eles não se fundem um no outro. Eles não podem combinar como se ambos fossem reais. Eles parecem se misturar naquilo que é considerado o bem humano, mas isso é apenas aparência. A coincidência ocorre não como mistura do humano com o divino, mas como substituição do humano pelo divino.
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