Eu era aquele aluno que, às vezes, causava transtorno na Escola Dominical da Ciência Cristã, como aconteceu na vez em que levei um sapo dentro do bolso. Também, muitas vezes eu tinha dificuldade para prestar atenção, embora eu tentasse de fato ficar ouvindo. Então, passei por uma experiência terrível que me mostrou que tudo o que estava aprendendo na Escola Dominical tinha efeito na vida prática. Isso salvou a minha vida!
Durante umas férias com minha irmã, nas montanhas do Canadá, no início da adolescência, eu estava me divertindo, pulando de uma rocha para outra na beira de um mirante quando, de repente, as pedras embaixo de meus pés desmoronaram, e eu me vi caindo direto em direção ao rio que passava mais abaixo. Desesperado, eu arranhava a encosta do terreno, enquanto me precipitava abaixo, procurando alguma coisa firme para me agarrar. Mas só conseguia um punhado de areia. Parecia que não havia nada que interrompesse a minha queda.
Então, percebi que só Deus era maior do que essa horripilante situação. Por isso, eu soube que havia uma ajuda à mão, ou seja, a ajuda espiritual.
Instantaneamente, eu me lembrei de uma história que meu professor da Escola Dominical havia contado a respeito de um soldado que, durante a Segunda Guerra Mundial, caíra da popa de um navio. A situação parecia bem desesperadora, mas ao orar, esse soldado compreendeu que Deus estava em toda parte e que estava sendo protegido por Deus. Esse soldado foi resgatado e viveu para contar sua história.
Esse relato veio à minha mente em uma fração de segundo. Nesse momento, eu também senti a presença e a proteção de Deus e soube que Ele estava comigo a cada minuto, em todo lugar. É difícil descrever, mas em vez de me sentir desamparado e sozinho, senti que Deus estava tomando conta de mim, e eu não precisava ter medo.
De repente, apareceu uma longa raiz, do tamanho de um corrimão, que atravessava a encosta da montanha da direita para a esquerda. Agarrei-me a ela com as duas mãos e, em baixo de mim, os pés inesperadamente se apoiaram sobre a fina saliência de um rochedo. Consegui seguir a raiz e a borda do rochedo até chegar a um solo firme, em que havia pequenas árvores. Abaixo de mim, aquela pedra na qual eu estava pulando, no mirante, precipitou-se montanha abaixo (cerca de doze metros) e despedaçou-se.
Consegui fazer o caminho de volta até o estacionamento, sentindo como se tivesse testemunhado um milagre. Mas eu sabia, pelo que aprendera na Escola Dominical, que não tinha sido um milagre; fora a prova da presença e do poder salvador de Deus.
Não pude deixar de acreditar em Deus, depois disso. Eu já vivenciei o cuidado de Deus em muitas outras situações, desde essa ocasião, inclusive fui protegido de um grave acidente de motocicleta.
Sou muito grato pela compreensão que adquiri na Escola Dominical, de que Deus realmente é o “…socorro bem presente nas tribulações” (Salmos 46:1).
