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Original para a Internet

Fatos espirituais: cura espiritual

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 1º de março de 2021


É importante saber claramente a verdade dos fatos, em qualquer situação. Para uma criança que tem medo do escuro, na hora de dormir, conhecer os fatos reais pode significar a diferença entre dormir em paz ou com medo. Para um juiz que deve deliberar sobre um crime, isso pode fazer a diferença entre absolver ou condenar um inocente.

Quando descobrimos a verdade a respeito de alguma coisa, não são os fatos que mudam. O que muda é a nossa percepção dos fatos, e isso naturalmente produz em nós um efeito. Os temores são postos de lado; são tomadas decisões sábias e inteligentes; erros são corrigidos. E ainda que as aparências muitas vezes contradigam a realidade, uma vez apurados os fatos, nós julgamos as situações de acordo com o que é real, e não segundo o que parece.

Quando a criança descobre que as criaturas horríveis que ela temia à noite, na hora de dormir, eram apenas sombras, não realidades, esse conhecimento a salva do medo daquilo que parece ser. Ela sabe que não está em perigo e que nunca esteve. Que alívio!

Alívio ainda maior é descobrir os fatos espirituais, ou seja, a verdade sobre o existir, na Ciência divina! Para alguém que luta contra a doença, nada se compara com a alegria libertadora e sanadora de saber, de realmente saber, a verdade, de conseguir enxergar a irrealidade da alegação de que a matéria tenha poder, e constatar o fato de que Deus é o único poder e a única presença, e que o homem não é um mortal defeituoso, mas é a perfeita semelhança espiritual do Amor divino.

O que vemos ou vivenciamos por meio dos sentidos físicos pode parecer verdadeiro, às vezes até de forma irrefutável, especialmente em caso de doença. Mas, por meio dos ensinamentos da Ciência Cristã, aprendemos que todas as evidências materiais são, em realidade, um engano, nunca uma realidade autêntica. A evidência material atesta algo impossível — a crença de que o Espírito onipresente possa estar ausente. Portanto, como devemos lidar com isso? Exatamente como faríamos com qualquer outra mentira, ou seja, por meio da compreensão dos fatos.

Fiel à profecia, Cristo Jesus cumpria o que está escrito em Isaías: “…não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos” (11:3). O Mestre julgava partindo do ponto de vista do senso espiritual. Portanto, é necessário que nós façamos o mesmo porque, quando compreendemos que o homem é a ideia espiritual de Deus, e nos mantemos firmes nessa convicção, tal compreensão elimina a crença que traz as doenças, isto é, a crença de que a vida seja apenas um produto da carne, variável e vulnerável. À medida que o pensamento é transformado pelo Cristo, a Verdade, nós vemos as coisas como elas realmente são, e o resultado natural dessa regeneração e mudança de perspectiva é a cura.

Quando parece que a doença se instalou em nossa vida ou na vida de outra pessoa, recorramos à Verdade divina para discernir o que realmente está acontecendo! Tendo em mente que as aparências materiais são fraudulentas, podemos desafiar as evidências físicas e volver-nos em oração a Deus, a Mente divina, a fim de captar os fatos metafísicos. E por meio do Cristo, a Verdade, temos a garantia de que o homem de Deus nunca foi violado pela doença, nem por um instante. A vida do homem está intacta e em segurança no Espírito, como nos garante a Bíblia: “Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar e nada lhe tirar …” (Eclesiastes 3:14). O fato é que tudo está sempre bem no homem, a imagem e semelhança de Deus. Sempre esteve. Sempre estará.

Essa boa-nova do Cristo, que transcende tempos e épocas, vem a cada um de nós agora mesmo, falando-nos de forma compassiva a respeito da inocência e da espiritualidade inatas do homem, preservadas graças à sua sagrada união com Deus. Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Uma ideia espiritual não contém nem um só elemento do erro, e essa verdade remove devidamente tudo o que é nocivo” (p. 463).

Pense nisso! Exatamente neste momento o fato é que você e eu, em nossa verdadeira natureza, como amadas ideias espirituais de Deus, não temos “nem um só elemento do erro”, sob nenhuma forma, em nenhum grau. Nem uma doença leve, nem uma assim chamada doença grave, nem crônica, nem aguda. Não temos nenhuma dor ou mazela, nenhum medo, nem traços negativos de caráter ou pecados ocultos que possam levar à doença.

Apesar das aparências e da crença universal em contrário, o homem de Deus não é um organismo material que possa tornar-se um terreno fértil — ou um campo de batalha — para doenças. Ele é a semelhança perfeita e incorpórea do Amor divino. Como pode ele, então, ter qualquer infecção, inflamação, congestão, ou deterioração? Essa é uma impossibilidade porque a verdadeira individualidade manifesta a atuação ordenada e harmoniosa do Princípio divino, Deus.

Na Ciência divina, o homem possui, por reflexo, o bem infinito, e esse bem inclui a saúde. “O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos” (João 3:35), disse o Mestre.

No cenário humano, o bem e o mal, a saúde e a doença, parecem conviver. Mas à medida que nós nos identificamos conscientemente com a ideia-Cristo, que a acolhemos em nosso coração e a demonstramos em nossa vida, damos, com a cura, testemunho do fato de que a compreensão da identidade espiritual e incontaminada do homem atende à necessidade humana, removendo “devidamente tudo o que é nocivo”.

Ora, o que exatamente é nocivo e precisa ser removido? Seria alguma forma de matéria? Um tumor? Uma infecção? Um desequilíbrio químico? Um estado doentio — ou uma crença em uma condição doentia?

Voltemos por um momento à analogia da criança no escuro. Nesse caso, o que é que precisa ser removido? Monstros? Fantasmas? Bestas ferozes? É óbvio que não. O problema não são essas coisas, mas sim a crença que a criança tem nessas coisas. A criança cometeu um erro de julgamento, com base nas aparências. Todavia, assim que ela descobre os fatos, tanto a crença como os seus efeitos são eliminados.

Semelhantemente, no caso da doença (aliás, no caso de qualquer desarmonia) o que precisa ser removido não é uma condição ou circunstância material. A doença não é uma substância sólida; é apenas uma sombra em algum canto escuro da consciência humana. É uma imagem conturbada no suposto pensamento mortal, especificamente, é a concepção equivocada e nociva de que uma ideia de Deus possa ter um elemento de erro sob qualquer forma. Por isso, a doença é uma crença que precisa ser eliminada, e não uma condição real.

E como eliminamos essa crença? Tornando-nos completamente conscientes da presença do Cristo, a Verdade. Ciência e Saúde explica: “Tumores, úlceras, protuberâncias, inflamação, dor, juntas deformadas são apenas sombras de sonho dos que sonham acordados, imagens sombrias do pensamento mortal, que fogem diante da luz da Verdade” (p. 418).

A existência já é livre de erros; a doença já é uma não entidade, destituída de poder e de lugar. Contudo, precisamos compreender esses fatos se quisermos encontrar a cura. É importante lembrar que não é nossa compreensão a respeito da verdade que a torna verdadeira, ela já é verdadeira. A compreensão não muda a realidade, assim como a descoberta, por parte da criança, de que não há monstros em seu quarto não faz os monstros irem embora. A compreensão espiritual apenas torna evidente para a consciência humana aquilo que já é verdade.

Se, no entanto, “sabemos” a verdade, mas continuamos a examinar o corpo para ver se algo está melhorando, esse é um indício de que ainda não estamos realmente convictos dos fatos e, portanto, não estamos vivendo de acordo com eles. Nós não estamos sabendo, estamos meramente declarando, que o homem é espiritual e perfeito, enquanto que, ao mesmo tempo, mantemos a crença no poder e na existência da doença. Em outras palavras, ainda continuamos a acreditar que exista um elemento de erro alojado no corpo. Como resultado, o nosso tratamento tenderá a parecer trabalhoso. É provável que fiquemos frustrados, perguntando-nos por que as nossas orações não “funcionam”.

A questão é que, uma vez que tenhamos a certeza a respeito dos fatos, não precisamos mais examinar ansiosamente o corpo em busca de confirmação. À medida que a declaração se torna convicção, as nossas orações ganham vida com alegria, gratidão e destemor. Então, o problema é completamente eliminado do conceito que temos de nós mesmos, e é também eliminado do corpo, que é o resultado desse conceito.

Alguns amigos meus provaram isso recentemente, quando o seu filho caiu da bicicleta e um pedregulho da pavimentação da rua ficou encravado em seu joelho. A perna foi limpa, mas os esforços dos pais para remover a pedra foram inúteis. Como Cientistas Cristãos, a família sempre recorria a Deus para a cura, e era natural que o fizessem também nesse caso. Eles começaram a orar pelo menino, e pediram a um Praticista da Ciência Cristã que orasse tanto pelo menino como por eles.

Durante a semana anterior a esse incidente, o praticista estivera refletindo atentamente sobre a declaração da Sra. Eddy, mencionada anteriormente, de que “uma ideia espiritual não contém nem um só elemento do erro, e essa verdade remove devidamente tudo o que é nocivo”. Claramente, estava aí uma oportunidade de comprovar essa declaração, pois o caso em questão declarava exatamente o contrário: que o homem é material, portanto frágil, vulnerável à invasão de um elemento potencialmente nocivo. Os pais e o praticista concordaram com o fato de que a oração na Ciência Cristã se baseia na verdade de que a verdadeira substância é o Espírito e é sempre pura. Essa premissa necessita que se exclua do pensamento a crença nociva específica de que alguém possa ser menos do que bom ou possuir algo a não ser o bem.

Passaram-se uns dois dias. O menino podia mover-se de forma normal e confortável, pelo que todos ficaram gratos. Mas a pedra ainda estava lá. Não se prender a essa aparência material não foi fácil. No entanto, os meus amigos sabiam que era essencial agarrar-se aos fatos espirituais e não recuar do que sabiam, em seu coração, ser a verdade.

Eles compreenderam que a necessidade fundamental era a de discernir a identidade imaculada do Cristo na criança, mais claramente do que nunca. Por isso, eles continuaram fielmente a orar e a dar graças a Deus porque a pureza já era um fato estabelecido. À medida que faziam isso, o receio de infecção e a preocupação com o resultado final da situação desapareceram completamente. Havia um senso de felicidade e expectativa na família. Cerca de uma semana mais tarde, para o deleite exuberante da criança, a pedra simplesmente saiu sem causar dor, enquanto ele tomava banho. O joelho logo ficou curado de forma apropriada e completa.

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