Como mãe de três filhos cheios de vigor, tive muitas oportunidades de me voltar ao Amor divino em oração. O que eu estava aprendendo a respeito de Deus e do homem por meio do estudo da Ciência Cristã era tanto preventivo quanto sanador, para manter o bem-estar dos meninos.
Uma vez, no começo do ano letivo, quando dois dos nossos filhos estavam no ensino fundamental, prometi a mim mesma que oraria especificamente por eles todas as manhãs, assim que saíssem para pegar o ônibus. Sentada na poltrona xadrez junto à janela panorâmica, eu os observava até desaparecerem em direção ao ponto de ônibus, e conversava com Deus.
Minhas orações eram mais ou menos assim: obrigada, Espírito divino, por preencher todo o espaço. Teu harmonioso reino está em toda parte e está sempre presente, e esses meninos em Ti “vivem, se movem e existem” (Atos 17:28). Nessa criação perfeita, Tu és o Criador de tudo e tudo o que crias é bom. Não existe nada que possa ser prejudicial, portanto, Teus filhos nunca poderão ser expostos a nada além do bem. Reconheço que Tu és tudo, meu Deus, e o Teu bem está em todo este bairro, na escola, na comunidade e no mundo. Reconheço a Ti como a fonte de toda a saúde e Te agradeço por expressares saúde e bem-estar em toda a Tua criação, que inclui esses meninos. Sei que eles estão protegidos e em segurança, envoltos pelo Amor todo-poderoso.
Em muitas dessas manhãs eu também cantava um hino de conforto e proteção do Hinário da Ciência Cristã.
À medida que as estações iam mudando, e da minha janela eu via as árvores do bosque ficando douradas, passando para uma paisagem cintilante repleta de neve, que se tornava verdejante com a renovação da primavera, não havia uma manhã sequer sem que eu passasse meus primeiros minutos do dia naquela cadeira, ouvindo o “ ‘cicio tranquilo e suave’, a voz da Verdade a se manifestar” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 323) e a trazer a mensagem para aquele dia.
Aos poucos passei a compreender que não oramos para proteger-nos de algo “externo”, ou para proteger aqueles a quem amamos, mas que suavemente corrigimos em nosso próprio pensamento a crença de que possa existir algo além da criação espiritual de Deus, que a tudo e a todos inclui. Eu estava aprendendo a compreender uma realidade mais profunda do que a que os sentidos materiais apresentavam e a pôr em prática um senso mais espiritual daquilo que é verdadeiro, a partir da pura perspectiva da Mente divina.
Os resultados? Os dois meninos receberam o prêmio escolar por um ano de perfeita assiduidade. Lembro-me de quando fui voluntária para a festa do Dia dos Namorados, da turma do segundo ano, e a professora me disse: “Você não vai querer respirar esse ar, a sala está contaminada”. Então, ela se virou para mim e disse: “Mas o Keith nunca fica doente, não é?” Que doce reconhecimento do poder protetor da oração!
Mudei-me há muito tempo daquela casa junto a um bosque em New Hampshire, para as pradarias do centro-oeste dos Estados Unidos. Agora, que meus filhos já estão crescidos, passei a me dedicar novamente a começar cada dia reconhecendo que Deus é Tudo e Seu reino pleno do bem preenche perfeitamente todo o espaço, abraçando cada um de nós, nossos entes queridos, nossas comunidades e nosso mundo. Nesse reino não há nada que possa nos prejudicar, nos atormentar ou ser ampliado em imagens que possam induzir ao medo. Lemos em Jeremias: “...porventura, não encho eu os céus e a terra? ...” (23:24).
Onde quer que estejamos, em qualquer parte do mundo, podemos nos unir nesse reconhecimento e louvor diários a Deus e Seu bem, que abrange a tudo e a todos.
