“Mãe, adivinha o que nós acabamos de ver!”, gritou Sharon, enquanto ajudava o papai a tirar as compras do carro. Era quase hora do jantar, e mamãe já tinha começado a preparar a comida para a família, lá na cozinha.
“Venha me ajudar a guardar estas coisas e me conte tudo”, disse mamãe. Juntas, elas guardaram as latas, as comidas congeladas e as frescas, até que tudo o que veio nas compras estava arrumadinho nas prateleiras, atrás das portas ou nas gavetas.
“Quero que você veja a boneca nova, na loja de brinquedos ao lado do mercado”, explicou Sharon, enquanto ajudava a mamãe a ralar as cenouras. “É tão linda! Eu ficaria tão feliz se tivesse aquela boneca!”
O Natal seria dali a poucos dias, e a ideia de abrir os presentes era bem empolgante. Sharon mal podia esperar para ver as surpresas que estariam embaixo da árvore de Natal, esperando por ela. E agora queria aquela boneca.
Mais tarde, naquela mesma noite, mamãe aconchegou Sharon na cama e leu para ela algo da Bíblia: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tiago 1:17). Mamãe explicou que o “Pai das luzes” é nosso Pai celestial, Deus, e que Ele nos dá todos os bons presentes que recebemos. “Esses presentes, na verdade, são pensamentos e sentimentos bons”, ela disse.
Sharon não tinha certeza de poder acreditar que os pensamentos de Deus seriam melhores e a deixariam mais feliz do que aquela boneca que tinha visto. Mamãe e Sharon conversaram um pouco a respeito disso. Decidiram esperar até depois do Natal para falarem mais sobre o que sempre a havia alegrado, durante a época de Natal.
Passaram os dias seguintes fazendo biscoitos e doces para os vizinhos e amigos. Sharon fez presentes para cada um dos seus amigos mais chegados, e ajudou a mamãe a limpar e decorar a casa. Ela também preparou um presente especial para a mamãe e o papai. Uma noite, os vizinhos vieram e todos cantaram hinos de Natal, com o papai acompanhando ao violão. Na véspera de Natal, Sharon embrulhou os presentes que tinha feito e os colocou embaixo da árvore.
Então, finalmente, chegou a manhã de Natal. A boneca que Sharon tinha visto na loja de brinquedos estava embaixo da árvore, embrulhada com um lindo papel de presente e muitos laços. Ela ficou animadíssima e brincou pelo resto do dia com a boneca nova.
Cerca de uma semana depois do Natal, mamãe viu que a boneca estava sentada, lá no alto da prateleira de brinquedos. Sharon estava por aí, brincando com os amigos. Mais tarde, Sharon e a mamãe conversaram sobre o que tinham feito naquele dia.
“Sharon, você se lembra do que disse sobre a boneca, quando a viu na loja de brinquedos?”, mamãe perguntou. “A boneca deixou você tão feliz quanto esperava?”
Sharon não respondeu por um bom tempo. Enquanto pensava na pergunta, percebeu que a boneca a deixou feliz por um momento mas, depois de uma semana, mais ou menos, já era como os seus outros brinquedos. Ela gostou da boneca, é claro, mas o que a deixou mais feliz, durante a época de Natal, foi o sentimento que mamãe chamou “amor do Cristo”; foi a alegria e a satisfação que havia sentido, quando a família toda preparou os presentes uns para os outros. E a sensação agradável de estar com os amigos e parentes, decorando a árvore na véspera de Natal. Ela se lembrou de como se sentiu, quando todos abriram — e apreciaram — os presentes que ela fizera para eles.
“Acho que sei o que você quer dizer com alegria duradoura”, disse Sharon. “A melhor coisa do dia de Natal foi como eu me senti, quando você me agradeceu pelos presentes que eu havia feito para você. Fiquei tão feliz!”
Mamãe teve a certeza de que Sharon havia aprendido uma ótima lição sobre a alegria do Natal.
