O pensamento popular nos diz para seguir nossa paixão. No entanto, é fácil estar apaixonadamente errado! Podemos nos apaixonar perdidamente por alguém que se revela um completo descalabro, posicionar-nos em um lado de uma questão política que tem mil nuances, ou estar tão convencidos de que nossa religião é a certa, que cometemos todo tipo de erro para forçar os outros a aceitá-la.
Uma história que aparece na Bíblia (ver Atos 9:1–20) exemplifica esse último caso. Saulo, um judeu zeloso, perseguia apaixonadamente seus companheiros judeus que estavam seguindo os ensinamentos de Jesus. No entanto, o coração de Saulo provavelmente estava preparado para viver uma vida de cura, e não de ódio, tal como a vida adotada pelos primeiros cristãos que ele perseguia, porque foi exatamente isso o que aconteceu. Assustado por uma visão espiritual, que lhe abriu os olhos para ver que suas ações autojustificadas estavam erradas, Paulo perdeu a vista, até que um cristão chamado Ananias lhe abriu os olhos, não apenas fisicamente, mas também espiritualmente — para enxergar o poder do Cristo — e Paulo literalmente passou a ver de novo.
Mas, mesmo quando sua cegueira espiritual mais profunda foi abandonada, o zelo de Saulo não diminuiu. Em vez disso, esse zelo ficou ainda mais exacerbado quando ele abandonou o desejo estridente de fazer com que os outros mudassem, para zelosamente permitir-se ser transformado pelo Cristo, a ideia espiritual de Deus que ele então havia passado a abraçar. O espírito do Cristo, por sua vez, capacitou-o a espalhar por toda parte, com muita ousadia, porém com muito amor, as boas-novas da redenção da humanidade por meio do Cristo.
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