Certa vez, milhares de crianças, homens e mulheres foram atrás de Jesus no deserto, que ficava numa região afastada, na esperança de vê-lo, mesmo que brevemente. Havia também a expectativa de que ele curaria os inúmeros doentes que faziam parte da multidão. Todos caminharam o dia todo, e acabaram encontrando o Mestre absorto em oração. Jesus buscara ficar a sós para orar porque estava triste com a perda de seu primo, João Batista, que havia sido morto por inimigos (ver Mateus 14).
Mas, ao ver a multidão exausta, Jesus se compadeceu tanto do sofrimento deles, que curou todos os que estavam doentes. Mais ainda, ao cair da noite, estando a multidão faminta, Jesus tomou a única comida que os discípulos haviam conseguido encontrar por perto — alguns pães e uns poucos peixes — e serviu uma refeição para todos!
Assim era Jesus. Seu amor era tão poderoso e de tal modo vinculado ao amor de Deus, que naturalmente curava as pessoas e atendia às necessidades delas. Jesus amava especialmente as crianças. Disse ele, referindo-se aos pequeninos: “…dos tais é o reino dos céus” (Mateus 19:14). Jesus amava até mesmo seus piores inimigos, e ensinava os seguidores a fazerem o mesmo. “Fazei o bem aos que vos odeiam”, dizia ele (Lucas 6:27).
Depois disso veio a Páscoa. Os inimigos que haviam matado João Batista estavam querendo pegar Jesus também. Pouco tempo depois, eles o prenderam e crucificaram. Até mesmo na cruz, porém, Jesus continuou amando seus inimigos. Disse ele: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).
Após a crucificação, todos pensavam que Jesus se fora para sempre — sepultado em um túmulo aberto na rocha, com uma grande pedra fechando a entrada. Mas, três dias depois, duas de suas seguidoras mais próximas viram um anjo empurrar a pedra para o lado e anunciar que Jesus havia ressuscitado! (Ver Mateus 28.)
Jesus ressuscitado apareceu diversas vezes aos discípulos. Isso provou que o bem realmente prevalece sobre o mal, a vida sobre a morte, e o amor sobre o ódio. Como diz Mary Baker Eddy, o afeto e o bem demonstrados de maneira prática por Cristo Jesus — seu amor espiritual — constituiu o verdadeiro poder que sustentou sua ressurreição (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 24).
A melhor forma de você e eu comemorarmos a Páscoa é sentir esse mesmo tipo de amor. Sem dúvida, é bom amarmos nossos amigos, parentes e vizinhos. Mas, é especialmente bom amar aquelas pessoas a quem não é fácil amar, como os que nos tratam mal e os que são maldosos conosco. Amar a eles também é o tipo de amor que cura!