Eu notei que me vinham pensamentos sobre a igreja, tais como: “Você quer mesmo ir? Já se deu conta de que tem de dirigir até muito longe, o quanto custa, e o tempo que você leva?” Esses pensamentos precisavam ser examinados e corrigidos.
Algumas ideias de um artigo recente dO Arauto da Ciência Cristã me inspiraram, enquanto eu pensava sobre esse assunto. A autora escreve: “Mais do que apenas um canal para o louvor congregacional, a igreja é vital para nosso crescimento espiritual individual” (Abigail Mathieson Warrick, “A Igreja e o alcance de sua atividade sanadora”, junho de 2023). Podemos compreender melhor essas palavras, se partirmos da definição de Igreja dada por Mary Baker Eddy:
“A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede.
“A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade e eleva o gênero humano, despertando a compreensão que está adormecida nas crenças materiais, levando-a ao reconhecimento das ideias espirituais e à demonstração da Ciência divina, expulsando dessa forma os demônios, ou seja, o erro, e curando os doentes” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 583).
Será que eu quero desperdiçar um recurso tão valioso quanto a igreja? Certamente não. E não será o crescimento espiritual um bom motivo para assistir a um culto da igreja? Sim, é.
O artigo do Arauto também me ajudou a perceber que frequentar a igreja é a oportunidade de obedecer aos dois principais mandamentos que Cristo Jesus ensinou — amar a Deus, e amar ao próximo como a si mesmo — o que inclui compartilharmos com as outras pessoas aquilo que estamos aprendendo. A igreja é um presente de Deus, que apoia nosso progresso individual e o da comunidade. Eu sou muito grato por isso.
Essas ideias do artigo me mostraram outra maneira de pensar sobre o tema da frequência à igreja. A necessidade de tomar parte nos cultos se tornou mais evidente, e pude perceber que as razões para me manter afastado deles não tinham base real.
Mas eu via muitos lugares vazios na igreja. “Dada a importância da igreja, esses lugares não deveriam estar ocupados?” perguntei a mim mesmo. “Será que não há pessoas buscando a Deus?” Não precisei pensar sobre isso por muito tempo. Existem no mundo pessoas que estão buscando — buscando a Verdade, buscando o Amor. Verdade e Amor são sinônimos para Deus. E imaginei que cada uma dessas pessoas de minha cidade tinha seu lugar em um daqueles assentos.
Então me ocorreu que há uma lei divina de atração que traz as pessoas para a igreja. Poderia essa atração ser algo a não ser o Amor? Se a igreja é de Deus — o Princípio divino — então o Todo-poderoso Deus, para quem tudo é possível, não guiaria Seus filhos a esse lugar, onde o gênero humano é elevado e a compreensão adormecida é despertada? A Sra. Eddy escreve: “Há uma só atração real, a do Espírito. O apontar da agulha magnética para o polo simboliza esse poder que abrange tudo, ou seja, a atração de Deus, a Mente divina” (Ciência e Saúde, p. 102).
Pensando assim, trabalhei mentalmente para me conscientizar mais da verdade de que existe apenas uma Mente. Não existem mentes que estão presentes na igreja e mentes que assistem ao culto pela internet; nem as mentes de uma igreja e as mentes de outra igreja; nem aquelas que estão acomodadas e aquelas que são ativas. Compreendi que todos somos um em Deus, que todos nós somos governados por uma única Mente, e só por ela. Não existe outra.
Perguntei-me se havia mais alguma coisa que precisava ser feita para mudar a situação dos assentos vazios. Então compreendi que é importante reconhecer e afirmar o que já é verdade — a saber, a presença do bem infinito — mesmo em situações que mostram um cenário diferente.
Sei que eu não sou o único a fazer esse trabalho de oração que eleva a consciência humana, reconhecendo a presença e atividade da Verdade e do Amor, em vez de se deixar impressionar pelos problemas. Sou muito grato pela colaboração que existe no âmago dessa igreja, que me dá coragem.
Depois de orar com essas ideias, vimos nas semanas seguintes novos visitantes e pessoas que não apareciam há muito tempo, comparecendo aos cultos. Não foram muitos, de imediato, mas ainda assim o aumento foi perceptível.
Ciência e Saúde nos pergunta: “Somos realmente gratos pelo bem já recebido?” (p. 3). Eu gostaria de responder expressando minha gratidão por essas belas inspirações, pelos proveitosos artigos dos periódicos da Ciência Cristã e por todo o bem já recebido na igreja.