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Original para a Internet

A expectativa que nos faz progredir

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 8 de janeiro de 2026


Recentemente, ao ler a respeito de um esportista, soube que ele precisara se empenhar bastante, durante vários anos, para superar a crença de que não conseguiria atingir determinado objetivo. Contudo, após romper a barreira de crer que se tratava de algo inatingível, ele conseguiu alcançar seu objetivo.

Em muitos aspectos de nossa vida, é preciso empenho persistente para remover as barreiras mentais que nos impedem de alcançar um objetivo correto, e a expectativa de conseguir alcançá-lo influencia grandemente nosso progresso. Esse mesmo empenho também é necessário para demonstrarmos, por meio da oração, a lei divina do bem.

Os discípulos de Jesus nem sempre tinham êxito na primeira tentativa. Por exemplo, certo homem procurou Jesus em busca de ajuda, porque os discípulos não tinham conseguido curar seu filho. E esses discípulos haviam recebido o ensinamento do Mestre! Quando perguntaram por que não haviam conseguido curar o menino, Jesus respondeu: “…Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível” (Mateus 17:20). 

Por isso, não devemos desanimar se for preciso persistência para eliminar de nosso pensamento a possibilidade de fracasso; em vez disso, temos de confiar na inevitável demonstração da lei divina do bem.

Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência do Cristianismo — as divinas leis de Deus plenamente demonstradas por Jesus — escreve: “Quando o objetivo é desejável, a expectativa acelera nosso progresso” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 426). Essa afirmação não tem nada a ver com a tentativa da mente humana de querer com força que algo bom aconteça. Ao contrário, ela se refere a uma expectativa baseada na harmonia infinita da criação de Deus, do Espírito, e nas leis espirituais que governam a vida como um todo.

Um dos sinônimos usados com frequência na Ciência Cristã, e que propicia uma compreensão mais clara a respeito de Deus, é Princípio. O termo princípio significa uma verdade ou lei fundamental que rege, de modo específico, o funcionamento de algo. Não precisamos fazer nada para que uma lei fundamental faça efeito, porque ela é eternamente verdadeira e está sempre em vigor, independentemente de termos ou não conhecimento disso. E a lei do Princípio divino, Deus, é uma lei de Amor, que cria e causa somente o que é harmonioso e bom.

Quando nossa expectativa provém da compreensão da lei divina do Amor, nós progredimos. A compreensão traz a convicção daquilo que é verdadeiro e, consequentemente, a disposição de nos recusarmos a aceitar qualquer forma de limitação ou desarmonia, pois nem a limitação nem a desarmonia fazem parte de Deus ou de Sua lei. Essa maneira de pensar, por sua vez, torna nosso pensamento receptivo ao Amor divino e, com isso, vivenciamos mais facilmente o desdobramento perpétuo do bem que provém de Deus.

Os ensinamentos e o ministério de cura de Jesus demonstravam a ação da lei do Amor, mesmo quando ele enfrentava situações cujas características eram totalmente opostas ao Amor. Os relatos das curas de Jesus dão provas claras da lei do Amor em operação. Por exemplo, quando um homem chamado Jairo pediu que Jesus curasse sua filha, o Mestre não somente curou a menina (que, segundo lhe haviam informado, acabara de falecer) mas, a caminho da casa de Jairo, curou também uma mulher que estivera doente por 12 anos (ver Marcos 5:22–42). Ninguém está excluído dessa lei universal.

Jesus, confiante, curava os que o procuravam, e afirmava ser governado pela vontade do Pai. Ele demonstrou que a vontade de Deus produz somente o bem — inclusive beleza, harmonia, saúde, paz e suprimento em abundância. E sua confiança inabalável no fato de que as leis de Deus são supremas, e estão sempre em vigor, o capacitava a curar instantaneamente.

A compreensão de Jesus e as provas que ele apresentou de que a vida provém de Deus e está em Deus, o Espírito, era o fundamento de sua expectativa de que poderia realizar a demonstração suprema de desafiar a morte, como aconteceu em sua ressurreição e ascensão. Jesus disse: “…Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Seu ministério de cura e sua demonstração final provaram, para todos nós e para todos os tempos, que a vida é inteiramente espiritual, não governada pela materialidade.

Às vezes, a mente humana não aceita rapidamente o bem, por ter mais a expectativa do mal do que do bem. Como superar essa tendência? O Cristo, a Verdade, a divina consciência que Jesus corporificou, nos capacita, hoje, a perceber em nossa vida que Deus, o bem, é todo-poderoso. Quando o pensamento é iluminado pela Verdade, ele somente espera encontrar a harmonia, porque isso é o que é verdadeiro na criação e no governo de Deus.

Em minha própria experiência, senti essa luz do Cristo transformar minha expectativa, depois de passar por períodos de dores debilitantes nas costas, ao longo de vários anos. A dor era tão intensa que eu precisava ficar em pé e me mover de um lado para o outro para obter alívio. Quase sempre, a dor passava em três ou quatro dias, e então eu conseguia voltar a me deitar normalmente à noite.

Na última vez em que senti essa dor, usei uma abordagem bastante diferente em minha oração. A dor começou durante o dia mas, dessa vez, eu tinha muito mais a expectativa de que a lei divina do bem estava em ação, e de que eu não era obrigada a sofrer. Quando fui para a cama, naquela noite, comecei a dormir sentada, com a expectativa de que descansaria tranquilamente, mesmo nessa posição. Quando acordei, algumas horas depois, veio-me o pensamento de que deveria me deitar normalmente, e ter a expectativa de ficar livre daquela dor. Simplesmente aceitei essa orientação, deitei-me e dormi bem pelo resto da noite. A dor nas costas havia desaparecido e, nos anos que se seguiram, não tive nenhuma recorrência do problema.

Atualmente reconheço que, no passado, eu aceitava a ideia sutil de que iria sofrer por alguns dias. Eu não tinha a expectativa da cura. Nessa última ocasião, porém, eu estava muito mais receptiva para aceitar o poder sanador natural da lei divina do Amor, e ter somente a expectativa do bem.

Nossa expectativa quanto ao resultado de alguma situação é influenciada por aquilo que fundamenta nosso pensamento. Ao enfrentar qualquer forma de desarmonia, precisamos nos perguntar: “Tenho a expectativa da harmonia ou do sofrimento? Essa expectativa se baseia nas leis espirituais de Deus ou no que se acredita serem as leis físicas?”

Com perseverança e com o desejo sincero de reconhecer o que é verdadeiro a respeito da criação e do governo de Deus, demonstramos mais frequentemente aquilo que é verdadeiro a respeito de Deus, a Vida. Nossa expectativa do bem — fundamentada na compreensão de que a existência é espiritual, e de que o Amor é a lei todo-poderosa de Deus, que só causa a harmonia — fortalece nosso progresso.

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