Era uma vez, há muitos, muitos anos, um imenso castelo que ficava em cima de uma montanha. Suas torres eram tão altas que quase não se conseguia vê-las por inteiro, porque as nuvens tentavam cobri-las. Em volta do castelo havia uma muralha de pedras muito grossas, um fosso, onde certamente havia crocodilos, e uma ponte elevadiça que nunca alguém tinha visto baixar. Não muito longe dali, havia uma aldeia com casinhas de madeira e teto de palha.
Todo mundo sabia que o dono do castelo era malvado, apesar de nunca alguém ter se encontrado com ele face a face. Diziam que ele era um temido pirata que tinha dominado o lugar, expulsando o verdadeiro Conde de Bocanegra, embora, na verdade, ninguém havia visto nem o verdadeiro Conde nem o impostor. Dizia-se que ele pretendia cobrar impostos tão altos que a ninguém na aldeia sobraria o suficiente para comer. Mas o certo é que ele nunca tinha saído do castelo para vir cobrá-los. As pessoas contavam que entre seus planos estranhos, ele pensava em trazer seus amigos piratas e lhes presentear com as terras nos arredores do castelo, porém, até aquele momento ninguém nunca tinha visto nenhum pirata na região. Dizia-se também que ele era malvado e mantinha uma filha presa na torre do castelo, sem comida e sem água.
Em uma das casas do povoado vivia um menino chamado Daniel. Ele era valente e bonzinho, o que é ótimo, já que existem garotos valentões que sempre se atrevem a fazer coisas más. Há, porém, outros meninos que são bondosos, mas que nunca se propõem a fazer uma boa ação a ninguém. Daniel acabara de fazer seis anos. Um dente de leite já havia caído e seu primeiro dente novo já começava a nascer; sinais indiscutíveis de que já era grande.
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!