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Uma semente havia sido plantada

Da edição de janeiro de 2013 dO Arauto da Ciência Cristã

Original em espanhol


Os anos que passei no ensino médio, dos 12 até aos 19 anos de idade, constituíram-se em um período terrível. Minha atitude era completamente descabida, ia desde colocar fogo nos banheiros da escola até debochar constantemente dos professores. Minha vida estava completamente fora de controle.

O álcool e o fumo eram meus companheiros constantes. Meus pais tentaram encontrar uma solução para o meu comportamento e me transferiram de uma escola pública para uma particular. Mas comecei a ingerir álcool em excesso e a ficar bêbado todos os fins de semana. Naquele ano, não passei nos exames, portanto, tive de repetir o ano e fui enviado de volta para a escola pública.

Voltei a conviver com meus antigos amigos e passei a me envolver também com drogas. Consumia drogas com meus amigos diariamente, com o mesmo excesso que ingeríamos álcool.

Minha vida ia de mal a pior, muito embora eu não o percebesse. Tinha problemas com meus amigos e comigo mesmo. Comecei a tratar mal minha família e quase nunca falava com meus pais. Várias vezes minha mãe me disse: “Essa não é sua identidade verdadeira. Onde está o Mauro que eu conheço”? Havia conseguido esconder de meus pais o problema que eu tinha com as drogas. Quando o assunto surgia, eu falava como se não tivesse nada a ver com isso.

Entretanto, as drogas começaram a confundir meu pensamento. Cheguei ao ponto de reconhecer o terrível efeito que a droga exercia sobre mim e desejei me livrar dela. Lutava para me livrar do vício, mas acabava voltando a ele. Quando estava sob o efeito das drogas, ficava arrependido, o que me causava uma depressão insuportável.

Vários meses se passaram até que uma amiga soube do meu problema e me aconselhou a conversar com minha mãe, o que fiz. Falei muito francamente com ela e lhe contei coisas que ela jamais imaginara sobre mim. Não há nada pior do que ter de dar esse tipo de notícia à própria mãe, e isso estava acontecendo comigo!

Minha mãe decidiu que eu devia permanecer em casa e cessar todo tipo de comunicação com as pessoas com quem costumava andar. Ela também decidiu que eu deveria ver um psicólogo todas as semanas. Isso não era nem um pouco divertido, mas eu sabia, bem lá no fundo, que essa decisão era a melhor para mim.

Ficar em casa era tão entediante que comecei a ler um livro sobre metafísica. Li no livro que tudo o que pensamos se torna realidade e eu consegui compreender bem isso. Havia algo subjacente àquilo que estava acontecendo comigo e eu estava começando a descobri-lo, mas isso só não era suficiente. Algo estava faltando. Foi então que comecei a pensar sobre os ensinamentos que havia recebido na Escola Dominical da Ciência Cristã e nos livros empilhados em uma caixa.

Perguntei à minha mãe o que eu poderia ler sobre a Ciência Cristã e ela me disse para começar com o livro Reminiscências de pessoas que conheceram Mary Baker Eddy. Minha leitura suscitou tantas perguntas que eu não conseguia pensar em nenhuma outra coisa. Também comecei a ler o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, e pensava sobre a situação desafiadora que enfrentava em minha vida e a comparava com a realidade sobre a qual esses livros falavam, tão diferente da minha. Ansiava viver aquela realidade. Compreendi que o livro dessa escritora estava em minhas mãos porque ela havia vivenciado a cura.

Lia o tempo todo e fiquei surpreso em saber tudo pelo qual essa senhora passara e o que ela havia descoberto quando estava “na sombra do vale da morte” (Ciência e Saúde, p. 108). Continuei a ler mais livros sobre Ciência Cristã até que me senti seguro.

A Sra. Eddy explica que a oração nos ajuda a substituir a crença errônea de que exista vida na matéria, pela compreensão de que o homem é espiritual e expressa a Mente divina, Deus. Perguntei-me de onde vinha essa crença errônea. Eu estava convencido de que meu problema era mental, portanto, comecei a reconhecer a verdade sobre quem realmente somos como filhos de Deus. Sabia que, se me conscientizasse disso, poderia ser curado.

Embora não conseguisse entender muito bem tudo o que lia, pouco a pouco fui melhorando.

Em Ciência e Saúde, Eddy escreveu: “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes. Assim, Jesus ensinou que o reino de Deus está intacto e é universal e que o homem é puro e santo” (pp. 476-477).

Comecei a orar, a confiar em Deus e a me sentir seguro para sair sem ser tentado. Mas, no início, fui novamente tentado, voltei a usar drogas e fiquei arrependido. Quatro meses se passaram. Não contava nada para minha mãe e lutava sozinho, tentando aplicar em minha vida tudo o que estava lendo sobre Ciência Cristã. Embora não conseguisse entender muito bem tudo o que lia, pouco a pouco fui melhorando.

Quando comecei a ler aqueles livros maravilhosos, minha mãe sugeriu que eu ligasse para um amigo Cientista Cristão que havia sido meu professor na Escola Dominical e que tinha alguma experiência com o assunto do vício em drogas. Ele foi de grande ajuda porque me dava citações para ler de Ciência e Saúde e da Bíblia, as quais esclareciam meu pensamento nos momentos mais difíceis. Finalmente, o amor de Deus triunfou sobre o erro uma vez mais e a cura começou a acontecer.

Hoje estou com 20 anos e há mais de um ano não tenho ingerido drogas; também parei de beber álcool. Comecei a trabalhar em um cargo administrativo em um lugar que nunca pensei que fosse possível: um supermercado. Minha vida e minhas atitudes mudaram radicalmente, graças à Ciência Cristã. Compreendi que Deus é o único que nos mantém sempre seguros.

Uma amiga que é Praticista da Ciência Cristã me ajudava muito sempre que me sentia inseguro e duvidava que eu houvesse realmente vencido o vício. Certo dia finalmente consegui resistir à tentação de usar drogas novamente e saí vitorioso. Essa amiga me disse: “Sempre que olho para trás e vejo tudo o que tive de enfrentar em minha vida, compreendo que sempre estive protegida”. O mesmo aconteceu comigo; sempre estive protegido pelo meu Pai-Mãe Deus, porque sou Sua imagem e semelhança.

Sou muito grato a todas as pessoas que são amorosas e pacientes comigo, que fazem tudo o que podem para me ajudar no caminho da descoberta dessa grande verdade que é a Ciência Cristã.

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