Em outubro do ano passado, eu estava no topo de uma escada de seis degraus tentando tirar uma mala que estava na parte de cima do armário, quando perdi o equilíbrio e despenquei, caindo no chão com muita força, com a mala em cima de mim. A mala estava relativamente pesada, pois havia outra menor dentro dela. Senti uma dor muito forte no lado direito do corpo e não conseguia me mexer.
Na Ciência Cristã, aprendemos que a lei de Deus, o Espírito, é a única que rege o universo e que todos nós somos os filhos espirituais de Deus. Assim, naquele instante, ainda imóvel no chão, afirmei com veemência que eu sempre estivera governada e sustentada pela lei de Deus, pela lei da Vida, da Verdade e do Amor, e nunca por uma lei material que pudesse me machucar por me fazer cair.
Enquanto orava, dei-me conta de que momentos antes de subir a escada, eu havia me irritado extremamente com a pessoa para a qual eu emprestaria aquela mala. Percebi também que esse havia sido o motivo pelo qual eu subira os degraus da escada tão irritada e puxara a mala com tanta impetuosidade, que caí. Quando nutrimos raiva e irritação, deixamos de estar em sintonia com a lei do Amor divino, que rege tudo com paciência, misericórdia e compaixão. Como parte de minha oração, reconheci que estou apoiada apenas nessa lei, e que somente ela me sustenta. Essa lei espiritual é suprema. Assim, nenhuma suposta lei material, nem mesmo um estado mental irritado, têm o poder de me causar o mal.
Após orar por alguns minutos, a raiva e a irritação passaram e eu passei a expressar alegria. Encheu-me um enorme senso de gratidão por eu ter uma mala, por poder emprestá-la e ser capaz de ajudar uma pessoa. A dor cedeu e consegui me levantar.
Em oração, reconheci que estou apoiada apenas na lei do Amor divino, e que somente ela me sustenta.
Entretanto, pouco tempo depois, notei que o tornozelo direito estava inchado e começando a ficar roxo. Então pensei que talvez o tivesse torcido durante a queda. Novamente me volvi a Deus em oração e me lembrei deste trecho de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy: “Os acidentes são desconhecidos a Deus, a Mente imortal, e precisamos abandonar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo conceito apropriado acerca da direção infalível de Deus, e assim trazer à luz a harmonia” (p. 424). Na Ciência Cristã, aprendemos que todos somos o reflexo de Deus, feitos à Sua imagem e semelhança. Nós somos um com Deus, e conhecemos apenas o que Ele conhece. Se Deus não tem consciência de acidentes, como poderia eu ter? Se Deus é perfeito e é a única causa, como poderia haver algum efeito resultante do acaso, como um tornozelo torcido?
Continuei a acalentar esses pensamentos e procurei não olhar para o tornozelo para checar seu estado. Nos dois dias seguintes, quando minha empregada e minha pedicure perceberam a condição do pé e ficaram preocupadas, orei reconhecendo que somente meu ser real, perfeito e intacto, poderia ser visto por elas, por mim e por todos. Elas recomendaram que eu colocasse gelo e repousasse, mas eu me apoiei apenas na oração para encontrar a cura e procurei fazer minhas atividades diárias normalmente.
Em apenas alguns dias, meu tornozelo havia voltado ao normal. Entretanto, mais importante que a cura física foi dar-me conta da importância de não nos deixarmos levar pela irritação, mas de sempre manter o pensamento calmo e alinhado com Deus. De fato, eu percebi que, se Deus está sempre em um estado de harmonia, por reflexo eu nunca estivera ou viria a estar em um estado de irritação.
Na Bíblia há várias referências aos braços de Deus, conforme este versículo bíblico diz: “O Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos...” (Deuteronômio 33:27). Como é bom saber que estamos sempre protegidos e amparados nos braços ternos e poderosos de Deus!
Rio de Janeiro
 
    
