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Original para a Internet

Reconheça seu verdadeiro valor

Da edição de setembro de 2024 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 23 de maio de 2024.


“O que você faria se soubesse que não poderia falhar?” Essa pergunta está gravada em uma pequena placa de metal que recebi anos atrás.

Confiança, autocontrole e segurança são qualidades valiosas, principalmente quando enfrentamos desafios, quer no contínuo estresse decorrente das responsabilidades do dia a dia, quer em meio a situações difíceis que nos põem à prova.

Muitas vezes o verdadeiro teste começa em nós mesmos, quando enfrentamos a dúvida ou a falta de confiança em nossa capacidade de lidar com determinadas situações. No entanto, ao levarmos em conta a natureza sólida de nosso existir, que é estabelecido em Deus, constatamos que temos a capacidade inata para enfrentar com coragem situações desafiadoras.

Certa vez, convidaram-me para assumir uma função na qual teria de me relacionar com líderes dos poderes legislativo e executivo em nível municipal, estadual e federal. Era um projeto totalmente fora de minha experiência profissional e, certamente, fora de minha zona de conforto! Eu nunca havia feito nada semelhante, e duvidava que minhas aptidões estivessem à altura das demandas da função. 

Ponderei sobre as qualidades necessárias para atender a contento às exigências do projeto. Concluí que deveria começar com o grande Modelo, Cristo Jesus. Sem dúvida, sua vida foi incomparável. Contudo, ele teve alunos, e esperava que eles seguissem seu exemplo. Jesus ensinou a eles — e a nós — não apenas a natureza de Deus como o Espírito, mas a natureza do homem como reflexo espiritual de Deus. Aquele que nos mostrou o Caminho revelou a fonte de nosso próprio caráter.

Sem se impressionar com as aparentes deficiências da pessoalidade física daqueles que encontrava, Jesus conseguia perceber algo muito mais amplo e completo. Ele compreendia o valor de cada mulher, homem e criança como parte integrante do universo de Deus. Em seu dia a dia, ele estava apresentando a todos nós a natureza espiritual fundamental de cada um, uma identidade impressionante de dignidade incalculável.

Consideremos algumas das qualidades que Jesus expressava. Ele era acessível, animado, atencioso, perspicaz, ético, firme, generoso, amável, imparcial e alegre. Certa vez, fiz uma lista de qualidades que admiro e desejo expressar. Cheguei a mais de mil e duzentos atributos! Essa é apenas uma fração de nossa verdadeira identidade, que é ilimitada, a qual Jesus trouxe à luz, não apenas em seus ensinamentos, mas em sua vida. Concluí que essas qualidades são minhas pelo fato de eu ser filho de Deus, e estão disponíveis para serem expressas por mim 24 horas por dia nos sete dias da semana. Em realidade, elas são a verdadeira estrutura de nosso existir.

Aceitei o trabalho. Ao longo dos anos, antes de cada reunião com as autoridades, eu orava para expressar a estatura do Cristo, para compreender que minha identidade, à luz do bem universal de Deus, não tinha limites. Isso me deu a coragem e a força necessárias para ser bem-sucedido no desempenho de minhas funções.

Não se trata de ser super-herói, nem de tentar levar vantagem sobre os outros, mas de reconhecer que nossa identidade é a imagem e semelhança completa de Deus (ver Gênesis 1:26, 27). Essa é uma conexão valiosa a ser preservada. A maneira como vemos o que ocorre à nossa volta, e como reagimos às pessoas com quem nos relacionamos, depende muito de como vemos a nós mesmos e aos outros — e isso depende de nossa compreensão a respeito de Deus e de nossa relação com Ele. 

Por quê? Deus é nosso Criador, nosso Pai-Mãe. O caráter de Deus se expressa em nós. À medida que aprendemos mais sobre nossa individualidade espiritual única, começamos a compreender o poder que temos para superar situações desafiadoras. Esta afirmação do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, destaca-se nesse contexto: “Conhece-te a ti mesmo, e Deus te dará a sabedoria e a ocasião para teres a vitória sobre o mal” (Mary Baker Eddy, p. 571).

Acreditamos que não estamos preparados ou que somos vulneráveis? Não é assim que Deus nos conhece. Em momentos de estresse, talvez instintivamente nos consideremos frágeis ou incompetentes; no entanto, essa é uma percepção equivocada de nossa natureza perfeita como a expressão da sabedoria divina. Precisamos de um ponto de vista mais elevado, ou seja, espiritual. Só então começaremos a perceber quão capazes ​​realmente somos.

Como podemos ter essa convicção que nos eleva e que nos permite sentir e utilizar as características de nosso verdadeiro eu infinito? A Sra. Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, revela um ponto de partida indispensável para superarmos aparentes deficiências e para corrigirmos conceitos errôneos a respeito de nosso caráter. Precisamos consentir em começar com a natureza de Deus, infinitamente boa. Ela escreve: “A mansidão realça os atributos imortais simplesmente por tirar o pó que os obscurece. A natureza do bem revela um outro cenário e uma outra identidade, aparentemente en­voltos em sombras, mas trazidos à luz pelas evoluções do pensamento que progride, por meio das quais discernimos o poder da Verdade e do Amor para curar os doentes” (Escritos Diversos 1883–1896, pp. 1–2). 

“Um outro cenário e uma outra identidade” refere-se à nossa natureza e ambiente espirituais. Como acontece quando a bondade de Deus é invocada, um efeito transformador se manifesta, e não apenas sobre nós. Nos anos em que tive reuniões com funcionários do governo constatei o mérito e a integridade daqueles com quem trabalhei. Nosso relacionamento foi construído com base na confiança que eu sabia ser o resultado do fato de sermos a expressão de Deus — um ideal mais elevado do que o conceito que teríamos de outra forma.

Na verdade, essas conquistas foram muito além do que um pensamento positivo poderia alcançar. O mero otimismo, aplicado a uma percepção limitada e material do homem, não tem o mesmo poder do Cristo para elevar e transformar a natureza humana. Somente quando consagramos nossa vida e nossa identidade a Deus é que vivenciamos e mantemos o domínio que abençoa a nós e aos outros. Nossa força é o resultado natural da infinitude do Amor divino.

Quando, com humildade, aceitamos a percepção que Deus tem de nós, começamos a trazer à tona nossa verdadeira natureza. Deus sabe que somos perfeitos porque Ele é perfeito. Um dicionário inclui na definição de perfeito: “Livre de defeito, que só possui boas qualidades; completo” (aulete.com.br). Em vez de pensar que, para sermos dignos de confiança e termos autoconfiança, precisamos adquirir ou desenvolver essas qualidades, podemos reconhecer que esses atributos já nos pertencem, devido à nossa união com Deus. Podemos empregá-los com confiança, porque são inerentes a nós. À medida que vamos entendendo melhor nossa conexão ininterrupta com o bem infinito, Deus e Seu Cristo, nos achegamos ao “…pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo…” (Efésios 4:13).

São imensuráveis os dividendos que colhemos por reconhecer nossa identidade e nosso valor, os quais se originam em Deus. Somos ricamente dotados do bem que vem de Deus. Compartilhemos essa riqueza com toda a humanidade!

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