“Será que sei o suficiente?” “Será que tenho capacidade?” Não importa quantos testes tenhamos feito, parece que o mesmo medo tenta se insinuar, fazendo-nos duvidar de nós mesmos e questionar nossas habilidades. E, às vezes, no caso de uma prova muito difícil, parece fácil responder que “não” a essas perguntas. Sei que tive momentos em que não me senti à altura e, até mesmo, totalmente incapaz.
A Ciência Cristã, porém, me deu uma perspectiva diferente. Na definição de homem em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy explica, referindo-se à nossa identidade como Deus a criou, que o homem “...é a ideia de Deus, ideia composta que inclui todas as ideias corretas...” (p. 475). Ao estudar essa passagem, senti a segurança de que sabemos o suficiente, porque somos a ideia espiritual, a expressão de Deus, a Mente única, que conhece tudo e abrange todo o entendimento. Ao contrário da crença de que precisamos adquirir compreensão, na verdade possuímos toda a compreensão e inteligência, porque somos reflexo da Mente divina. Isso significa que já temos, e sempre temos, tudo aquilo de que precisamos.
Vi diretamente o poder desse fato espiritual, quando tive de fazer uma prova de química, matéria obrigatória do curso de engenharia. Eu havia estudado muito, sabia o conteúdo e me dei bem nas primeiras vinte perguntas. No entanto, emperrei na última questão. Eu tinha a fórmula certa escrita, mas simplesmente não conseguia atinar em como preenchê-la com os números apresentados na questão. Fiquei olhando para a questão bastante tempo, mas não fazia ideia de como resolvê-la.
Durante esse tempo, porém, eu estava orando para ver mais claramente que eu era a expressão da Mente infinita, por isso eu já tinha a inteligência necessária para resolver essa exigência. Eu tinha visto que isso era verdade em várias provas anteriores, por isso tinha absoluta fé de que nesse teste eu também podia expressar a Deus, a Mente, sem limitações.
Entretanto, depois de meia hora, nada parecia óbvio. Então, marquei a resposta que parecia mais razoável e me levantei para entregar o teste. Mesmo assim, continuei orando, receptivo ao que precisava saber. Não me permiti ficar agitado, mas apenas a ouvir em silêncio o que a Mente estava revelando.
Já no meio da escada, a caminho de entregar o teste, um número me veio à cabeça. No começo, pensei: “Sim, certo. Estou apenas pensando em algumas das respostas em potencial”. Mas esse pensamento foi insistente.
Em experiências anteriores, eu aprendera a confiar nesse tipo de intuição. Então, dei meia volta e retornei à minha mesa. Quando olhei novamente para a prova, reconheci qual era a resposta certa. Agradeci a Deus, marquei a resposta, desci as escadas e entreguei o teste.
Assim que fomos oficialmente liberados para ir embora, procurei a questão e, de fato, eu havia acertado. Fiquei admirado. Afinal, pouquíssimas pessoas na classe acertaram aquela questão; a resposta simplesmente não era clara, nem óbvia.
Tirei nota “A”, tanto na prova quanto na disciplina, o que atribuo não apenas ao meu próprio domínio da matéria, mas também ao meu estudo da Ciência Cristã. Aprendi muito sobre o que significa admitir que nossa identidade espiritual é de fato ilimitada. Também pude aplicar essa compreensão a muitas outras provas, em engenharia e matemática.
O fato espiritual de que, por seros o reflexo de Deus, já temos em nós a compreensão de que necessitamos, realmente é a verdade para cada um de nós — não importa quão desafiador seja o exame escolar, o projeto ou o desafio. E podemos comprovar esse fato.
