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Original para a Internet

Para jovens

Quando as coisas não acontecem conforme nossos planos

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 1º de maio de 2019


Sempre confiei em meus próprios planos e cronogramas para programar minha vida. Mas no terceiro ano de faculdade, parecia que meus planos estavam se desmoronando.

Eu havia me candidatado a vários cargos para o ano seguinte, e tinha certeza de que seria aceita como assistente em um dos dormitórios e também que seria eleita para a diretoria do dormitório onde eu estava morando, bem como para o grêmio estudantil. O semestre seguinte estava inteiramente planejado, e eu me sentia empolgada! Então, quando nenhum desses planos se realizou, fiquei arrasada. Eu nem sequer estava na lista de espera para o cargo de assistente! 

Tendo frequentado a Escola Dominical da Ciência Cristã, eu havia aprendido a lidar com as decepções, buscando a orientação divina por meio da oração, embora às vezes tivesse dificuldade em confiar inteiramente em Deus. Mas dessa vez, nem sequer tentei orar, porque me sentia completamente perdida. Além disso, estava absorta em procurar outras posições de liderança. Eu sabia que não era o motivo certo, querer uma posição de liderança só por status, mas mesmo assim era isso que eu queria.   

Enquanto estava nessa busca, recebi um e-mail a respeito de uma conferência no campus da faculdade, organizada pelos estudantes. Nunca pensara em me candidatar para isso, mas a conferência tinha um foco internacional que havia recentemente se tornado minha nova paixão, então decidi tentar. Também me candidatei para um cargo na diretoria de um clube estudantil, cujo foco era trabalho internacional. 

Apesar dessas oportunidades, eu ainda estava tendo dificuldade com um senso de ego e com a necessidade de saber como tudo iria acontecer. Percebi que mesmo se obtivesse os cargos que almejava, não iria superar aqueles sentimentos, então comecei a orar com algumas citações das obras de Mary Baker Eddy, relacionadas com o tema do ego.  

Uma ideia que realmente me ajudou foi: “O Cristianismo científico trabalha com a regra do amor espiritual; torna ativo o homem, dá ímpeto ao bem perpétuo, pois o ego, o eu, vai para o Pai, e com isso o homem é a semelhança de Deus” (Message to The Mother Church for 1902 [Mensagem À Igreja Mãe para 1902], p. 8). Gostei da ideia de que qualquer bem que eu estivesse fazendo não era para meu benefício próprio, mas era a serviço de Deus que, por ser meu Pai-Mãe, é a fonte de todas as minhas forças e qualidades espirituais.  

Também procurei analisar com clareza meu propósito de servir minha comunidade escolar, e me empenhei em reconhecer que eu poderia contribuir com o bem em qualquer situação em que me encontrasse, em posição de liderança ou não. 

Foi necessário ter humildade e confiança em Deus, mas aos poucos comecei a me sentir mais em paz e mais confiante de que eu poderia ser uma bênção para a minha comunidade, independentemente de conseguir ou não os cargos para os quais me candidatara recentemente. 

Logo depois, os dois cargos me foram oferecidos, e também fui eleita para a diretoria da Organização da Ciência Cristã da minha faculdade. Durante o semestre, pude reconhecer com gratidão como cada um dos cargos me propiciou experiências que geraram oportunidades de crescimento como pessoa e como profissional, e de ajudar os outros. Percebi também que os outros cargos que eu não havia conseguido não teriam sido, provavelmente, os mais apropriados para mim, e reconheci com admiração o bom trabalho desempenhado pelos alunos escolhidos para aqueles cargos. Mesmo o senso de ego, que me motivara no semestre anterior, por fim diminuiu, à medida que compreendi melhor o fato de que verdadeiramente todo o bem que eu expresso vem de Deus. Por isso, ser bom e fazer o bem não tem nada a ver com “aparecer”, mas sim, com expressar o bem infinito de Deus.

Depois dessa experiência, tenho conseguido, genuinamente, seguir a recomendação bíblica: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Provérbios 3:5). Inclusive no meu primeiro emprego, depois da faculdade, quando fui informada, quatro semanas antes da data marcada para começar, que a verba destinada ao meu cargo havia sido cortada. Embora a situação parecesse estressante, orei diariamente, colocando toda minha confiança em Deus. Percebi que eu não necessitava planejar nada, mas apenas prestar atenção à orientação dada por Deus e saber que o bem divino é ininterrupto. Com isso, rapidamente uma nova oportunidade apareceu, e agora vejo que esse outro cargo é muito mais adequado para mim do que o outro que não se concretizou. 

Confiar em Deus e me sentir segura sob a orientação dEle nem sempre é fácil para mim, contudo. Mas quanto mais compreendo que nunca posso estar separada do terno cuidado de Deus, mais consigo abrir mão de meus próprios planos e ter a certeza de que apenas o bem me aguarda. Assim, abre-se o caminho para oportunidades maravilhosas, que continuam a me abençoar. 

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