Quando eu cursava o ensino médio, no Reino Unido, o aprendizado era algo realmente desafiador para mim. Eu não tinha facilidade para ler e escrever, por isso, fazer as provas era particularmente difícil. Eu geralmente precisava de mais tempo para concluí-las porque tinha dificuldade para lembrar as respostas e escrever redações coesas. Devido a esse problema, a escola sugeriu que meu desempenho escolar fosse avaliado por um especialista em aprendizagem, que deu o diagnóstico de dispraxia.
Eu frequentava a Escola Dominical da Ciência Cristã desde pequeno, e sabia que a oração havia ajudado um número enorme de pessoas a superar todo tipo de desafios. Então, por que não poderia ajudar a mim também? Eu sabia que meus pais estavam orando para me ajudar a superar minhas dificuldades na escola, e decidi orar também a esse respeito.
Uma coisa que aprendi na Escola Dominical é que eu sou o reflexo de Deus. Também aprendi que Mente é um nome para Deus, e que isso significa que a inteligência é divina, não humana. Consequentemente, visto que eu reflito tudo o que Deus é, minha inteligência não se origina no cérebro, mas em Deus, e ela é infinita, não demora em se manifestar e não sofre nenhuma obstrução. Com esse fato espiritual no pensamento, concluí que o normal era que as ideias viessem naturalmente, e na velocidade correta, para a criação de Deus — para mim.
Também orei com algo que um professor da Escola Dominical me indicou. Eu dizia: “Como Deus é [preencha o espaço em branco], eu sou…”. Por exemplo: “Como Deus é a Mente, eu sou capaz de pensar com agilidade e aprender qualquer coisa que for preciso saber”.
Com o tempo, meu desempenho acadêmico foi melhorando aos poucos, e eu recebi da escola diversas avaliações, indicando que eu estava melhorando e fazendo progresso nos estudos. No entanto, eu ainda tinha dificuldade para lembrar de fatos e personalidades e escrever com coerência. Além disso, ainda precisava de mais tempo para terminar as provas, nos dois últimos anos de ensino médio no Reino Unido.
Quando comecei a estudar em uma faculdade nos Estados Unidos, fui estimulado a não ver limitações nem na capacidade de aprender, nem na possibilidade de me destacar em meu desempenho acadêmico. Também continuei firme em minhas orações, afirmando que Deus é a fonte de minha inteligência. Compreendia que eu não estava recebendo ideias de um cérebro humano e que, como filho amado de Deus, eu não poderia, nem por um instante sequer, ser a expressão de algo menos do que a Mente infinita.
Durante os anos na faculdade, progredi academicamente e comecei a ter notas melhores, tanto nas provas mais curtas quanto nas mais longas. Depois de me formar, decidi fazer mestrado em jornalismo. Esse curso exigia que eu fizesse provas e, devido a meu crescimento espiritual, eu já não ficava mais apavorado com elas.
Percebi que a cura estava realmente completa, quando um dos professores do mestrado colocou o resultado das provas em uma tabela para mostrar como a turma havia se saído. Em duas provas minhas notas eram tão boas que ele explicou tratar-se de anomalias nos resultados. Depois da experiência acadêmica bastante desafiadora, essa foi uma grande demonstração daquilo a respeito do qual eu vinha orando — e me trouxe um sentimento de enorme gratidão a Deus por meu progresso.
Sei que foi o fato de eu ter me voltado para Deus, reconhecendo que Ele é a única Mente, o que levou a esses resultados. E mostrou que o diagnóstico que eu tinha recebido não era nada além de uma sugestão a meu respeito que, por meio da Ciência Cristã, eu provara estar errada.
Gosto muito de saber que sempre posso aplicar o fato espiritual de que, por ser o reflexo de Deus, eu só posso expressar a Deus. Então, se estiver tentado a dizer “Não consigo aprender isso”, eu posso me lembrar daquilo que é verdade. Deus é a Mente infinita, e Ele nos dá toda ideia de que possamos precisar.