Eu era professora do jardim de infância. Fazia pouco tempo que a escola havia sido reorganizada, e algumas crianças, de repente, estavam em novas salas, com novos colegas e novos professores. David era um desses pequenos, banhado em lágrimas na entrada, naquela manhã. Uma das assistentes tentava ajudar, mas ele estava inconsolável. Ele só queria a mãe.
Ao ponderar sobre a melhor forma de prosseguir,
voltei-me para Deus, buscando como confortar aquela criança, e lembrei-me de algo que Jesus perguntou, certa vez: “…Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” E imediatamente ele mesmo respondeu: “…qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mateus 12:48, 50).
Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, compreendeu a Deus não apenas como Pai, mas também como Mãe. No glossário do livro-texto Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, ela apresenta esta definição de Mãe: “Deus; o Princípio divino e eterno; a Vida, a Verdade e o Amor” (p. 592). A vida da própria Sra. Eddy certamente foi o reflexo do Amor que é Mãe, e que a habilitou a curar os doentes e os quebrantados de coração, em seu trabalho como sanadora espiritual e professora — tal qual seu modelo, Cristo Jesus, havia feito séculos antes.
Naquele momento senti, com a autoridade do Amor divino, que meu amiguinho David jamais poderia estar sem a mãe. Ele nunca deixou de ter sua sempre-presente Mãe, que é Deus. Senti-me inspirada a ir até ele e dizer: “Eu serei sua mãe hoje, somente até sua mamãe vir na hora da saída”. Ele parou de chorar imediatamente, segurou minha mão, juntou-se à turma, e teve um dia maravilhoso.
Podem surgir momentos em que ansiamos pela presença de nossa mãe. Mas nessa mesma hora, a Mãe que é o Amor, Deus, está presente, para nos confortar, elevar e amar. Jamais estamos sem mãe.