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Original para a Internet

Deus, o grande Maestro

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 24 de março de 2025


Quem, alguma vez na vida, já não imitou um maestro, movimentando os braços como se estivesse regendo uma orquestra imaginária? Uma boa regência, porém, não se resume em fazer gestos dramáticos com os braços. O maestro conhece profundamente a peça musical a ser executada. E a confiança que os membros da orquestra depositam nesse líder musical faz com que eles sigam sua orientação e toquem juntos.

Será que, às vezes, pensamos que não precisamos de ninguém para nos conduzir? Eu aprendi a reconhecer a importância de ser orientado — e de seguir as orientações. Qualquer dúvida a esse respeito pode estar relacionada com aquilo que pensamos de quem ou do que está nos conduzindo. Nenhuma orquestra aceitaria ser conduzida por alguém sem conhecimento musical. Da mesma forma, não deixamos que alguém nos guie, a não ser que confiemos em sua capacidade.

Os motivos para permitir que Deus seja o “maestro” de nossa vida, e para seguir Sua orientação, são irrefutáveis. O Salmista escreveu: “Senhor, tu me sondas e me conheces … conheces todos os meus caminhos. …Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir” (Salmos 139:1, 3, 6).

Alcançamos resultados profundos e benéficos quando permitimos que Deus nos guie, em vez de seguir nossa própria compreensão limitada ou a de outra pessoa. Mary Baker Eddy escreve no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Quando o homem é governado por Deus, a Mente sempre presente que compreende todas as coisas, o homem sabe que para Deus tudo é possível” (p. 180). A Mente única, Deus, sabe que todo o bem é possível. Por isso, o homem, que é a expressão da Mente, também pode ter essa mesma certeza. Basta consultar a Bíblia para encontrar inúmeros exemplos de pessoas que confiaram realmente em Deus e obtiveram muitos benefícios para si mesmas e para outros.

Por exemplo, José chegou a ocupar uma função de destaque na casa de um oficial egípcio que percebeu que “o Senhor era com ele” (ver Gênesis 39:3). Posteriormente, José se tornou o segundo homem mais poderoso do Egito e governou a região com sabedoria durante sete anos de abundância e sete anos de fome — e por vários anos depois. Moisés conduziu os israelitas para fora do Egito, não por ter habilidades inatas de orador e de líder, mas por confiar em que Deus lhe mostraria como falar com o Faraó e como conduzir o povo por quarenta anos, rumo à Terra Prometida. Mais tarde, Rute foi orientada por Deus a seguir sua sogra Noemi para uma nova terra, onde viria a se tornar a bisavó do Rei Davi e ser reconhecida no Novo Testamento como parte da linhagem de Jesus, o Messias (ver Mateus 1:5–16).

Então, por que achamos que podemos fazer tudo sozinhos, deixando que Deus nos conduza apenas quando estamos em situação difícil? Como funcionaria essa atitude em uma orquestra? Só haveria desarmonia. Será que nos consideramos solistas quando, na verdade, fazemos parte da grande orquestra de Deus? Se pensamos que estamos tocando sozinhos, perdemos a oportunidade de tocar em conjunto com os outros.

Talvez relutemos em deixar que Deus nos conduza, porque acreditamos erroneamente que nós temos o controle de nosso dia e de nossa vida, e não é a Mente, o Princípio (sinônimos de Deus), que nos governa. Quando pensamos que estamos tocando sozinhos, é fácil acreditar que as necessidades, os objetivos ou os interesses dos outros competem com os nossos. Esse senso errôneo se baseia na crença em limitação — falta de tempo, poucas oportunidades, recursos limitados etc. Ao pensar nos outros como obstáculos, em vez de colaboradores, nós corremos o risco de ficar em dissonância com nosso próximo.

Eu moro em Nova York. Em uma cidade com oito milhões de vizinhos, pode parecer que todos estão apressados, correndo como se fossem formigas em um formigueiro. Mas um especialista em insetos dirá que as formigas não ficam correndo a esmo de um lado para o outro; cada uma tem uma tarefa importante a realizar, que contribui para o bem-estar de todo o formigueiro. Recentemente, eu estava andando de skate na rua e fiz uma curva para entrar em uma travessa. Ao dobrar a esquina, vi que uma senhora com uma criança pequena começara a atravessar na faixa de pedestres. O sinal estava aberto para eles. Por isso, skates, bicicletas e veículos não podiam seguir em frente. Eu, porém, não parei e, embora tivesse conseguido evitar atingir a mãe e o filho, percebi depois que eu havia sido egoísta, não agindo em harmonia com os outros — e, acima de tudo, não ouvindo a Deus.

Ser um bom vizinho, assim como fazer parte de uma orquestra, exige que pratiquemos diariamente e ofereçamos o nosso melhor, de modo que aquilo que fizermos contribua para o bem maior. Isso requer humildade, que é uma qualidade espiritual dada por Deus e que foi demonstrada na vida e nos ensinamentos de Cristo Jesus.

Ao orar, pensando em ser um bom vizinho entre tantos outros, procuro lembrar que Deus tem um ou mais papéis importantes para nós desempenharmos ao longo do dia. Os músicos da orquestra expressam humildade ao respeitar os colegas, não tocando em um volume ou ritmo que esteja em desacordo com os outros. Se um músico tentar fazer um solo no momento errado, irá confundir toda a orquestra. Da mesma forma, todos somos responsáveis por ajudar a fazer com que nossas cidades e países sejam lugares onde haja uma convivência harmoniosa, mesmo quando expressamos nossa individualidade única.

Lemos em Ciência e Saúde: “Para desenvolver o pleno poder dessa Ciência, as desarmonias do senso corpóreo têm de ceder à harmonia do senso espiritual, assim como a ciência da música corrige os tons errados e dá suave harmonia ao som” (p. viii). Conviver em harmonia com os outros fica mais fácil, quando silenciamos o senso material e prestamos atenção à orientação de Deus com nosso senso divino, com a intuição espiritual. Quando ouvimos com sinceridade, Deus, nosso grande maestro, nos ajuda a expressar o melhor de nós com aqueles que estão próximos.
O livro de Provérbios, na Bíblia, ao falar sobre a confiança em Deus, diz: “Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (3:6). Quando reconhecemos que Deus está na posição de comando — sempre presente e ativo — compreendemos Seu amor e ficamos mais sintonizados com o bem que Ele continuamente dá a todos, porque Ele não deixa ninguém de fora. Quando agimos dessa forma, nos tornamos mais pacientes, calmos e gratos, e somos melhores vizinhos, melhores colegas de trabalho e melhores membros da igreja e de nossa família.

Mantendo o foco em Deus, ao longo do dia, evitamos nos concentrar excessivamente no que pensamos ser melhor para nós mesmos. Isso também ajuda a não sermos obcecados pelo que os outros pensam ou fazem. Os músicos devem estar atentos aos outros, mas não se distrair observando o que os outros instrumentos estão tocando. E cada um tem suas próprias lições a aprender. Olhar para o grande maestro, para manter o ritmo, ajuda a fazer com que todos sejam bem-sucedidos tocando juntos.

Lemos em Ciência e Saúde: “A harmonia no homem é tão real e imortal como na música” (p. 276). Ter um comportamento humilde e ficar atento à orientação de Deus nos capacita a respeitar o papel de cada um, e chegar a uma maior harmonia … e isso é muito bom.

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