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Era apenas um argueiro

Da edição de outubro de 1953 dO Arauto da Ciência Cristã


A consciência humana é despertada ou espiritualizada pelo conhecimento de que o Espírito, Deus, está sempre presente e é todopoderoso, e que a Mente divina, o Amor infinito, é a Mente única, a causa e criadora única. Um reconhecimento tão claro da realidade corrige a nossa própria visão pela revelação de que o mal de fato inexiste. Aquilo que parece ser desarmonia é um estado erróneo do pensamento mortal, por mais físico que seja seu aspecto. Aquilo que se chama desentendimento comercial crónico, é apenas um estado crónico do pensamento exteriorizado. Criticar, por exemplo, pode tornar-se crónico. Estaremos, porém, negligenciando algo que nos cabe fazer como Cientistas Cristãos se continuamente censuramos o que outras pessoas fazem em casa, no negócio, na igreja ou no governo.

O estado crónico do pensamento mortal, que habitualmente condena pessoas ou nações em vez de condenar apenas o próprio mal e compreender a falta de poder e até a nulidade do mal, tem que ser banido de suas ilusões. Ilustremos: Um comerciário andava, há anos, convencido de que um gerente da firma em que trabalhava, era injusto, avarento, descortez. Por culpa própria, êsse comerciário tornara-se descontente e rancoroso pela sua falta de progresso e pela ausência de harmonia no negócio. Julgava, às vezes, que o melhor que tinha a fazer era demitir-se e procurar um ambiente mais harmonioso.

Ora, certa semana, a Lição-Sermão do Christian Science Quarterly (Livreto Trimestral da Christian Science) incluia, como parte de uma das referências da Bíblia, a seguinte admoestação de Jesus (Mat. 7:5): “Tira primeiro a trave do teu próprio ôlho; e então verás claramente para tirar o argueiro do ôlho do teu irmão” (Bíblia inglêsa). O comerciário sentiu-se impelido a procurar num dicionário a definição da palavra argueiro e nêle encontrou o seguinte: “Partícula diminuta, mancha”. Descobriu, naquela ocasião, que, durante anos, havia estado a se agastar por causa do seu próprio conceito erróneo do homem. No entanto, quão absurdo é ressentir-se alguém com coisa tão insignificante como uma partícula diminuta, ou mancha. O ressentimento e a insatisfação despareceram imediatamente. Êle compreendeu que as crenças discordantes nunca foram reais nem em tempo algum atribuídas a quem quer que fosse. Reinava agora a harmonia no seu negócio e daquela data em diante houve progresso contínuo e desenvolvimento do bem na sua experiência.

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