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Oportunidade Ilimitada

Da edição de outubro de 1955 dO Arauto da Ciência Cristã


Cada uma das idéias de Deus está compreendida na generosa bondade e felicidade do Amor. Tendo Deus feito o homem à Sua imagem e semelhança, o homem reflete capacidades ilimitadas e existe sempre no ponto de vista da oportunidade que é infinita no seu escôpo.

Jesus, nosso grande Mestre, não reconhecia como real nenhum senso de vida separado de Deus, e sabia que suas capacidades estavam implícitas na sua filiação com o Pai. Disse êle (João 5:19): “O Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai.” Êle demonstrou que Deus governava todos os seus pensamentos.

A medida que alguém cultive e preze sua própria união espiritual com seu Pai-Mãe Deus, dar-se-á conta, também, de oportunidades ilimitadas. Verificará que não é com o corpo material que desempenha seus vários deveres, mas sim com a compreensão espiritual das qualidades que Deus lhe conferiu, para manifestar o poder e a fôrça divinos. Perceberá que, pensando reto, amando seu próximo e vendo que o homem criado por Deus é perfeito e são, sua própria vida será mais alegre, mais progressista, mais proveitosa.

Como reflete Deus, o homem do mesmo modo que Deus, Espírito, não passa por fases de imaturidade, de deterioração, de incapacidade. As pretensões da timidez juvenil ou da memória falha que acompanha a velhice, são apenas crenças mortais e faltam-lhe autoridade divina para controlar a consciência espiritual. A crença humana de que há mocidade ou velhice é destituída de fôrça ou presença, porquanto Deus, a vida do homem, não tem dias nem anos. O ser do homem não pode, sequer por um instante, ser impedido de expressar harmonia e atividade contínua, nem pode ser excluído do propósito e do plano do Amor divino. Suas oportunidades são ilimitadas.

Mary Baker Eddy escreve no seu livro Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras), à página 260: “A Ciência revela a possiblilidade de lograr todo bem, e põe os mortais a trabalhar para descobrirem o que Deus já fez; porém, a desconfiança na própria capacidade para alcançar o bem desejado e para produzir resultados melhores e mais elevados, muitas vêzes impede que se ponha à prova as próprias asas e assegura o fracasso desde o princípio.” Por isso, a mente humana precisa avançar além das manifestações de uma entidade à parte de Deus, tais como a obstinação e o delineamento material, a fim de obter felicidade e crescimento espirituais. Na medida em que, com persistência, se reconheçam a totalidade e o poder de Deus, e se demonstre que Deus é a causa única, e a Mente única, nessa medida se experimentará êxito, não fracasso; julgamento reto, não êrros; percepção espiritual, não equívocos.

“A renúncia de tudo que constitui o homem material, assim chamado, e o reconhecimento e consecução de sua identidade espiritual como filho de Deus, é Ciência que abre as próprias comportas do céu,” diz nossa Líder no seu livro Miscellaneous Writings (Escritos Miscelâneos), à página 185. Uma estudiosa da Christian Science teve a alegria de provar certa dose desta verdade em sua própria experiência. Administradora que era, percebendo alto salário, viu-se desempregada em virtude de dissolução do negócio em que por muitos anos exercia sua atividade. Insinuaram-lhe que teria de começar de novo, com salário bem mais baixo.

Amigos e parentes bem intencionados recomendaram-lhe que procurasse emprêgo numa cidade maior, onde haveria mais oportunidade do que na cidade em que residia. Outros a aconselharam a ficar onde estava, para evitar as despesas de viagem. Vários dias se passaram, e embora tivesse tido diversas entrevistas, nada lhe pareceu satisfatório. Ficou confusa e preocupada. Não tinha nem sequer certeza da espécie de serviço que desejava. Então, como estudiosa da Christian Science, afastou de si o quadro humano e pôs-se a ponderar na vontade de Deus, a qual, sabia, era inteiramente boa e amorosa. Ela se deteve na natureza imparcial, justa e misericordiosa do Princípio divino e reconheceu o Princípio como a causa única, da qual procede todo o bem. Raciocinou que o homem, como semelhança de Deus, é inseparável do bem infinito e da presença e do poder divinos de Deus. Quando as verdades acêrca de sua entidade espiritual lhe encheram a consciência, o estado de confusão se dissipou.

Deu consigo orando com humildade e sinceridade: “Pai-Mãe Deus, estou pronta a ir para onde fôr encaminhada, disposta a fazer tudo que o Amour tiver para eu fazer, e humildemente aceitarei tudo que o Princípio oferecer.” Renunciando ao delineamento e planejamento humanos, abandonando tôda e qualquer sugestão de desânimo, ansiedade, medo e descontentamento, feita pela mente mortal, ela esperou, sem reservas, que o plano do bem, traçado por Deus, se revelasse à sua consciência. Naquêle mesmo dia, telefonaram-lhe de um escritório que distava cinco minutos de sua casa, marcando uma entrevista imediata. Esta durou quinze minutos, e em seguida perguntaram-lhe o salário que desejava. Pensou ela: “Eis minha oportunidade para pôr em prática a verdadeira intenção de minha oração, de estar disposta a aceitar aquilo que o Princípio oferecer.” Assim, com a certeza e a convicção de que Deus, o bem, rege tôda transação, ela disse: “O que o senhor achar que mereço.”

Sua demonstração não residiu nos meios monetários, mas sim no seu destemor e na confiança que depositava no amor de Deus. O empregador sorriu e a seguir ofereceu-lhe um salário mais alto do que o que ela havia percebido antes, salário que ela jamais teria ousado pedir. Que gratidão não sentiu ela para com a Christian Science, quando se dirigiu para casa, agradecendo e louvando a Deus, pois, tinha certeza, não fôra o estudo da Christian Science, jamais teria demonstrado tanta tranquilidade, confiança e coragem.

Na mesma extensão em que confiarmos definitivamente no infinito Um para orientar e proteger tôda e qualquer transação justa, seremos levados a caminhar para oportunidades e bênçãos infinitas. Tudo que realmente somos ou temos procede de Deus, a fonte de tôda dádiva perfeita. O homem individual é inseparável da Mente divina, e assim experimenta a energia do Princípio divino, que governa, dirige e sustenta qualquer ação.

Relata o quinto capítulo de João que certo homem, enfêrmo já havia trinta e oito anos, disse que não tinha quem o ajudasse a ser o primeiro a entrar num tanque depois que a água se agitasse, ocasião em que, segundo supunham, possuía ela propriedades curativas. Ouvindo Jesus esta explicação, ordenou ao homem que se levantasse, tomasse sua cama e andasse; depois do que o homem ficou são, tomou sua cama e andou. A oportunidade de ser curado sempre esteve presente, e não dependia de pessoa, lugar ou coisa alguma.

Também nós deveríamos compenetrar-nos da oportunidade ilimitada que tem o homem de alcançar o bem, e deveríamos procurar o apoio divino, que jamais falta quando é necessário. Deveríamos largar de mão tôda e qualquer crença de prevenção, de superstição, discriminação e coisas semelhantes, a fim de testemunharmos a inexaurível bondade do Amor divino, que se evidencia em isenção de medo, de ansiedade e confusão.

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