Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Vislumbres de Deus como Princípio Divino

Da edição de abril de 1955 dO Arauto da Ciência Cristã


Subentende-se que um artigo que tenha Deus por tema, não pode dar mais que simples vislumbres de tão vasto assunto. Uma das finalidades de tais escritos é animar o leitor a um estudo e meditação mais profundos de alguns dos pontos nêles apresentados.

Perguntemo-nos, agora: “Quem, senão o próprio Deus, poderia ter revelado Sua natureza fundamental, universal e eterna, pelo nome de Princípio? Quem, a não ser um vidente espiritual, poderia interpretar cientìficamente as passagens da Bíblia e elevá-las à sua significação espiritualmente correta?” Tal vidente espiritual e intérprete das Escrituras, inspirada por Deus, foi nossa Líder, Mary Baker Eddy.

Antigamente, a natureza de Deus era comparada a uma rocha. Foi Moisés o primeiro a proclamar a natureza de Deus por êste nome, declarando sôbre o Altíssimo (Deuteronómio 32:4): “Êle é a Rocha, cuja obra é perfeita.” Mais tarde, o Salmista se regozijava de que Deus era sua rocha, sua “firme rocha”, a rocha de sua salvação, a rocha de sua fôrça. Ao concluir seu imortal Sermão da Montanha, o Mestre cristão exortou seus seguidores (Mateus 7:24): “Tode aquêle, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou sua casa sôbre a rocha.”

Mrs. Eddy percebeu que o uso bíblico da palavra rocha indicava a natureza permanente de Deus como Princípio. Em sua descoberta, a Christian Science, ela faz ver claramente que, graças à espiritualização do pensamento, provamos que nossa consciência, ou morada, está estabelecida sôbre êste Princípio divino, Deus, envôlto por Seu amor. Ela trabalhou infatigàvelmente para revelar essa Ciência prática, sempre operante, à qual podemos aderir, e cujo Princípio, ou Deus, como podemos perceber, é a rocha sôbre a qual se funda a nossa verdadeira natureza. Desde a época em que o Mestre encetara sua carreira de abnegação entre os homens, não houve ninguém cujos dias sôbre a terra tivessem transcorrido em mais íntima comunhão com Deus que os de Mrs. Eddy. É de admirar ouvisse ela o Pai celestial declarar que era o Princípio divino? Aprovada por Deus para sua grande tarefa, ela revelou a tôdas as épocas a natureza e o caráter de Deus como Princípio. Curando os doentes e redimindo os pecadores, apenas por meios espirituais, a exemplo do que fizera o Mestre, ela provou a totalidade do Princípio e a consequente nulidade do mal. Em seguida, ensinou os estudiosos da Christian Science a fazer o mesmo.

Em resposta à pergunta: “Há mais de um Deus ou Princípio?” livro-texto da Christian Science, Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras) por Mary Baker Eddy, dá esta resposta científica (págs. 465, 466): “Não há. O Princípio e sua idéia é um, e êste um é Deus, o Ser onipotente, onisciente e onipresente, e Seu reflexo é homem e o universo.” Por isso, a Christian Science lògicamente insiste não só na unidade, ou união, do homem com seu Princípio divino, mas também na unidade do homem com tudo que êsse Princípio inclui. Então a unidade do homem com o Princípio significa sua unidade com a saúde, com a harmonia, ou seja com tudo que é bom.

Obter mais claros vislumbres do Princípio, que é Deus, significa melhor compreender a perfeição e a glória do nosso verdadeiro ser, como reflexo do Princípio. Perceber espiritualmente que o princípio é demonstrável, significa para um Cientista Cristão que tudo que êle discerne suficientemente de Deus para o afirmar em oração sincera, há de manifestar-se, inevitàvelmente, na sua vida. Perceber que o Princípio é opulento e permanente, significa também provas externas de opulência e de permanência do bem na sua vida diária. Perceber espiritualmente a onipresença do Princípio, sua onipotência e oniação, significa provar que a lei de Deus é de extinção absoluta da crença de que o pecado, a doença, o medo, o ódio, a dor, ou qualquer dessas comitivas do mal, possa ter qualquer presença, poder ou atividade. Sendo inteiramente irreal e não tendo nenhum Princípio que o apóie, o mal, como é chamado, não pode impedir a harmoniosa atividade do Princípio. Apegando-nos a tais revelações científicas, estamos, de fato, em segurança, e oportunidades de progresso com as quais jamais havíamos sonhado, hão de se apresentar-nos.

Isto ficou provado no seguinte caso: Durante a última guerra mundial, o marido de uma Cientista Cristã teve que fazer frequentes viagens, muitas das quais, de automóvel, por estradas montanhosas. Como tivesse a seu cargo a extração de um minério de que o govêrno precisava para a fabricação de material essencial à guerra, sua ida à mina era muitas vêzes indispensável. Um dia, a despeito do tempo ameaçador, êle partiu para a mina, situada na montanha. Era costume seu, quando ausente, telefonar para casa por volta da hora de jantar. Justamente nêsse dia, a espôsa sentiu-se como guiada a passá-lo entregue a um estudo devoto e a trabalho de proteção dedicado ao marido. Compreendendo algo da união que existe entre o homem e seu Pai-Mãe Deus, o Princípio divino e fonte de todo ser, ela sabia ser impossível que qualquer coisa sem princípio, como o medo ou o perigo, pudesse atingir o verdadeiro ser do homem.

Ela estudou a declaração de Mrs. Eddy, que se encontra no livro Miscellaneous Writings (Escritos Miscelâneos), às páginas 82, 83: “A Mente imortal é Deus, o bem imortal, em quem, segundo as Escrituras, ‘vivemos, e nos movemos, e existimos’. Esta Mente, pois, não está sujeita a crescimento, mudança ou diminuição, mas é a inteligência divina, ou Princípio, de todo ser verdadeiro, que mantém sempre o homem no círculo rítmico de abençoado desdobramento, como testemunha viva e idéia perpétua do bem inexaurível.” Ela reconheceu que o divino Princípio, que é Deus, mantém Sua criação, o homem, em perfeita segurança “no círculo rítmico de abençoado desdobramento”. Compreendeu que o homem, estabelecido na Mente, nada faz de si mesmo, mas presencia aquilo que o Princípio já fez. Sabia que o homem como idéia não é uma testemunha do medo ou de qualquer dos pretensos fenómenos de uma mente negativa que se expressam por condições de tempo destrutivas, mas sim “uma testemunha viva e a idéia perpétua do bem inexaurível”.

Durante todo o dia reinou absoluta paz no coração dessa Cientista, embora a chamada telefônica não se verificasse senão à meia-noite. Foi então que o marido lhe comunicou que ainda estava um pouco abalado, mas se regozijava na prova de proteção divina de que fôra testemunha. O trajeto tedioso através da neve e do gêlo, a derrapagem sofrida pelo carro, o perigo representado pelos íngremes precipícios — nada disto havia penetrado na consciência da espôsa como capaz de atingir a imagem de Deus. O resultado do trabalho mental científico daquêle dia não foi sòmente a proteção do marido, mas a inspiração que continua a trazer consigo a alegria e o progresso.

À medida que o Cientista Cristão estuda o tema Deus, entrevê cada vez melhor Deus como Princípio e como rocha de sua salvação. A Christian Science apresenta o Princípio que é Deus, Mente divina, inteligência divina, a causa e o criador do homem e do universo. Revela que esta Mente, em virtude de sua unidade, exclui a crença numa mente mortal, negativa, a qual, por divisão própria do pensamento, tem a pretensão de criar outras mentes com seu cortêjo de conflitos e desarmonia. A Christian Science revela a Mente, que é Princípio, como Espírito ou Alma. A Alma, ou Deus, é Uma só, incluindo tôda beleza, tôda liberdade e paz. A lei de Deus é a lei da harmonia de tudo quanto realmente existe. Além disso, o princípio-Deus como Espírito, é a única substância, e nega tôda entidade ou lugar à crença na substância material e priva o mal de qualquer verdadeira morada ou teatro de operações. A lei do Espírito, que é Deus, é uma lei de suficiência.

A Ciência da cura-pela-Mente também revela o princípio-Deus em sua natureza trina como Vida, Verdade e Amor. Revela a Vida que é Deus, como Ser eterno, imutável, que nada sabe da crença universal de nascimento, crescimento, maturidade, declínio e morte humanos. A Christian Science expõe a Verdade, que é Deus, como Tudo. Sendo a única legisladora, a Verdade é a lei de extermínio das múltiplas crenças que se apresentam sob o disfarce de lei. Na Verdade não há mal-entendidos nem confusões. A Verdade é o remédio do Cientista Cristão para tudo quanto seja dissemelhante do bem. O princípio-Deus que a Christian Science torna conhecido, é o Amor. O Princípio divino, o Amor, abrange todo o ser. Na totalidade do Amor divino não há ódio nem medo, pois o Amor infinito não admite mente alguma senão a Mente que é Deus; não admite presença alguma senão a onipresença.

Os Cientistas Cristãos sentem-se felizes em saber que o Amor divino é seu libertador, que os livra de tôda escravidão. Com devoção procuram obter vislumbres mais claros do Princípio divino, o Amor, a fim de que tôda a humanidade possa sentir a influência libertadora do Amor. O Princípio causativo divino é Deus, o Amor divino que tudo abrange, nosso Pai-Mãe! Quão seguro, pois, está aquêle que tem a coragem de se firmar nesta revelação. Vivendo de acôrdo com suas leis e suas regras, cada um de nós pode, com certeza, achar sua morada, sua consciência de Cristo, fundada sôbre a rocha, o Princípio divino.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / abril de 1955

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.