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A Verdadeira Beleza das Coisas

[Original em alemão]

Da edição de abril de 1958 dO Arauto da Ciência Cristã


muitos anos, um praticista da Christian Science disse a esta articulista: “Um filho de Deus não deve sòmente ser sadio, virtuoso, inteligente, feliz e bem sucedido, mas, também, bonito.” A articulista, naquela ocasião, não compreendeu a declaração, pois achava que beleza era apenas uma característica exterior, de nenhum modo essencial à prática da religião, não tendo nada que ver com um filho de Deus.

Às vezes, porém, a articulista perguntava a si mesma: “Por que será que pessoas muito adiantadas em Christian Science, de modo geral, manifestam tanta beleza?” Um conferencista da Christian Science deu a explicação, embora ela não lhe tivesse feito a pergunta. Assim que a cumprimentou, êle expressou o seu prazer pelo bonito dia que fazia; depois, admirou as lindas flores que se achavam na sala de recepção. Após a conferência, comentou: “O auditório estava bonito sob a luz do sol,” e, olhando ao redor de si, quando o público saía da sala de conferência, acrescentou: “Um belo edifício.”

Aí está, pensou ela, essa gente ama o belo — montanhas e vales, lagos e prados, campos e florestas, e seus próprios jardins — mas nunca esquecem que a verdadeira identidade de tôdas as coisas é espiritual, o reflexo do Espírito, Amor, manifestando harmonia, santidade e beleza invioláveis.

Os Cientistas Cristãos provam com segurança que a sua religião enobrece o caráter humano, melhora a saúde, desenvolve abilidades latentes, oferece novas possibilidades de praticar o bem, e satisfaz os anseios pelo que é genuino e real. Assim, como resultado de uma vida de acôrdo com a Christian Science, os homens chegam-se mais a Deus, tornam-se mais semelhantes a Êle, ou refletem mais elevadamente as qualidades divinas.

Já pensámos alguma vez na beleza que Deus deve incluir? Inúmeras passagens bíblicas falam nessa beleza. Nos Salmos lemos (Salmo 104:1, 2): “Senhor Deus meu, tu és magnificentíssimo, estás vestido de glória e da majestade. Êle se cobre de luz como de um vestido.” E segue-se depois um cântico em louvor à glória de Deus e à beleza da Sua criação.

Lemos também na Bíblia que José era “formoso de parecer” (Gênesis 39:6) e que Daví era “formoso de semblante e de boa presença” (I Samuel 16:12). E à página 246 do Science and Health with Key to the Scriptures (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras) diz Mary Baker Eddy: “O homem, governado pela Mente imortal, é sempre belo e sublime. Cada ano que passa desenvolve mais sabedoria, formosura e santidade.” A ligação da beleza à sabedoria e à santidade indica que beleza é uma qualidade que deve ser percebida espiritualmente.

O Cientista Cristão deve amar tudo que é belo, porque no seu estudo êle está adquirindo melhor conceito de beleza, da mesma maneira que chega a um melhor conceito de saúde, de inteligência e de pureza. Todos os dias, grato e humildemente, êle aceita como suas estas qualidades, pois compreende que realmente somos, como nos diz Paulo (Romanos 8:17), “herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo”.

A articulista presenciou uma cura extraordinária graças à compreensão do que é a herança do homem. As mãos de um de seus filhos estavam cobertas de verrugas, e as unhas com aspecto muito feio, deformadas. Como aluno da Escola Dominical da Christian Science, êsse menino aprendeu que tal condição não expressava Deus, e que, portanto, não pertencia a um filho de Deus. O menino sentia acanhamento de mostrar as mãos, que por vezes causavam aborrecimento e desânimo entre os familiares, pois, embora muito trabalho já tivesse sido feito na Christian Science, o êrro persistia.

A moléstia não piorou nem melhorou. Continuou no mesmo, desafiadora, como se tivesse o maior direito de existir, até que a articulista deixou de se contrariar com o caso e começou a desviar por completo a sua atenção das mãos do menino e a pensar na invulnerável e inviolável beleza da criação de Deus. Começou a regozijar-se, mais do que nunca, com tudo que era belo — em casa, fora de casa, enfim, por tôda parte. Acordava o menino, tôdas as manhãs, com palavras que reconheciam o homem como amado, sadio, inteligente e belo. E juntos se alegravam sinceramente porque tinham o direito inalienável de reclamar a herança do homem do Pai celeste, o Pai que não priva os Seus filhos amados de bem algum.

Tôdas as manhãs renovavam o conhecimento de que a imagem de Deus não pode refletir algo que Deus não possua e afirmavam que Deus está “vestido de glória e de majestade”. De repente, certo dia, o menino disse à mãe: “Mamãe, você já notou que tôdas as verrugas desapareceram?” De fato, nem pareciam as mesmas mãos. Estavam bonitas e limpas, as unhas lisas e bem formadas.

Deu-se, ao mesmo tempo, outra demonstração, referente a um detalhe ao qual não se havia prestado nenhuma atenção especial. O cabelo dêsse menino, antes eriçado e rebelde, passou a ser liso e macio. E não foi só isso. Qualidades espirituais, que haviam sido afirmadas e reafirmadas, com satisfação, tornaram-se aparentes. O menino fez também extraordinário progresso na escola, e tanto lá como em outros lugares confiaram-lhe obrigações de importância e responsabilidade. Em um dia apenas foi curado de forte gripe, e freqüentes manifestações de irritabilidade cederam a uma natureza afetuosa e paciente.

À página 60 do Science and Health, Mrs. Eddy escreve: “O belo no caráter é também o bom, unindo indissolùvelmente os laços do afeto.” Não é bonito ser carinhoso, humilde, compassivo, inteligente e sadio? O realmente belo não está na matéria; está naquilo que expressa beleza, na Mente divina. O artista precisa, primeiro, imaginar a sua obra antes de lhe dar expressão material. Êle precisa formar beleza em seu pensamento antes de expressá-la. Até as teorias humanas admitem que necessitamos ter algum senso de beleza antes de poder criar ou, mesmo, apreciar o que é belo.

Os Cientistas Cristãos sabem que àquêle que compreende Deus são revelados todos os tesouros, porque só o que corre da fonte divina é belo. Compreender Deus significa pensar e agir de uma base sem limites. O Cientista Cristão considera sua obrigação trocar conceitos materiais por espirituais. À medida que assim faz, aprende a amar o verdadeiro e a ter horror ao inverídico, a dar valor ao genuino e a desprezar o falso. Nega a feiura assim como a beleza ilusória, tão consistentemente quanto nega ser real a enfermidade, não sòmente para êle, mas também para o próximo.

A Mente divina está sempre expressando perfeição e, portanto, no homem espiritual, reflexo exato da Mente, nem um só defeito pode ser encontrado. Mrs. Eddy diz no Science and Health (p. 264): “Quando aprendemos o caminho na Christian Science e reconhecemos o ser espiritual do homem, vemos e entendemos a criação de Deus,— tôdas as glórias da terra e do cêu e do homem.”


O Deus poderoso, o Senhor, falou e chamou a terra desde o nascimento do sol até ao seu ocaso. Desde Sião, a perfeição da formosura, resplandeceu Deus. — Salmo 50:1, 2.

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