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Pela Vida, não pela Morte

[O texto em inglês dêste editorial é encontrado à página 66]

Da edição de abril de 1958 dO Arauto da Ciência Cristã


Falando por ocasião de um serviço em comemoração da Páscoa, em sua Igreja, disse Mary Baker Eddy que o serviço não lhe falava de morte, mas de Vida (vide Miscellaneous Writings, p. 180). Jesus, na ressurreição, estava demonstrando o seu ser imortal.

Baseando suas conclusões no testemunho da Bíblia e do próprio Jesus, a Christian Science ensina que a crucificação foi apenas uma das fases finais na grande atividade exercida pelo Guia a fim de provar a unidade eterna e indestrutível do homem com Deus. A carreira de Jesus teria perdido sua alta significação se tivesse terminado com o seu enterro no sepulcro. Êle havia combatido nos outros a moléstia, a caréncia e demais discórdias e havia também ressuscitado diversas pessoas. Precisava, porém, ressuscitar o seu próprio corpo do sepulcro e, assim, mostrar que a chamada morte física não é um fator na existéncia real do homem. Tinha êle próprio que vencer o desafio do pronunciamento da mente carnal: “Estás morto.”

Tôdas as evidências materiais faziam crer que de fato o corpo de Jesus estava morto. Ela cessara de respirar na cruz, seu corpo fôra trespassado com a lança e completamente envolto em um lençol. Além disso, três dias haviam decorrido entre a crucificação e a ressurreição — tempo tido pelos contemporâneos como indiscutível prova da certeza da morte. Na sua carta aos Coríntios, Paulo expressa-se claramente sôbre a ressurreição do corpo de Jesus (I Cor. 15:12, 14): “Se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? ... E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.”

Mas quê dizer do Cristo, a verdadeira individualidade de Jesus — sua natureza espiritual, imortal? Nada poderia tocar esta pura, impecável consciência do bem. O Cristo está acima de tôdas as falsas pretensões e crenças de vida na matéria. Em razão de sua clara compreensão da eterna e indestrutível natureza do seu verdadeiro ser, Jesus nunca aceitou a crença de que seu corpo poderia morrer ou tivesse morrido devido aos maus atos de seus inimigos. Êle provou na ressurreição que esta experiência chamada morte não destrói o conceito mortal de corpo, pois êle mostrou aos discípulos o mesmo corpo que tinha antes de ser crucificado. Êle provou nesta grandiosa demonstração da ressurreição e ascensão que o corpo mortal não é material, mas mental. Para os discípulos, o corpo de Jesus pareceu levantar-se da terra para mais altas regiões em sua ascensão. Mas o ensinamento e a demonstração do Mestre dão evidência ao fato de que êle renunciou a tôda crença de vida na matéria e, na ascensão, encontrou-se em sua identidade perfeita e espiritual, sem acompanhamentos materiais.

Esta foi a sua demonstração final da natureza e existência puramente espirituais e eternas do homem como filho de Deus. Nesta grandiosa consecução êle não só havia vencido o mundo, como provou ser nula a matéria. A demonstração de Jesus sôbre a matéria e sua prova de filiação divina constituem o caminho, o que todos os homens devem seguir passo a passo para chegar à realização de sua individualidade e identidade completas como idéias de Deus.

Êle ressuscitou! Quando ouvimos esta gloriosa mensagem do anjo às mulheres que vieram ao sepulcro, ela deveria ter para nós mais do que uma significação histórica. Deveríamos perguntar a nós mesmos: Cristo, o ser do homem em sua verdadeira natureza, terá se tornado mais claro para nós no decorrer dêste ano que se passou? Progredimos em espiritualidade? E estaremos exemplificando diàriamente a verdadeira natureza da ressurreição em que as crenças de materialidade estão cedendo às verdades espirituais do Cristianismo científico? Estaremos preenchendo o duplo propósito de nossa missão a exemplo de Cristo: de dar esclarecimento espiritual aos nossos semelhantes e, assim, extinguir o pecado, a doença e outras discórdias mortais? Estaremos, progressivamente, demonstrando Vida, impecável, perfeita, eterna e indestrutível?

Nossa Líder nos forneceu auxílio para o progresso em espiritualidade em um dos Estatutos do Manual of The Mother Church (Manual da Igreja-Mãe). Sob o cabeçalho “Observâncias da Páscoa”, escreveu que, nos Estados Unidos, os membros da Igreja-Mãe não deveriam entregar-se a festividades, ou observâncias especiais, nem deveriam distribuir presentes por essa ocasião. Segue-se um regulamento para observâncias e práticas diárias (Art. XVII, Sec. 2): “Gratidão e amor deveriam estar em todos os corações em cada dia de todos os anos. Aquelas sagradas palavras de nosso querido Mestre, ‘Deixa aos mortos sepultar os seus mortos’, e ‘Siga-me’, clamam por esforços cristãos diários para se chegar a um modo de viver que exemplifique nosso Senhor ressuscitado.”

Eis, pois, a nossa obrigação diária: expressar amor e gratidão constantemente, abandonar as crenças de vida na matéria, e seguir o Cristo em tudo.

Há quem esteja hoje triste com a perda de um ente querido, outros com esperanças frustradas, desapontamentos, insuccessos, carências e ameaças de calamidade? Estas condições são crenças corruptíveis e mortais, que devem ser enterradas. Devem ceder à gratidão e ao amor, porque o amor é desinteressado, sem objetivo pessoal; e a gratidão vem da percepção da bondade e da provisão sempre presentes de Deus para todos os Seus filhos. O necessário é seguir o Cristo diàriamente. Assim fazendo, exultamos no gozo de nossa verdadeira herança como filhos de Deus e também no reconhecimento da natureza espiritual de Sua criação inteira.

Tomemos, nesta nova manhã de Páscoa, a resolução de ir para frente, com nossos olhos fixos na meta, que é a eterna maturidade em Cristo. Nossa Líder escreve na página 41 do Unity of Good (Unidade do Bem): “A doce e sagrada consciência da constante união do homem com o seu Criador pode iluminar nossa presente existência com uma contínua presença e poder do bem, abrindo de par a par o portal da morte para a Vida; e quando esta Vida surgir, ‘seremos semelhantes a Êle’, e iremos ao Pai, não pela morte, mas pela Vida; não pelo êrro, mas pela Verdade.”

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