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Trabalhando para a Igreja

Da edição de janeiro de 1963 dO Arauto da Ciência Cristã


Para os membros da Igreja de Cristo, Cientista, trabalhar para a igreja significa muito mais do que dar atenção pessoal aos vários cargos ou comissões para os quais são nomeados. Significa trabalhar devota e metafìsicamente a fim de trazer à luz, através dessas atividades, a idéia espiritual, a Igreja, e a fim de proteger a instituição humana que representa essa idéia na terra.

Lembram-nos que, quando Jesus fundou sua igreja sôbre a rocha, Cristo—a verdadeira idéia da filiação do homem com Deus—um de seus primeiros pronunciamentos foi de proteção. Êle disse a respeito de sua igreja (Mateus 16:18): “As portas do inferno não prevalecerão contra ela.” A declaração do Mestre foi eficaz, pois, sejam quais forem as vicissitudes pelas quais a Igreja tenha passado nos séculos que se seguiram à breve declaração dêle, o propósito espiritual da sociedade cristã tem persistido e sobrevivido.

A Christian ScienceNome dado por Mary Baker Eddy à sua descoberta (pronuncia-se: Crístien Çá'iens). A tradução literal destas palavras é: Ciência Cristã. elucida aquilo que se entende por “Igreja” mediante a definição que se encontra no Glossário de “Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras” (p. 583). Aí, Mary Baker Eddy dá primeiro o significado espiritual, que é: “A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dêle procede.”

A seguir, ela descreve a organização humana ideal nestas palavras: “A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade e que vem elevando a raça, despertando de suas crenças materiais a compreensão adormecida, para que perceba as idéias espirituais e demonstre a Ciência divina, expulsando assim os demônios, ou êrro, e curando os doentes.”

Enquanto persistir o êrro humano, êsses dois aspectos da Igreja permanecerão inseparáveis. A instituição progredirá no cumprimento das funções mencionadas, na medida em que, nos corações de seus membros, essas funções estejam relacionadas com “a estrutura da Verdade e do Amor”. De fato, é preciso compreender que essas funções relativas representam as atividades espirituais e absolutas que incessantemente se exercem na idéia, a Igreja.

Os membros de uma igreja precisam estar atentos para que, ao desempenharem seus deveres metafísicos para com a igreja, o façam firmados em uma base absoluta. Os membros geralmente são bem versados no modo correto de aplicar a Christian Science ao tratarem de pacientes. Êles baseiam seu trabalho sôbre verdades absolutas relacionadas com o caso, tais como a perfeição de Deus e do homem espiritual e o govêrno do homem pela lei divina. Êles sabem que uma percepção clara dessas verdades corrigirá as condições humanas discordantes. Mas, será que êles sempre observam o mesmo modo de proceder ao trabalharem para a igreja? Será que êles baseiam seu trabalho mental devoto sôbre verdades absolutas?

Mrs. Eddy deu muito pouca explicação a respeito da ideia absoluta, a Igreja, além daquela que se contém no primeiro parágrafo da definição que acabamos de citar. Uma parte da definição de “santuário”, também contida no Glossário de Ciência e Saúde, pode ser considerada como uma dessas explicações. Está assim redigida (p. 505): “O corpo; a idéia de Vida, de substância e de inteligência; a superestrutura da Verdade; o santuário do Amor.” Essa definição concorda com as várias referências de Paulo à igreja, a qual êle qualifica como corpo, e uma dessas referências é esta (I Coríntios 12:27): “Ora, vós sois o corpo de Cristo; e, individualmente, membros dêsse corpo.”

Também nossa Líder refere-se, às vêzes, à idéia absoluta como sendo a igreja triunfante. A verdadeira Igreja, “a estrutura da Verdade e do Amor”, é o corpo, ou seja, a corporificação ou expressão do Princípio divino. A Igreja espiritual é constituída de idéias e atividades governadas pela lei divina, a fôrça que é a vontade de Deus.

Uma estrutura não é meramente uma construção, mas implica uma combinação de partes. A ação coordenada das idáias na “estrutura” deve ser levada em conta como base de todos os deveres assumidos numa filial da Igreja de Cristo, Cientista. Cada dever precisa ser considerado como representando uma atividade absoluta que se exerce perpètuamente na superestrutura do Amor.

Por exemplo, com relação ao trabalho preparatório de uma conferência, o membro deve dar-se conta de que na “estrutura da Verdade e do Amor” Deus está transmitindo verdades divinas a Seu descendente, e isto de modo incessante e universal. Cada filho de Deus é inteiramente receptivo às Suas comunicações, anseia por elas, delicia-se nelas, compreende-as, preza-as. No reino do Espírito, há plena receptividade à Verdade e atração constante para ela.

Ao fazer preparativos para uma conferência, o membro de uma igreja percebe que as verdades absolutas estão presentes e em atividade, e que não está presente ou em atividade nada que possa anular ou contradizer tais verdades. Quando se tem consciência das verdades espirituais, elas passam a atuar como leis que controlam as circunstâncias da conferência humana. Crenças erradas e negativas não podem atuar como leis controladoras na ocasião em que nos compenetramos das verdades científicas.

Os Cientistas Cristãos estão tornando aplicável a declaração de Jesus de que “as portas do inferno não prevalecerão contra” a igreja quando compreendem que não há nenhuma mente má para afirmar que as atrações carnais, a apatia, a obtusidade, a cegueira espiritual, o mau tempo, a falsa teologia, a dominação médica ou a deliberada interferência mental possam obstruir a atividade curativa ou o êxito na transmissão da Verdade através de uma conferência da Christian Science.

O método científico de declarar as verdades absolutas e de negar os erros específicos é muito diferente daquele de fazer declarações relativas tais como as de que tôdas as pessoas da comunidade irão ser atraídas à conferência, que ninguém se sentirá sonolento, que o tempo estará bom, que a conferência será apreciada, e assim por diante. É possível que tais declarações relativas estimulem nossa expectativa de êxito, o que é bom, mas a substância real de nosso trabalho consiste em darmo-nos conta de que as verdades absolutas estão em atividade no reino divino em tôda a sua perfeição e que não há outro reino.

Quer os deveres para com a nossa igreja filial digam respeito à escola dominical, à sala de leitura, à eleição de funcionários, à música, ou a qualquer outra atividade, essa atividade deve ser relacionada com tudo aquilo que ela representa dentro da “estrutura da Verdade e do Amor”, e as verdades específicas e absolutas é que deveriam servir de base a tôda declaração feita. À medida que desempenharmos nossos deveres para com a igreja dentro do espírito do Cristo, nenhum dêles nos parecerá enfadonho ou perfunctório ou ainda desnecessário. A vitalidade da realidade que êles representam fluirá através de nós e abençoará a nossa igreja e o mundo.

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