Deus, por Sua própria natureza, não pode saber nada acêrca de êrro, fracasso, inabilidade. Por isso, o homem, que é a imagem e semelhança de Deus, não pode expressar tais erros. Visto que Deus é “perfeito em conhecimento” (Jó 37:16), o homem é a manifestação da inteligência e da sabedoria infinitas. A Christian Science* revela que o homem não pode deixar de expressar seu criador, e não há nada que possa impedir ou obstruir o desenvolvimento harmonioso e divino do bem para cada idéia individual.
É, de fato, uma experiência inesquecível o dar-se conta do plano de desenvolvimento que Deus traçou para cada um de Seus filhos. O amor e a solicitude de Deus estão sempre evidentes no Seu plano, porquanto êste é concebido e regulado pela inteligência da Mente divina, a Mente única.
Como idéias espirituais, ou filhos de Deus, todos os homens são iguais perante Deus. Êle não provê a uma idéia com habilidades excelentes e limita a outra. Um indivíduo não pode, entretanto, considerar-se um mortal e ao mesmo tempo demonstrar êsse senso positivo do ser. Dependendo do cérebro material ou da memória material, êle está sujeito às crenças de que a memória pode falhar, que êle pode aprender o material inaplicável, ou que lhe pode faltar um meio de expressão. Mas quando êle, em obediência aos ensinamentos da Christian Science, nega a existência de uma mente separada de Deus, então abre seu pensamento às percepções infinitas da Mente única.
Na página 506 do livro Ciência e Saúde, Mrs. Eddy escreve estas palavras inspiradoras: “O Espírito, Deus, reune em canais apropriados os pensamentos ainda não formados e desdobra êsses pensamentos, de modo que Êle abre as pétalas de um propósito sagrado, para que êsse propósito possa aparecer.” Aceitar nosso verdadeiro estado como o reflexo mesmo do Princípio divino, onisciente, que a tudo e a todos ama, é um passo importante e necessário para demonstrar o santo propósito de Deus para conosco.
Nem sempre é fácil nos libertarmos da tensão e da pressão que amiúde acompanham um período de exame. Ouvem-se muitas observações acêrca de falta de tempo, fadiga e sobrecarga da mente. O Cientista Cristão deveria regozijar-se na compreensão de que tais condições erróneas não têm nenhuma lei de Deus a ampará-las. O tempo e a limitação são desconhecidos para o Ser infinito, e a habilidade e a inteligência do homem não conhecem fronteiras, porquanto são emanações da Mente divina, não bens pessoais.
A praticabilidade dessas declarações foi provada à articulista numa ocasião em que a dúvida e a incerteza pareciam prevalecer. Tendo completado três anos de estudos universitários, foi-lhe necessário submeter-se a um exame oral perante uma banca de professores das matérias que ela havia estudado.
A articulista estava ciente de que, se fôsse reprovada nesse exame, todos os anos de estudos universitários teriam sido, em certo sentido, em vão, pois não colaria grau. Entretanto, como no passado tivesse experimentado a amorosa solicitude e o poder salvador divinos, ela se volveu a Deus, humilde e devotamente, em busca de orientação e ajuda. Foi com grande alegria e gratidão que ela observou como o plano divino se desenvolvia harmoniosamente desde o menor detalhe até o êxito da aprovação no próprio exame.
É claro que todos os preparativos humanos para uma prova como essa foram feitos conscienciosamente, mas a compenetração de que, como o diz nossa Líder (ibid., pp. 518, 519): “Nada é novo para o Espírito. Nada pode ser novidade para a Mente eterna, autora de tôdas as coisas, a qual desde tôda a eternidade conhece Suas próprias idéias”, suscitou-lhe uma convicção de habilidade dada por Deus, habilidade essa que nenhum estudo, por mais extenso que fôsse, poderia ter produzido.
É imperioso que todo indivíduo deixe suas dúvidas e seus receios e una seus pensamentos com o Cristo, a idéia espiritual de filiação, a fim de tirar proveito da sabedoria e do amor infinitos. Segundo as palavras de Mrs. Eddy (ibid., p. 260), “A Ciência revela a possibilidade de se conseguir todo o bem, e põe os mortais a trabalhar para descobrir o que Deus já tem feito; mas a falta de confiança na própria habilidade de conseguir o bem desejado e produzir resultados melhores e mais elevados, muitas vêzes impede que experimentemos nossas asas, e desde o início torna certo o fracasso.”
Sòmente à medida que utilizamos nossa compreensão da herança do homem como imagem e semelhança verdadeira de Deus, é que nossa unidade com Deus e Sua solicitude sempre-presente se pode tornar uma convicção inabalável para nós.
