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A primeira foto dos irmãozinhos

Da edição de janeiro de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã


Lá estava ele. O tão esperado irmão. O “irmãozinho” de quem a Mamãe e o Papai estavam sempre falando. Eles diziam “irmãozinho” como se fosse algo especial. Mas Miguel não tinha tanta certeza disso.

Lá estava ele: tão pequeno e já tão barulhento!

E ele era o único assunto da casa: “Cuidado, não seja bruto com ele.” “Abaixe o som da televisão. Ele está dormindo.”

Cuidado, cuidado e mais cuidado.

Desde que Papai e Mamãe trouxeram para casa aquele pacote embrulhado em um cobertor azul com uma carinha redonda dentro, só olhavam para o bebê.

“Que lindo, ele está abrindo os olhinhos!”

“Que lindo, ele está sorrindo!” “Que lindo, ele está fazendo beicinho!” Para mim, ele é não é nada engraçadinho!

“Mãe, não estou achando meu irmãozinho nada legal.”

“Você precisa ter paciência com ele, Miguel. Precisa esperar que ele cresça. Aí então, vocês poderão brincar juntos.”

“Com que brinquedos, mãe?”

“Com todos.”

“Não com os meus brinquedos. Ele pode brincar com o chocalho e com os bichinhos dele.”

Miguel estava triste, meio bravo, meio enciumado. Com certeza, o irmão não era tão legal como o Papai e a Mamãe achavam que ele era.

A toda hora a Mamãe ia olhar para ver o que o bebê estava fazendo, e para ver se ele, o Miguel, não estava muito perto do bebê.

“Não coloque nada na boca do bebê.”

“Não cubra o rostinho dele com o lençol. Pode sufocá-lo.”

Não, não, não.

“Eles acham que eu sou perigoso para ele”, pensou Miguel.

A mamãe estava cozinhando. O cheirinho doce de baunilha enchia a casa toda. O bebê começou a chorar baixinho, depois começou a gritar bem alto.

Miguel se aproximou do berço e olhou para seu irmão. A boquinha dele se abria muito a cada grito que ele dava.

Miguel estava para sair correndo para avisar a mamãe, quando o bebê parou de chorar. Aqueles olhinhos redondos brilhantes ficaram olhando para ele. A boquinha aberta se fechou, como se estivesse mandando um beijinho. De repente, o irmãozinho começou a sorrir para ele. Será que ele havia reconhecido o Miguel? Será que ele sabia que o garoto de cabelo encaracolado era o Miguel?

Miguel colocou as mãos através da grade do berço e o bebê segurou o dedo dele e o apertou forte, forte, com aquela mãozinha redonda e macia.

O bebê sorriu. Não, não era um sorriso qualquer. Ele estava sorrindo para o Miguel.

O bebê começou a fazer um barulhinho com a boca, como se quisesse falar com o irmão. Miguel sentiu algo muito forte em seu coração. Uma grande alegria.

“Eu sou o Miguel, seu irmãozinho”, ele disse. “Eu vou cuidar de você, vou brincar com você e não vou deixar ninguém chatear você ou fazer você chorar.”

Ele dizia isso de coração. Ele amava o irmãozinho..

Quando a Mamãe, surpresa com o silêncio das crianças, apareceu na porta do quarto, ela fez “clic, clic”, como se estivesse tirando uma foto dos irmãos. Embora não tivesse uma máquina fotográfica, ela queria se lembrar daquele momento para sempre.

Na “foto” havia um bebê no berço, sorrindo. Um garoto maior, com cabelo encaracolado, também sorrindo. E em volta do berço uma montanha de brinquedos. Todos os brinquedos de Miguel: ursinhos, carrinhos, aviões, soldados, bolas, quebra-cabeças, um jacaré, uma girafa e muitas outras coisas.

Clic, clic, a Mamãe tirou a foto.

E que linda essa primeira “foto” dos irmãozinhos!

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