Em fevereiro de 2004, participei de uma viagem programada pela escola que eu frequentava na época. Fomos passar o dia em Pointe Indienne, uma região à beira do Oceano Atlântico, não muito distante da cidade de Pointe-Noire, o centro econômico do nosso país.
No dia da excursão, quando estava saindo de casa, meu pai me deu uma seleção de passagens da Bíblia e de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy. Fui instantaneamente atraído à seguinte passagem de Salmos, e a li várias vezes: “O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre” (121:8). Mas, também pensei que era um pouco de exagero meu pai me dar todas aquelas passagens sobre proteção.
Compreendi que Deus estava no controle, tanto do meu progresso como do ritmo do oceano.
Então, chegou o momento tão esperado de nadar no oceano. Maravilhado ao contemplá-lo estendendo-se até o infinito, eu nadava de um lado para outro. Em seguida, comecei a nadar na direção do horizonte com o mesmo prazer que um campeão olímpico teria. Nadei durante um longo tempo. Entretanto, quando parei e levantei minha cabeça para admirar meu desempenho como nadador, percebi, tarde demais, que eu me distanciara muito, estava sozinho e cercado por uma enorme quantidade de água. A maré tinha uma força intimidadora. Não achava que poderia nadar de volta. Medo e desespero encheram meu pensamento e entrei em pânico. Disse em voz baixa: “Bem que meu pai tentou me avisar, mas resolvi bancar o sabichão”!
Naquele momento, lembrei-me de que havíamos aprendido na Escola Dominical da Ciência Cristã a afirmar, como filhos de Deus, nosso domínio sobre todas as circunstâncias adversas.
O Salmo 23 me proporcionou firme inspiração para enfrentar e superar essa situação. O versículo seguinte renovou meus pensamentos e esperanças: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo...” (versículo 4). Quando percebi essa verdade sobre a onipresença divina e sua permanente proteção, comecei a nadar vagarosamente, mas avançando de forma gradual em direção à praia.
Compreendi que Deus estava no controle, tanto do meu progresso como do ritmo do oceano. Nadava cada vez com mais segurança e força, reconhecendo que Deus é muito mais imenso e poderoso do que o oceano. Finalmente, com um pouco de esforço, cheguei à praia.
Agradeci a Deus de todo o meu coração por ter voltado são e salvo. Uma semana mais tarde, compartilhei este testemunho na igreja. No final da reunião, todos estavam felizes porque eu havia vivenciado a proteção de Deus e por ter colocado em prática o que havia aprendido na Escola Dominical.
    