Se você nunca passou por uma “avaliação de desempenho”, talvez não saiba como é defrontar-se com a opinião de seu gerente ou de seus colegas sobre você e seu trabalho. Certa vez, saí de uma avaliação com uma lista de 15 áreas nas quais necessitava melhorar. Que revelação!
Entretanto, uma vez que as correções que eu deveria fazer me foram apresentadas com uma atitude semelhante à do Cristo, com franqueza, com um interesse sincero no meu progresso e no bem da organização, e sentindo que uma avaliação honesta de meu desempenho havia sido feita, com seriedade comecei a fazer as correções necessárias. Fui instantaneamente abençoada.
Ao transmitir-nos seu evangelho de amor, Jesus mostrou como também era importante dizer aos outros quando estavam caminhando na direção errada. Pense nos fariseus ou nos cambistas do templo vendendo suas mercadorias.
Pense nos discípulos de Jesus, os quais ele encontrou dormindo no jardim, quando havia instado para que permanecessem alertas e orassem, ou quando repreendeu Marta, uma das irmãs de Lázaro, por estar mais preocupada com coisas mundanas e não cuidar o bastante de suas necessidades espirituais.
Lembre-se de quando Jesus disse sem rodeios a uma multidão de pessoas ansiosas que elas compareciam repetidamente aos seus sermões apenas pelos pães e peixes, ao invés de buscarem de forma sincera a compreensão espiritual de que necessitavam para melhorar sua vida.
Jesus fez todas essas admoestações e reprimendas por puro amor para com aqueles a quem se dirigia e por uma clara compreensão do potencial que tinham para se elevarem acima do pobre desempenho de um ser humano e de demonstrarem, cada vez mais, sua natureza espiritual inata, sempre presente e sempre perfeita.
Depois, houve a senhora que corrigiu Jesus quando ele, de início, recusou-se a curar sua filha. Ele havia dito a ela: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. A resposta dela? “Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos” (Mateus 15:26, 27). Pode ser que Jesus, valorizando a fé e a franqueza que a senhora expressou, tenha mudado seu proceder de imediato e curado instantaneamente a filha dessa senhora.
Mary Baker Eddy faz menção à “censura merecida” em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, quando diz: “Se um amigo nos apontar uma falta, ouviremos pacientemente a sua repreensão e daremos crédito ao que nos diz? Não daremos, ao contrário, graças por não sermos ‘como os demais homens’ ”? Ela também acrescenta: “Durante muitos anos a autora sentiu-se muito grata por censura merecida” (pp. 8-9).
Ouvimos com a receptividade do Cristo quando alguém, de forma amorosa, honesta e correta, nos aponta uma ação ou direção que necessitamos corrigir? Estamos vivenciando a cura e o progresso espiritual que essa correção semelhante à do Cristo pode trazer? Tal avaliação de desempenho pode nos fazer progredir de maneiras maravilhosas e inesperadas.
 
    
