Desejo contar a vocês a razão pela qual esse é o meu enfoque de hoje. Um senhor deu um testemunho de cura exatamente aqui em nossa igreja local da Ciência Cristã, em uma quarta-feira à noite. Ele costuma visitar esta região umas duas vezes por ano, e vem à igreja nessas ocasiões. Ele havia se preocupado muito com uma de suas filhas. Ela estivera muito doente; e foi curada. Ele encerrou o testemunho humildemente, com estas palavras: “Eu ficarei muito grato quando não tiver mais medo, mas, até lá, sou muito grato por ter a Ciência Cristã para enfrentar esse medo”.
Achei isso muito tocante. Sabemos que não devemos ter medo. Não queremos ter medo. Consequentemente, o poder de Deus, a lei do Amor, está em ação para nos ajudar, eliminando o medo e a evidência material, que é tão enganadora. Cristo Jesus deu provas dessas leis do Amor, mostrando-nos como nos libertar do medo. “Não temais” (João 6:20), disse ele aos seus discípulos. Disse até mesmo a um homem cuja filha havia morrido, que ele não deveria temer. As palavras de Jesus, antes de ressuscitar a menina, foram: “Não temas, crê somente” (Marcos 5:36).
Creio que é por isso que em seu livro--texto sobre a cura, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, nos ensina a começar o tratamento acalmando o medo (ver p. 411). Como fazemos isso? Como é que se elimina o medo? Essa seria uma tarefa gigantesca, se nós mesmos tivéssemos de realizá-la. Mas, é o poder do Amor divino que remove o medo. A Bíblia nos diz: “No amor não existe medo; antes, o Perfeito Amor [em outras palavras, o amor de Deus] lança fora o medo” (ver 1 João 4:18). Isso faz sentido quando nos pomos a pensar sobre esse assunto. Sabemos que Deus é Tudo, portanto, isso nos diz que o Amor divino é Tudo. Com base nesse fato, o que é que podemos concluir quanto ao medo? A totalidade de Deus, do Amor, nos diz que não existe medo!
Ora, será que a frase “o Amor lança fora o medo” surge porque o Amor se torna realmente rigoroso e elimina todo o medo? Não. O Amor lança fora todo o medo devido à sua totalidade. Não é como se o Amor estivesse aqui neste canto e todo o resto fosse medo. Muito pelo contrário, é o Amor que é tudo, portanto, como poderia haver medo?
Ao explicar esse ponto vital de como curar espiritualmente, Mary Baker Eddy escreve, falando sobre a Ciência Cristã: “A Ciência diz ao medo: ‘És a causa de toda doença; porém és uma falsidade constituída por si mesma — és escuridão, o nada. Estás sem ‘esperança, e sem Deus no mundo’. Não existes, e não tens direito de existir, porque ‘o perfeito amor lança fora o medo’ ” (Retrospecção e Introspecção, p. 61).
O que é que esse trecho está dizendo? Primeiro, está explicando como o medo tenta agir. O medo causa a doença, todo tipo de doença. O medo é escuridão, mas não é nada porque não tem Deus! Portanto, temos esta autoridade divina para lançar fora o medo em nome de Deus. “Medo, você não existe”. E por que razão? Como podemos dizer isso? Devido à totalidade de Deus! A totalidade divina não inclui o medo. Não pode existir a totalidade de Deus e o medo!
E nós fazemos parte disso? Claro que sim! Mas o poder é Deus. O poder é divino.
Vou ler apenas um pouquinho da Bíblia, do Novo Testamento, no livro de João, capítulo 6. Vou começar no versículo 17. Os discípulos entram em um barco. “Já se fazia escuro, e Jesus ainda não viera ter com eles. E o mar começava a empolar-se, agitado por vento rijo que soprava. Tendo navegado uns vinte e cinco a trinta estádios, eis que viram Jesus andando por sobre o mar, aproximando-se do barco; e ficaram possuídos de temor. Mas Jesus lhes disse: Sou eu. Não temais!”
Fiquemos calados por um momento. Vamos pensar sobre isso. Sobre o que significam as palavras: “Sou eu”.
Exatamente em meio a toda a agitação, seja na família, no escritório, no corpo. Ao invés disso, “Sou eu”. É o Cristo, não as ondas enormes, inundando seu barco (até mesmo afundando seu barco), não o medo, pressionando e invadindo. Ao invés disso, o Cristo está tomando posse da sua consciência. Exatamente onde todas as outras coisas estão acontecendo, “Sou eu”. O Cristo, o Amor.
Mary Baker Eddy escreveu: “A prática científica cristã...” [e isso se refere a qualquer pessoa que deseja curar espiritualmente, você mesmo, sua própria prática de cura] “...começa com a nota tônica da harmonia apresentada por Cristo: ‘Não temais!’ (Ciência e Saúde, p. 410). Realmente, a nota tônica da harmonia do Cristo é a nota tônica da saúde que o Cristo afirma.
E as primeiras palavras são: “Não temais”! É por aí que nós também começamos. Sempre. Ora, isso não é nenhuma novidade. Não é nenhuma surpresa. Mas pode parecer surpreendente como nós fazemos isso. É o amor de Deus que lança fora o medo, não nós. Nós detectamos o medo, mas o Amor divino é o poder que o destrói.
Seu dia começa com “Não temais”! Seu tratamento de cura começa por acalmar o medo.
Esses livros-textos sobre a cura, ou seja, a Bíblia e Ciência e Saúde, nos dizem: Comece não tendo medo, e o ponto de partida é Deus. Começamos a destruir o medo por meio do poderoso amor de Deus. Mas não é só isso! Há algo mais. Ao invés de: “Comece a destruir o medo por meio do amor de Deus”, o que queremos dizer é: “Tome o amor de Deus como o ponto de partida, e isso destrói o medo”.
Qual é a diferença? Claro, “começar a destruir o medo por meio do amor de Deus” coloca a responsabilidade sobre você. Você tem de fazer isso. Mas “o amor de Deus destrói o medo”, honra a Deus, o Amor infinito, como o poder em ação. Essa é uma diferença muito grande. E vamos ainda mais longe. O amor de Deus destrói o medo significa – o quê? Na totalidade do Amor, não existe medo. De novo, a totalidade de Deus não pode existir junto com o medo. Isso é impossível! Portanto, “O Amor, o próprio Amor divino, lança fora todo medo”. Isso é muito diferente de dizer: “Você tem de parar de ter medo”.
Estou me lembrando de algo que Deus me disse há muitos anos, quando eu estava me preparando para dar minha primeira palestra. Eu não estava nervosa, mas quando essa ideia surgiu em minhas orações naquele dia, eu estava pronta para ir em frente, sabendo: “Não é você que tem de ter o poder; você tem apenas de honrar o poder”.
Portanto, a situação nunca é você frente ao medo. É sempre o Amor divino frente ao medo. O que estamos dizendo? É a totalidade de Deus frente ao medo.
Vamos mencionar alguns tipos de medo, para saber sobre o que estamos falando. O que entra na categoria de medo?
A raiva é medo?
Os sentimentos negativos são medo?
A voluntariosidade é medo?
Algumas doenças são medo?
Todas as doenças são medo?
Sentir-se pressionado pela medicina – é medo?
Existem sentimentos materiais negativos que se situam fora do campo do medo, ou será que toda negação de Deus é medo?
Portanto, quando dizemos: “A totalidade de Deus frente ao medo”, estamos dizendo que a totalidade de Deus descarta qualquer coisa que negue a Deus. Desse modo, aquela declaração a que nos referimos anteriormente: “sempre comece acalmando o medo”, se deve ao fato de que tudo o que nega a Deus é medo.
Nós já sabemos que o Amor divino lança fora o medo. Portanto, o Amor divino lança fora a doença. É uma única e a mesma ação.
Se você tiver uma Bíblia à mão, queira abri-la em 1 João, capítulo 4:18: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor”. Eu leio esse versículo do começo ao fim e, em seguida, do fim para o começo. “Aquele que teme não é aperfeiçoado no Amor, porque o medo produz tormento; mas o perfeito Amor lança fora o medo. No Amor não existe medo ”. Em outras palavras, quero concluir com o poder de Deus, o poder do Amor divino em ação, ao invés de concluir com a explicação de como o medo tenta entrar em ação.
Portanto, “não existe medo no Amor”. Isso não é como dizer: “Não deveria existir medo no Amor”. É o contrário: “No Amor não existe medo”. Uma vez que o Amor é Tudo, então o medo não existe. Desse modo, sabemos que o medo é um impostor, uma fraude. Não é a autoridade que ele parece ser.
Deixe a Bíblia aberta e, ao mesmo tempo, se você tiver o livro Ciência e Saúde à mão, queira abri-lo na página 410, linha 17. Leia essas frases em silêncio. Elas estão citando o versículo da Bíblia de 1 João, que diz que não existe medo no amor. Você está vendo a letra maiúscula? A palavra Amor começa com A maiúsculo em Ciência e Saúde. Que diferença faz?
Isso nos obriga a sair do estado mental que diz: “Ah, o meu amor não é perfeito; o meu amor não é bom o bastante para curar isso. Não posso fazer isso”, mas o A maiúsculo nos faz dizer: “Ah, Deus é Amor. Isso é poder. Ah, isso se refere a Deus”! Não se trata de questionar se você pode fazer isso.
Isso se refere a Deus! Isso se refere a Deus! Isso se refere a Deus!
Mary Baker Eddy ousou tomar a Palavra de Deus literalmente: “Eu sou Deus, e não há nenhum outro”. Não existe medo.
A frase “O perfeito Amor lança fora o medo” coloca a expressão “Não temais” em um contexto muito diferente. “Não temais” é lei espiritual, poder espiritual. Não é uma realização pessoal. Quando Jesus disse: “Não temais”, ele estava incluindo nesse mandamento o poderoso fato de que não existe o medo.
Jesus conhecia a Deus. Ele conhecia a Deus como o Amor. As palavras “Não temais” não nos posicionam contra o medo. Elas nos asseguram de que não existe nenhum medo.
Há uma enorme diferença entre: “É melhor não ter medo” e “Não existe medo”. Essa diferença muda decisivamente as regras do jogo.
Sabemos que não “deveríamos” ficar com medo. Quando temos medo de alguma coisa, aberta ou mesmo secretamente, não estamos livres do medo. É claro, dizemos “não” a qualquer medo e a todos os medos. Mas o que está em ação em você é a totalidade de Deus, a totalidade do Amor. O Amor divino está fazendo isso para nós. O Amor é o poder em sua vida. Essa é a razão pela qual em sua vida reina a ausência de medo. Você tem de tomar uma posição radical.
Enfrente alguns medos, como este: “Acho que eu não sou um pensador espiritual muito bom, não sou um sanador espiritual”. Uau! É o Cristo que cura, não você. Uma das minhas alunas enviou-me um e-mail dizendo que ela está aprendendo a ser “mais rápida do que o medo!” Nós erradicamos o desfile do medo muito mais depressa quando encaramos o medo como um impostor.
Aqui está outro medo: “Será que vou ficar livre deste problema algum dia”? Não é simplesmente o medo que causa esse desânimo? Além disso, ele não é seu medo! Mas é assim que o mundo tende a pensar. Esses são os mesmos argumentos de sempre, com certeza as mesmas tentações que Jesus enfrentou. Os mesmos velhos tipos de medo, os mesmíssimos.
Em Mateus 4:1-11 encontramos o relato de Jesus, quando foi tentado. Esse relato é o meu favorito nas Escrituras. Jesus estava dominando os tipos de medo que o importunavam. Eles perguntavam: “Se fosses Filho de Deus...” É interessante observar que Jesus não discutiu com esses pensamentos negativos, não é? Ele argumentou contra eles, afirmando a verdade: “Está escrito”, ou seja, a verdade a respeito de Deus e o homem, e foi assim que ele lançou fora o apelo do medo.
Depois, como é que começa o próximo argumento, a próxima sugestão contra Jesus? Com o mesmo insulto pessoal! “Se fosses Filho de Deus...” Para os dias de hoje isso quer dizer: Se você fosse um bom sanador espiritual... Portanto, temos de fazer exatamente o que Jesus estava nos ensinando em Mateus 4. Permanecemos com a verdade com mais persistência e certamente com mais alegria.
Jesus não estava declarando algumas verdades secretas que você não conhece. Nós sabemos o que ele disse. Sabemos como ele orava. Em algumas ocasiões ele até mesmo contou como pensava. Ele nos contou. Não havia ninguém ali com ele, quando vieram as tentações. Também não havia ninguém com ele no Getsêmani, para registrar o que ele estava pensando. Que generoso da parte dele ter-nos contado! Nós realmente conhecemos a verdade com a qual Jesus estava trabalhando e na qual estava confiando para chegar à cura. Portanto, não estamos procurando algumas verdades desconhecidas. Ele nos disse para lançar fora o medo porque ele sabia que o medo não era poder. Ele sabia que não havia poder separado de Deus. Ele sabia que não existia o medo.
Alguns de vocês lembram que o Presidente Franklin Roosevelt disse: “A única coisa que temos de temer é o próprio medo”. Sabemos o que ele queria dizer, mas nós não temos medo do medo! Nós lidamos com o medo mediante o poder do Amor divino.
Jesus disse bem claramente: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha” (Mateus 7:24, 25). A Rocha: o Cristo, a Verdade, a Verdade destemida! Jesus não disse que, se construirmos sobre a rocha, não haverá tempestades. Ele disse que sobrevivemos às tempestades porque já estamos firmados nessa Rocha, o Cristo!
Vamos falar um pouco sobre a conexão entre o medo e a doença. Sabemos que o medo pode ser muito agressivo. Ele é agressivo mesmo quando é sutil. O medo é agressivo porque ele entra sorrateiramente ou ataca sem ser anunciado e desfila como se nós é que estivéssemos com medo, como se ele fosse o nosso próprio pensamento. Mary Baker Eddy o desmascarou como sugestão mental agressiva.
O que dizer da doença? Você está disposto a abandonar a premissa de que a doença é uma entidade física? Então você está pronto para avançar mais rapidamente em direção à cura. Tal como o medo, o câncer, a diabetes e a artrite também são agressivos. Você está disposto a admitir que eles não são doenças? Eles são sugestões. Não são uma realidade agressiva. Não são um poder agressivo. Não são verdades agressivas. Em vez disso, são sugestões mentais agressivas.
Mary Baker Eddy deu provas, em centenas de curas, de que o medo é destituído de poder.
Portanto, nós ligamos os pontos. Uma vez que o medo é sugestão mental agressiva e a doença é sugestão mental agressiva, o que é que isso quer dizer? Doença é medo. O fato é que Ciência e Saúde nos diz exatamente isso. Muito claramente: “A doença é uma experiência da chamada mente mortal. É medo manifestado no corpo” (p. 493). Resumindo: doença é medo.
Mas nós já sabemos que o Amor divino lança fora o medo. Portanto, o Amor divino lança fora a doença. É uma única e a mesma ação. Há um hino que confirma essa conexão, nestas palavras: “O Amor lança fora todo o medo... O Amor cura todos os nossos males” (Tradução livre do original em inglês, letra de Margaret Morrison, Hinário da Ciência Cristã, N° 179, © CSBD). De novo, é uma única e a mesma ação.
Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, compreendia a nulidade do medo porque compreendia a totalidade de Deus. Ela escreveu a um de seus alunos: “A cura se tornará mais fácil e será mais imediata, quando compreenderes que Deus, o Bem, é tudo e que o Bem é o Amor. Deves alcançar o Amor [ela está falando sobre o amor de Deus, o Amor divino], e desprender-te do falso senso que chamamos de amor. Deves sentir o Amor que nunca falha, esse perfeito senso de poder divino que faz com que a cura já não seja simplesmente um poder, mas a graça. Assim terás o Amor que lança fora o medo e, quando o medo desaparece, a dúvida desaparece e teu trabalho está completo.” (Mary Baker Eddy: Christian Healer, Amplified Edition [Mary Baker Eddy: Uma Vida Dedicada à Cura, Edição Ampliada], p. 396).
Mary Baker Eddy deu provas, em centenas de curas, de que o medo é destituído de poder. Certo dia, um senhor veio vê-la, usando óculos escuros. Ele lhe contou que um de seus olhos havia ficado ferido em um acidente, por isso ele usava os óculos escuros para esconder o olho em mau estado. Esse senhor era artista de circo e ela o havia visto certa vez saltar de uma grande altura. A Sra. Eddy perguntou se ele tinha medo quando dava aquele grande salto. Ele respondeu que, se tivesse medo de saltar de tamanha altura, já estaria morto. Depois de conversar com ele algum tempo, ela disse: “Por que não aplicar a mesma regra a seus olhos?” (a saber: total ausência de medo.) Enquanto conversavam, o medo dele desapareceu e seu pensamento encheu-se de esperança e alegria. Ele não se deu conta da bênção que recebera naquele momento, mas depois que partiu, ao chegar à estação, seu olho estava curado (ver Mary Baker Eddy: Uma Vida Dedicada à Cura, pp. 207-208).
Não admira ela ter escrito que aqueles que “não acreditam na realidade da doença, curam a doença...” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 300). Uau! Aqueles que não acreditam na realidade da doença, em outras palavras, aqueles que não a temem, curam a doença. Mas, vamos colocar isso no contexto daquilo sobre o qual estamos falando. Aqueles que admitem que o Amor divino lança fora o medo, curam a doença. O amor de Deus lança fora o medo significa o mesmo que o amor de Deus lança fora a doença.
Você aceita isso? Você acredita nisso? Então, vamos parar de justificar a doença: “Bem, esta doença é hereditária; esta outra começou há alguns anos; esta é porque estou sempre muito exausto; e esta é porque comi tal e tal coisa”.
Agradecemos a nosso amado Deus, a infinita e divina Mente, Verdade e Espírito, por nos fazer despertar da crença na doença. Nós despertamos para o amor do Espírito, o amor da Verdade. Não estamos tentando fazer com que a doença vá embora; estamos compreendendo que não existe a doença. Porque amamos a totalidade de Deus, a totalidade do Espírito, a totalidade do Amor, que nos são muito caros ao coração.
Será que é o medo que constitui todos os argumentos que você enfrenta? Sim! Nunca se trata de uma dor na perna, um diagnóstico de câncer, um relacionamento difícil, uma perda financeira. É medo. Apenas medo.
Outro hino nos fala de onde obtemos as forças para descartar o medo: “Não temas, contigo Eu sempre estarei”. O hino não diz: Não temas, você pode fazer isso. “Não temas, contigo Eu sempre estarei, Pois sou o teu Deus, e valor te darei. Amparo, ajuda, vigor acharás; ... (Hinário da Ciência Cristã, N° 123, adaptado, © CSBD).
Portanto, dê o salto! Esses desafios físicos são o chamado para crescer em graça, caminhar no Amor e honrar o Espírito. Você tem medo de caminhar um passo a mais com Deus, tem medo de honrar a Verdade diariamente, de crescer espiritualmente? Claro que não!
Ora, será que isso significa que não devemos tratar do ressentimento, da mágoa e do pesar da mente humana? Nós definitivamente temos de tratá-los, mas a partir do que a Mente divina conhece, a partir da Ciência da cura-pela-Mente, não a partir da sugestão de que esses sentimentos sejam reais.
Nem o câncer nem o ressentimento são reais.
Nem a doença do coração nem o medo são reais.
Nem a dor nem a pressão são reais.
Nem a doença nem a imoralidade são reais.
De novo, seja mais radical!
Mas, e se você ainda sente medo? Será que isso elimina a possibilidade de você ser curado? Deus é maior do que o medo. Deus é infinitamente maior do que o medo. Já fui testemunha de muitas curas em que a pessoa ainda estava com medo. Você talvez conheça a experiência de Jesus, no caso de um pai cujo medo em relação a seu filho era tão grande, que ele clamou: “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!” (Marcos 9:24). Em outras palavras: “Estou duvidando e tenho muito medo”. Jesus não disse: “Então, não posso ajudá-lo”. Ele curou o menino. A cura espiritual não depende da mente humana, ou seja, da mente humana se livrar do medo. A cura espiritual está ancorada na Verdade!
A Bíblia algumas vezes nos surpreende ao mostrar-nos como o medo tenta dominar a situação. Estou olhando o relato em 1 Reis 17:19. Deus indicou uma viúva que iria dar sustento a Elias. (Em realidade, acho que Deus enviou Elias para dar sustendo a ela.) Entretanto, logo depois o filho dela morre e ela põe a culpa em Elias. Em seguida, Elias põe a culpa em Deus! Isso está no versículo 20. Então, ele tentou um método material (no começo do versículo 21). Por que é que ele fez essas coisas? Talvez estivesse com medo. Esse grande e notável profeta, que mais tarde ascendeu, talvez estivesse lidando com o medo. De acordo com o que se sabe, ele nunca havia enfrentado uma situação como aquela. Ele não queria ter medo. Nós estamos apenas perguntando: “Mas, e se ainda estivermos com medo”? Não é tarde demais para orar! E foi isso o que Elias fez: “Ó Senhor, meu Deus, rogo-te...” Orar a Deus! Orar com Deus. Consequentemente, a vida da criança foi restaurada!
Nós oramos e isso é o poder do Amor divino em ação.
Nós vivemos em uma era em que se adora a opinião médica, mas isso não muda o poder divino. O mundo prospera no medo à matéria e no medo aos diagnósticos médicos, inclusive quando fazemos nosso próprio diagnóstico médico.
Este livro é Ciência e Saúde. Não é Você e a Saúde. Você não é o poder. Você é aquele que recebe. Não estamos agindo como Deus, não estamos assumindo o papel de Deus, não estamos contando o caso a Deus. Estamos amando a Deus. Um amigo viu estes dizeres no adesivo de um para-choque: Existe somente um Deus. Por que você está sempre querendo o emprego dEle?!
Você alguma vez já teve a tentação de pensar: “Eu amo a cura espiritual e ela realmente me ajuda de muitas maneiras, mas os desafios físicos são mais difíceis de resolver”? Preste atenção à maneira como esse argumento se apresenta: Você não diz ou pensa que para você os outros desafios são fáceis. Você sabe que é Deus que está em ação a seu favor. Mas quando se trata de desafios físicos, existe a tendência de dizer que são mais difíceis. Não dizemos que Deus não é capaz de realizar curas físicas, porque existem incontáveis curas de desafios físicos. Não estaria essa sugestão, de que é mais difícil resolver problemas físicos, dizendo: “Eu tenho de fazer isso”, quando nos referimos a problemas físicos? Isso não é muito diferente de Mateus 4, Jesus sendo acusado, em seu próprio pensamento, de que ele não podia transformar as pedras em pão e assim não era nem mesmo capaz de se alimentar. Uma necessidade bem básica.
Na totalidade do amor de Deus, não existe medo.
Apenas como um aparte, você lembra das ocasiões, mais tarde, quando ele não tinha alimento nem para si mesmo nem para todo o seu grupo, dia após dia? E assim mesmo alimentou multidões. Foi Jesus que mais tarde nos disse: “Eu nada posso fazer de mim mesmo” (João 5:30). Ele não disse: “Eu nada posso fazer”. Mas sim, “Eu, de mim mesmo, nada posso fazer”. Essa conclusão, essa inspiração, por certo foi fruto de oração profunda. Não podemos, nós mesmos, curar algo. Portanto, paremos de adorar a aparência física e humildemente adoremos o poder do Espírito para curar, como Jesus fazia.
Mary Baker Eddy pergunta em Ciência e Saúde: “Em vez de defender tenazmente os supostos direitos da moléstia ... não seria melhor abandonar essa defesa... ?” (p. 348).
Sim. Não negarei Teu nome: A Onipresença. A Toda-presença. O Todo-poder. A cura não leva tempo. Ela requer a Verdade. E você a tem. Deus a está dando a você. Não estou dizendo que não trabalhemos. Nós trabalhamos! Nós estudamos e oramos; estudamos para dar força à nossa oração. Não se trata de trabalhar sob pressão, mas sim de ver que o trabalho é precioso.
Esses são chamados espirituais, não ameaças materiais. O anticristo não pode se opor ao Cristo sanador. O anticristo é o ódio à ideia espiritual e à cura espiritual. Será que precisamos melhorar nossa capacidade de tratar desse tema? Claro que sim, e essa é a razão de nossa vida. E não é algo que nos pressiona, mas sim a oportunidade de ver que é uma atividade preciosa. Caminhar nesta senda espiritual, a senda que Mary Baker Eddy trilhou durante toda sua vida dedicada à cura, para poder nos dar este livro, Ciência e Saúde, vindo direto da Bíblia, dizendo-nos que Deus é infinitamente maior do que o medo. Isso tem um valor precioso.
Houve muitas curas na minha família. Em certa ocasião, meu marido ficou sem conseguir falar, escrever ou ler, nem mesmo pensar claramente. Essa situação se arrastava já havia tempo. Certa noite, estávamos na sala. Ele estava sentado na minha frente, no sofá, e apanhou um livro. Eu sabia que era o Hinário da Ciência Cristã e ele permaneceu em uma determinada página, olhando-a fixamente. Em seguida, ele levantou os olhos e conseguiu, com ansiedade, dizer uma palavra: “Ler”. Imediatamente fui me sentar ao lado dele. Logo entendi que o que ele queria não era que eu lesse. Eu havia lido muitíssimas vezes para ele. Era ele que queria ler aquelas palavras sanadoras da Verdade. Começamos bem devagar. “Ó sonhador, desperta do teu sonho… [abandona teus medos] … te ergue livre e são...” Apesar de ser um hino curto, levamos horas com ele. Afinal, chegamos às palavras: “[O Cristo] Vem conceder... ao mudo, a voz” e, finalmente: “A ti, cativo, vem o Salvador” (Rosa M. Turner, No. 412, © CSBD). O Cristo. O Cristo sanador. E foi assim. Meu marido começou a falar, a escrever e a ler com desembaraço e a pensar com clareza. O medo desaparecera. Mas isso foi realmente devido à totalidade do amor de Deus. Não existe medo.
Um salmo nos faz lembrar que “Os teus pensamentos [de Deus], que profundos!” (92:5). Você está seguro no pensamento de Deus. Você está seguro no amor de Deus, seguro no amor de Deus, onde não existe medo.