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Todas as nossas necessidades são satisfeitas

Da edição de novembro de 2015 dO Arauto da Ciência Cristã

Original em francês


A Bíblia está repleta de histórias que mostram como Deus satisfaz às necessidades das pessoas. Desde a época em que o povo de Israel peregrinava pelo deserto, até a época dos patriarcas e profetas, entre eles Elias e Eliseu, e de Cristo Jesus e seus discípulos, houve muitas demonstrações da presença, do poder e do amor de Deus.

Assim, talvez nos perguntemos: Como é que Deus conhece as necessidades do homem e as satisfaz?

A fim de encontrar uma resposta a essa pergunta, analisemos, por exemplo, o que Jesus fez para satisfazer às necessidades de milhares de pessoas famintas, com apenas sete pães e alguns peixinhos (ver Marcos 8:1-9). Com relação a essa história, Mary Baker Eddy coloca esta pergunta: “Como é que foram multiplicados os pães e os peixes nas margens do mar da Galileia — e nesse caso também, sem farinha nem células de onde pudessem vir o pão e o peixe?” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 90). Um pouco antes, a Sra. Eddy declara: “A matéria não é nem inteligente nem criadora” (p. 89). Portanto, precisamos olhar para fora da matéria para perceber como as necessidades são satisfeitas. “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”, disse Jesus (Mateus 6:33).

Antes que os pães e os peixes fossem compartilhados com o povo, Jesus não perguntou quantas pessoas precisavam ser alimentadas. Ou seja, o número de pessoas não era importante, pois Jesus sabia que todas elas receberiam de uma forma que satisfaria suas necessidades. Mesmo assim, ele agradeceu a Deus. Lemos no Evangelho de Marcos: “...E, tomando os sete pães, partiu-os, após ter dado graças...” (8:6). Ele fez a mesma coisa antes de ressuscitar Lázaro dos mortos: ele agradeceu a Deus (ver João 11:41). Se Jesus expressou gratidão antes que o bem se tornasse visível aos sentidos humanos, foi porque ele sabia que Deus, o Espírito infinito, está sempre presente e é a única substância; que o bem está disponível em abundância, neste exato momento, quer seja em forma de substância, vida ou saúde. Essa profunda e clara percepção o levava a solucionar de forma imediata os problemas que enfrentava.

Quando agradecia a Deus, Jesus estava elevando seu pensamento a Ele, afastando-se assim, resolutamente, das limitações da mente mortal, de tudo o que parecia ser uma evidência dos sentidos humanos e de todas as alegações das ciências físicas. Visto que Jesus reconhecia somente uma única Mente, sua consciência humana estava ricamente imbuída da verdade e cedia à Mente divina. Por ser o Filho de Deus, Jesus sabia que sua identidade real era a imagem e semelhança de Deus e que a Mente divina se expressava nele como sua própria Mente.

Não existem duas mentes, a divina e a humana, mas somente uma única Mente divina. Essa é a razão pela qual Jesus sabia que aquilo que parecia ser uma necessidade humana já havia sido satisfeita, antes que a solução ficasse visível aos sentidos mortais. O Mestre expressou isso claramente quando, antes de ressuscitar Lázaro dos mortos, disse: “...Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste” (João 11:41, 42).

O Cristo, que Jesus manifestou de forma tão perfeita, é sempre ouvido. Como poderia ser diferente, visto que o Cristo é a expressão do existir de Deus? O Cristo é revelado ao nosso pensamento receptivo e a natureza do Cristo se manifesta em nós como amor, perfeição, saúde, completude, harmonia, abundância de bem, equilíbrio. Todavia, a consciência humana, material, ou o que a Sra. Eddy chama de mente mortal, necessita de sinais tangíveis para acreditar na Verdade e aceitá-la, daí os “milagres” de Jesus, ou seja, os sinais que comprovam a verdade de seus ensinamentos. O seguinte versículo do Evangelho de João confirma esse fato: “Soube numerosa multidão dos judeus que Jesus estava ali, e lá foram não só por causa dele, mas também para verem Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos” (12:9).

Poderíamos dizer, a partir desses exemplos, que Deus conhece as necessidades do homem? Será que Deus sabia que havia milhares de pessoas famintas ouvindo a Jesus? Será que Deus tinha conhecimento da doença e morte de Lázaro? Será que Deus conhece nossos problemas e dificuldades?

Deus é infinito e, por isso, é Tudo-em-tudo, é a única Mente, a fonte de todo o conhecimento, de toda a inteligência e de toda a sabedoria. Deus só pode estar consciente de Si mesmo, de Seu existir, de Sua natureza, de Sua plenitude e da perfeição de Sua obra. Ele vê a Si mesmo refletido no homem, uma vez que o homem é Sua imagem. Por isso, compreendemos que os conceitos de necessidade, carência e imperfeição são totalmente desconhecidos para Ele. O homem, Sua ideia espiritual, já possui tudo de que necessita, porque é o reflexo de Deus.

Então, como é que obtemos uma resposta para o que parece ser nossa necessidade? O que é que faz com que essa resposta se torne visível?

Na verdade, Deus não nos responde como se Ele fosse uma pessoa com a qual estivéssemos conversando, um ser separado de nós. Quando nos conscientizamos de que somos um com Deus, compreendemos que nossas necessidades já estão satisfeitas. Para ilustrar isso, podemos usar o princípio da matemática. Compreendemos facilmente que não é esse princípio que resolve os problemas, porque não tem conhecimento de nenhum problema matemático. Mas os seres humanos recorrem a esse princípio para obter soluções e respostas, e as encontram aplicando as regras que aprenderam.

Quando oramos, é o próprio amor de Deus, manifestado por meio do Cristo, o que nos capacita a ceder à Verdade e traz ao nosso pensamento as ideias espirituais de que necessitamos. Quando nos voltamos a Deus em oração humilde e sincera, e deixamos de lado o problema, ou seja, quando, com poder e segurança espirituais (mesmo se a dificuldade parecer enorme), nos viramos em direção oposta ao erro e reconhecemos que Deus tem todo o poder e que nada pode se opor aos Seus pensamentos (ver Jó 42:2), a mente humana cede à infinitude da Mente divina. Isso traz a convicção de que existe somente uma única Mente, Deus, o bem, e que essa Mente é, em realidade, nossa Mente. Então compreendemos que tudo já está feito e que nada nos pode faltar, quer seja sustento, saúde, vida ou amor.

Assim, compreendemos não somente como a multiplicação dos pães e a ressurreição de Lázaro foram possíveis, mas também que “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana” (Ciência e Saúde, p. 494).

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