Em setembro de 2014, mudei-me para a Alemanha para estudar por um ano em uma universidade em Munique. Já no primeiro mês, tive muitas oportunidades de aprender mais sobre Deus, de colocar em prática o que estava aprendendo e de alcançar curas. Gostaria de compartilhar dois exemplos.
Certa manhã, na terceira semana após minha chegada, acordei muito cedo e me senti bastante solitária e com saudades de casa. Estivera me sentindo assim repetidas vezes; era um sentimento que ia e vinha. Alguns dias, eu me sentia muito feliz e grata por estar aqui e então, um segundo depois, sentia-me deprimida, triste e sozinha. Havia orado muito desde que chegara à Alemanha, mas, honestamente, não acho que estava vivendo em conformidade com minhas orações (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, p. 9).
Naquela manhã, em particular, recebi inesperadamente um texto de uma querida amiga, que também mora em Munique e é Praticista da Ciência Cristã. Ela desejava compartilhar comigo algumas ideias que lhe vieram ao pensamento. Eu não havia mencionado a ela a respeito de como eu estava me sentindo naquele dia, mas ela compartilhou estas ideias comigo: “Deixe o mundo VER que você está grata, feliz, e expressando sentimentos semelhantes. Pense em como você pode MANIFESTAR alegria e apreço pelos outros. Você tem isso em seu coração e agora torne isso mais visível. Não espere até que as pessoas a enxerguem. ENXERGUE-AS como Deus as criou. Esteja atenta às possibilidades que surgem de EXPRESSAR as qualidades que Deus lhe deu. Deixe que todos VEJAM essas qualidades. Deixe a sua luz brilhar”.
Essas palavras me impressionaram muito. Que ideias poderosas! Li inúmeras vezes o que minha amiga escreveu, deixando que meu pensamento absorvesse essas ideias. Realmente, procurei seguir, com todo o coração, a mensagem “deixe a sua luz brilhar”. Naturalmente, eu estava familiarizada com estas palavras que Cristo Jesus proferiu no Sermão do Monte, quando ele instruiu aqueles que o ouviam: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:16). Comecei a viver em conformidade com minhas orações. Ao longo dos dias seguintes, descobri muitas maneiras de “deixar minha luz brilhar”, de não me centrar em mim mesma, de me voltar para fora e buscar oportunidades de amar os outros ativamente.
Assim que comecei a colocar minhas orações em prática, para demonstrar o que eu estava aprendendo na Ciência Cristã, a solidão e a saudade de casa desapareceram quase que de imediato. Tive a certeza de que esses sentimentos não retornariam e, de fato, eles não retornaram.
Agradeci a Deus por minha querida amiga, pela inspiração que ela havia recebido e por sentir, de maneira muito profunda, a influência sanadora do Cristo em minha vida. Essa experiência me ajudou a ver mais claramente que encontramos a alegria, a paz e o conforto verdadeiros quando nosso pensamento não está centrado em nós mesmos, quando demonstramos o Amor divino por meio de mais generosidade para com o próximo e quando valorizamos e apreciamos tudo o que Deus criou.
A segunda experiência que gostaria de compartilhar aconteceu alguns dias depois. Eu estava planejando participar de uma corrida de 10 quilômetros no domingo. Essa corrida fazia parte da Maratona de Munique e cerca de quatro mil pessoas correriam o percurso de 10 quilômetros. Eu estava realmente ansiosa para participar, pois estivera me planejando e treinando para a corrida durante vários meses. Todavia, no sábado comecei a apresentar sintomas de gripe e à noite estava me sentindo muito mal. A princípio, tive medo de não conseguir correr. Imediatamente, contudo, volvi-me a Deus e passei cerca de duas horas orando com afinco. Ative-me firmemente ao fato de que sou espiritual, e não material, conforme a Ciência Cristã ensina. Eu sabia que me volver a Deus em busca de cura seria eficaz e que a sugestão de gripe não poderia me atingir de nenhuma forma, porque sou a ideia espiritual de Deus. Quanto mais eu orava, mais sentia a profunda convicção de que conseguiria participar da corrida. Durante minhas orações, recebi um e-mail de uma amiga que também correria no domingo. Ela me contou que havia contraído algum tipo de vírus e, portanto, não estava segura de que conseguiria correr. Imediatamente percebi que precisava estender minhas orações para além de mim mesma e lidar com a sugestão de contágio. Reconheci que o medo de ficar doente é a causa do contágio, e o antídoto contra o medo é o amor. Se nosso pensamento está cheio de amor a Deus e ao próximo, então não há espaço para o medo gerar o contágio. Isso me fez lembrar de um hino com o qual eu estava trabalhando, o qual diz, em parte: “Amor, em Ti vivemos nós / Em Ti respira o ser” (Hinário da Ciência Cristã, Nº 145, Trad. adapt. © CSBD). Percebi que tudo o que existe é a atmosfera do Amor, e que é nessa atmosfera que vivemos! Naquela noite fui para a cama me sentindo muito reconfortada com minhas orações e absolutamente segura de que conseguiria correr.
Quando acordei, sentia-me completamente curada. Participei da corrida, corri mais rápido do que nunca em uma competição de longa distância e senti que estava totalmente livre de todas as sugestões que haviam tentado se apresentar no dia anterior.
Sou muito grata por essas duas experiências. Elas continuam me ensinando que o Cristo, “a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana” (ver Ciência e Saúde, p. 332), é uma influência sempre presente em nossa vida, e que quando nos volvemos a Deus em oração em busca de cura, podemos sentir a profunda convicção de que o Amor divino nos guia, nos protege e nos dá a capacidade de realizar tudo o que se exige de nós. Sou profundamente grata pela Ciência Cristã, e por ferramentas como a Bíblia e o livro que a acompanha, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, os quais nos habilitam a lidar com qualquer problema que aparentemente enfrentamos. A Ciência Cristã é verdadeiramente um sistema de cura eficaz e confiável!
