Quando comecei a estudar a Ciência Cristã, uma das experiências mais reconfortantes para mim foi obter um novo conceito de ressurreição, pois deixei de associá-la ao momento triste da crucificação, ao aprender que é algo que pode acontecer continuamente no pensamento, trazendo regeneração e cura.
Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy define ressurreição como: “Espiritualização do pensamento; uma ideia nova e mais elevada da imortalidade, ou seja, da existência espiritual; a crença material rendendo-se à compreensão espiritual” (p. 593). Assim sendo, a ressurreição pode ser vivenciada no dia a dia, pois, por meio da espiritualização do pensamento, compreendemos gradativamente a verdade de que Deus é a Vida, a fonte de todo o verdadeiro existir, conforme Cristo Jesus nos ensinou. Por meio de seu exemplo, Jesus nos mostrou que temos um relacionamento inquebrantável com Deus, o Pai-Mãe de todos nós, o próprio Amor divino.
Lemos em um poema de Mary Baker Eddy:
“Ó, vem da luta libertar
Quem esperança tem,
E com amor o saciar;
O Amor é Vida, o bem”.
(Hinário da Ciência Cristã, 30, tradução © CSBD)
Deus é o Amor que sustenta todo o verdadeiro existir. A Vida é inseparável do Amor. Por isso, vivemos plenamente quando expressamos amor cristão de maneira genuína. À medida que demonstramos profunda espiritualização do pensamento, vivenciamos gradativamente experiências de ressurreição, somos capazes de expressar mais amor despojado de ego e, assim, de ajudar outros a vivenciar experiências semelhantes. Esse progresso espiritual ajuda a elevar espiritualmente o mundo, conforme lemos no artigo da p. 6 deste Arauto. Na p. 8, lemos: “...toda vez que sentimos o efeito do Amor divino elevando o pensamento acima das limitações e do efeito mortal de uma maneira material de pensar, estamos vivenciando, em certa medida, a espiritualização do pensamento que é a ressurreição, uma ressurreição que com frequência se manifesta em cura física e regeneração”.
Os testemunhos de cura nesta edição comprovam que temos oportunidades diárias de sermos regenerados; de deixar de lado a concepção de que a vida e o ego são materiais, de crescer na compreensão de que vivemos na totalidade da Vida e do Amor divinos e, assim, de amar mais plenamente nosso próximo e o mundo. Dessa forma, vivenciamos em certo grau a ressurreição e nos elevamos acima de um senso errôneo de vida e, seguindo os passos de nosso Mestre, percorremos a senda do amor e do eterno existir. Desejamos-lhe uma leitura inspirada!
Com carinho,
Ana Paula Carrubba