Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Ciclos e estações, ou a continuidade do bem?

Da edição de janeiro de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Tradução do original em inglês publicado na edição de 4 de janeiro de 2016 do Christian Science Sentinel.


Ultimamente tomei consciência de como um tipo de mentalidade “sazonal”, quer dizer, de acordo com temporadas, influencia muitas áreas da nossa vida, tais como: saúde, habitação, emprego e vida familiar, que frequentemente parecem impulsionadas por ciclos e datas no calendário, com algumas temporadas aparentemente favoráveis e outras prejudiciais. 

Como podemos nos libertar dessas sugestões de que a saúde, o êxito, até mesmo nosso bom ou mau humor possam ser determinados por flutuações sazonais? Constatei que começar meu raciocínio com o fato de que o total poder de Deus é infinito e eterno, nunca sujeito à variação, e permanecer com essa ideia, espiritualiza meu pensamento e estabiliza minha experiência.

Deus é o único Princípio divino, o Amor, portanto, Seu terno cuidado, por Ele ser nosso Pai-Mãe, é infinito. Essa lei do Amor nos assegura a presença sempre disponível da saúde, da prosperidade e da alegria que nos são dadas por Deus. Na realidade espiritual, o homem nunca está suscetível à doença ou ao perigo. Esta passagem da Bíblia, “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2 Timóteo 4:2), é relevante e apropriada, nos dias de hoje. À medida que as colocamos em prática, podemos estar preparados para enfrentar e derrotar as sugestões de doença física, bem como de carência, solidão, depressão ou outros males que frequentemente estão relacionados com as diferentes estações do ano. 

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve: “É profanação imaginar que o aroma do trevo e a exalação do feno recém-cortado possam causar inflamações glandulares, espirros e irritação no nariz. ...

“A atmosfera úmida, a neve e o gelo enrubesciam as faces rechonchudas de nossos antepassados, mas eles nunca se deram ao luxo de ter brônquios inflamados” (p. 175). A bondade de Deus e nossa reflexão, nosso reflexo, dessa bondade, são absolutos, não dependem das circunstâncias materiais ou das estações do ano.

A Sra. Eddy também escreve: “Os períodos da ascensão espiritual são os dias e as épocas da criação da Mente, nos quais a beleza, a sublimidade, a pureza e a santidade — sim, a natureza divina — aparecem no homem e no universo, e nunca desaparecem” (Ciência e Saúde, p. 509). À medida que compreendemos melhor a identidade verdadeira, saudável e espiritual do homem, constatamos que nossa maneira de ver esses “períodos da ascensão espiritual” toma o lugar do temor mental ao dano que certas estações do ano possam trazer. Esse progresso na compreensão espiritual nos leva a encontrar mais do que o mero alívio parcial ou temporário para as doenças ou outras preocupações associadas às estações. Isso significa realmente vivenciar, cada vez mais, a libertação permanente de toda e qualquer crença de que a presença e o poder de Deus possam em algum momento diminuir (ou se ausentar).

Por exemplo, à medida que reconhecemos que Deus, o bem, é o Princípio imutável, torna-se natural depender dEle, em vez de depender de alguma ocasião “vantajosa”, em nossos esforços nas atividades comerciais. À medida que fazemos isso, compreendemos cada vez mais a natureza ininterrupta da atividade correta evidenciada nas transações comerciais e na economia. Visto que somos os homens e as mulheres espirituais da criação de Deus, temos, agora mesmo, a capacidade de demonstrar isso, sair da montanha-russa do medo e da dúvida, e compreender que o bem eterno, e não o mal nem a doença, nem a carência de suprimentos, é o normal.

Para aqueles que lutam contra a solidão ou a depressão, a época das festas pode trazer desassossego e tristeza, emoções indesejáveis. Mas também nesses casos podemos afirmar, de forma suave, porém segura, que Deus não poderia criar nenhum cenário cruel de solidão para Seus amados filhos. O sossego, a proximidade e a ternura do Amor divino nunca estão ausentes, nem por um momento, muito menos durante um período festivo!

O amor de Deus enche todo o espaço e essa verdade é muito mais do que apenas palavras bonitas. O amor de Deus é uma realidade que cura, consola, e pode ser comprovada. Cristo Jesus assegurou a seus discípulos (e a nós): “...vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar” (João 16:22). Nada pode roubar de você ou de mim o bem divino, sempre presente, o qual inclui o direito à saúde, à felicidade e ao lar. Compreender nossa união perpétua com o Amor divino nos capacita a rejeitar sugestões recorrentes de que o mal possa nos causar dano.

Quando nossa filha mais velha ainda era bebê, minha esposa e eu nos encontramos em uma situação de ter de tomar a difícil decisão, que na ocasião achávamos inoportuna, de nos mudar da casa onde havíamos pensado em morar ainda por muito tempo. Nesse momento, os argumentos contra a possibilidade de comprar outra vieram à tona de forma agressiva. Diziam que certos períodos do ano são geralmente considerados mais propícios para a compra e venda de imóveis, e já estávamos no fim do outono, entrando na estação do inverno extremamente frio e com muita neve, no estado de Wisconsin. Além disso, nosso cenário financeiro era incerto (estávamos profundamente endividados porque havíamos reformado essa casa em que estávamos morando), e ainda não sabíamos quanto tempo levaria para quitar a dívida. À medida que analisávamos todos esses fatores, esta sugestão muito agressiva gritava para nós: este não é um momento propício para procurar casa e fazer uma mudança!    

Quando minha mulher e eu recorremos a Deus em oração, várias verdades inspiradoras e sanadoras vieram à nossa mente, incluindo a compreensão de que em realidade estamos sempre em casa, porque habitamos em nosso Pai-Mãe celestial e não podemos estar separados de Seu cuidado amoroso. Encontramos uma verdade maravilhosa na Bíblia, a qual inspirou nossas orações: “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração” (Salmos 90:1). Isso nos ajudou a compreender que Deus é onipotente e que, portanto, Seu poder tem de ser o único poder. E já que Ele é o próprio Amor, infinito e real, então a temida imagem de deslocamento e incerteza tem de ser irreal, ela não faz parte da realidade espiritual. Também chegamos à conclusão de que, por sermos a reflexão, o reflexo do Amor divino, e recebermos a bondade do Amor, cada um de nós é mantido e está eternamente alojado no universo espiritual, que é permanente, e não cíclico. Portanto, cada um de nós está plenamente suprido da amorosa graça e provisão vindas de Deus. 

Demorou um pouco para encontrarmos outra casa, mas nossa busca realmente nos levou a redescobrir, por exemplo, a convicção inabalável do Apóstolo Paulo, de que o sagrado toque divino está disponível a todos por meio do Cristo. Fomos encorajados pela promessa de Paulo aos cristãos de Filipos: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4:19). Enquanto procurávamos outra casa durante toda a temporada fria do inverno, não vivenciamos nenhuma das chamadas doenças sazonais. Sempre que nos sentíamos estressados ou desanimados, mantínhamos presente no pensamento que, em essência, essa experiência não era tanto a de procurar uma casa, mas sim a de aceitar o fato espiritual de que a nossa segurança e o nosso lugar estão sempre estabelecidos no cuidado que o Amor divino tem por nós.

Então, alguns meses mais tarde, no final de um dia de inverno muito frio, depois de termos visto várias casas que não eram adequadas às nossas necessidades, nosso corretor nos falou sobre uma que ainda não fazia parte da lista de imóveis à venda, mas que já estava disponível. No momento que entramos nessa casa, nos demos conta de que nossas orações haviam sido atendidas. Ela satisfazia a todas as nossas necessidades e os detalhes relativos à compra e à mudança se encaixaram perfeitamente. E pouco tempo depois da nossa mudança, recebemos com muita alegria a chegada de nossa segunda filha para integrar nossa família. A mudança também trouxe a solução completa do problema da dívida.

A Ciência Cristã mostra que a lei da graça de Deus é universal, imparcial e está sempre “a tempo”. Por meio da nossa percepção da maneira perfeita como essa lei governa o universo, vemos que a noção de que os ciclos e as estações possam nos influenciar é uma crença falsa. Quando compreendemos isso, constatamos, cada vez mais, nosso pleno domínio sobre as muitas suposições erradas, que têm por base a matéria e acompanham o pensamento “sazonal”.  

O amor e a verdade de Deus são nossos para serem demonstrados durante os 365 dias do ano. Tudo que é bom espiritualmente é verdadeiro para todos e é verdadeiro em todas as estações do ano.

Tradução do original em inglês publicado na edição de 4 de janeiro de 2016 do Christian Science Sentinel.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / janeiro de 2017

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.