Durante muito tempo, pensei que não seria possível perdoar. Aliás, se eu achasse que alguém havia me prejudicado ou sido injusto comigo, sentia-me no direito de guardar rancor até conseguir não pensar mais no assunto. Isso não significava perdão, eu ficava remoendo a raiva até não sentir mais raiva. Contudo, há uns dois anos, alguma coisa mudou.
No último ano do ensino médio, eu estava animada para ir ao baile do fim do ano letivo. Uma de minhas amigas perguntou se poderíamos ir juntas, já que nenhuma das duas tinha namorado, e eu concordei.
Mas, conforme a data do baile se aproximava, minha amiga parecia menos animada. Quando falamos sobre isso, ela disse que não queria mais ir ao baile, porque precisava se concentrar em outras coisas. Fiquei decepcionada, mas compreendi.