O jornal The New York Times publicou recentemente a notícia de que “em um extenso estudo feito na Dinamarca com adultos, os pesquisadores constataram algo inesperado. Os adultos que, durante a infância, mudaram de cidade com frequência são bastante mais propensos a sofrer de depressão do que os indivíduos que permaneceram em uma mesma comunidade”.
Eu poderia ter corroborado esse fato. Quando cheguei a me formar no ensino médio, eu já tinha mudado de cidade vinte vezes. Vinte mudanças em 18 anos. Raramente havia conseguido ficar na mesma escola mais do que um ano letivo, e muitas vezes tinha passado por duas escolas em um único ano letivo.
Mudar de cidade com tanta frequência foi para mim um dos aspectos mais difíceis da história de minha infância. Aliás, quando li pela primeira vez a manchete do artigo citado acima, baixei a cabeça entre os braços e chorei. Não de tristeza, mas de profunda gratidão. Minha história é um relato sobre a graça de Deus. E sou muito grata por contá-la aqui.